Capítulo treze

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ANTONIA

Meu rolo com o Pedro é assim. Ficamos um com o outro quando estamos com vontade e carentes. Mas ultimamente estamos ficando só um com o outro e nem fazemos questão de outras pessoas. Até hoje.

Quando eu vi ele com a ruiva meu sangue ferveu, mas eu só observei e abstrai, fingi demência total. Se ele quer pegar outras, eu também irei.

Sempre fui 100% desapego, não vai ser agora que vou me apegar, ainda mais num barman gostoso da porra que me conhece como ninguém e sabe o jeito que eu gosto...

- Amiga, tá tudo bem mesmo? - Bárbara estava me perguntando pela milésima vez desde que havíamos nos sentado na areia.

De longe eu vi o Pedro aos beijos com a Raissa, a ruiva que ele tinha conhecido no show.

- To de boa Ba - forcei um sorrisinho - Mas me conta, qual é a do teu amigo? - Apontei com a cabeça o Gael, que estava sentado do lado dela mas meio aéreo.

- Ele tá livre, leve e solto - Ela deu um cutucão nele e soltou uma risadinha quando ele olhou sem entender nada - Pena que é lentinho.

Real oficial. Gael era lento demais. Eu tava a horas jogando meu charme pra ele e ele nem a merda.

- Que foi? - Ele perguntou por fora do assunto.

- Minha amiga aqui, linda né? - A Bárbara me larga assim na roda e bebe a cerveja dela.

- É sim - Ele respondeu me olhando fixamente.

- Thanks - Agradeci.

Ficamos ali de papo e o Gael era gente boa demais, o assunto super fluía. Nem nos demos de conta quando a Bárbara saiu de fininho e se sumiu pela escuridão da praia.

(...)

- Tu deve me achar mó lentão né - me olhou com carinha de cachorro e eu assenti concordando que achava - Eu só não quero me meter em problemas, sei do teu rolo com o Pedro e tals.

Encarei ele quando ele falava, e não conseguia prestar muita atenção em sequer uma palavra que ele falava. A boca vermelhinha e os olhos caramelo estavam me vidrando de um jeito enlouquecedor.

- Antonia? - ele passou a mão em frente ao meu rosto querendo me chamar - Terra chamando.

- Oi - ri.

- Oi - Ele me respondeu e relaxou os ombros no mesmo instante que tensionei os meus.

Olhei pra frente e parecia que o pessoal tava em outro planeta. Voltei minha atenção pro Gael e ele me olhava com os olhos atentos, já os meus lutavam em não fixar em sua boca. Comecei a intercalar o olhar entre seus lábios e seus olhos e ele fazia o mesmo.

- Tu não tá me dando outra opção Antonia - Ele se aproximou de mim e passou a mão no meu rosto fazendo um carinho - Preciso te beijar.

Mal terminou de falar e colou seus lábios nos meus. O beijo dele era intenso, diferente da lentidão habitual do Gael, o beijo dele era urgente. A língua pediu permissão pra invadir minha boca e em seguida já estávamos encarregados num beijo ardente.

Passei minha mão por seu pescoço puxando ele pra perto de mim colando nossos corpos, quando senti o impacto do peito dele batendo no meu uma corrente elétrica passou por meu corpo e eu me sentia toda mole.

A mão dele começou a passear pelo meu corpo, apertou meu seio esquerdo lentamente por cima da blusa e eu soltei um gemidinho quando sua boca se soltou da minha e veio de encontro ao meu pescoço, onde deu leves mordidinhas e chupadinhas.

Num impulso sentei no seu colo, onde encontrei seu pau duro por de baixo da roupa. As mãos dele agarraram minha bunda e voltamos a nos beijar com certa intensidade intensificada.

Rebolei em seu colo e só paramos porque começamos a escutar uma zoeira.

- E O GAEL MAL ENTRA EM CAMPO E JÁ FAZ GOLLL!!! - o pessoal gritava.

- O Caio não se aguenta.

- Não mesmo - Ele respondeu vermelhinho de vergonha.

Sai do colo do Gael e ficamos ali só nos beijando na cautela agora.

De longe vi que eles estavam querendo jogar iPuck e enquanto passava os olhos pela galera meu olhar encontrou o do Pedro, que estava cravado em mim.

Ele quem começou esse joguinho hoje.

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