Capítulo vinte e quatro

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CAIO

Tava esperando as porções ficarem prontas sentado no bancão quando vi uma loirinha gostosinha se aproximando, sabia que conhecia de algum lugar, só não sabia de ontem.

Ela chegou com um sorriso largo - Caio? - disse jogando os braços no meu pescoço e me dando dois beijinhos no rosto - tas perdido na praia?

- Opa gata! - cumprimentei a mina - to com uns amigos - fiz o social.

- Lembra de mim? - ela perguntou toda se rindo e eu franzi a testa tentando puxar na memória da onde eu conhecia essa garota - Vanessa - ela falou e eu segui com a mesma cara de paisagem - nos conhecemos na mix..

- Ah claro - fingi lembrar e ela se riu toda - Vanessinha da mix... - deixei no ar. Sou muito arrombado mesmo mano.

- Ficasse de me ligar no outro dia - ela falou e me olhou fingindo uma carinha triste, mas muito maliciosa - fiquei esperando tua ligação.

Cocei a nuca tentando sair daquela saia justa, olhei pros lados e avistei onde tinha deixando a Ba sozinha, mas agora o Rafa e a Rebeca estavam ali com ela - foi mal gata, ando meio atrapalhado, mas faz o seguinte.. me dá teu numero de novo que hoje mesmo eu ligo - eu tava todo enrolando e não sabia como sair da situação, então disse o que ela queria ouvir e a mina abriu um sorrisão. Eu não ia ligar, mas sempre acabava me envolvendo com o mesmo tipo de mina: emocionada e grudenta.

Peguei o celular, ela me passou a número e eu guardei o mesmo no bolso - não quer ir ali comigo e umas amigas? - perguntou e apontou pra perto de onde eu tava, mas pra três meninas deitadas com a raba pra cima.

- Hoje não vai dar gata, mas vamos marcar outro dia viu, eu vim com uns parceiros - falei tentando me livrar logo dela.

- Ah! Tá bem - ela se deu por vencida.

Nisso o seu Fernando me chamou para pegar as porções, agradeci o a Deus por isso - vou indo lá gata, depois nos falamos - peguei a comida, sorri e dei um beijo na bochecha dela, saindo pra longe.

- Até mais - me acenou.

É cada uma que me aparece viu, me aproximei do pessoal e senti uma torta de climão estranha pra caralho, ninguém falava nada e a Babi só ficava mexendo no celular - e aí mano - apertei a mão do Rafa - oi linda - disse dando um beijo na mina que tava com ele.

- Fala aí - ele me respondeu.

- Nem falasse nada que vinha mano - coloquei o pratinho em cima do cooler e me sentei do lado da Babi que parecia estar com a cabeça longe - ó a tua comida aqui morta de fome - cutuquei ela com o braço que resmungou e acabou pegando só uma mísera batatinha e comendo.

- Estávamos aqui por perto, aí resolvemos dar uma passada - o Rafa respondeu e a Babi deu uma longa olhada. Eu tinha perdido alguma coisa e estava bem afim de descobrir o que.

Ela tava comendo quieta e em silêncio e como já tava uma situação chata não quis ficar enchendo o saco da mina - e tão de folga do escritório? - perguntei pra puxar um assunto.

- Graças a Deus, sim - a Rebeca respondeu - o escritório tá fechado essa semana - falou levantando as mãos pro céu - também somos filhos de Deus né - deu uma risada.

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