Capítulo dezessete

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CAIO

Tava de boa no meu canto bebendo minha cerveja quando olhei pra frente e encontrei o olhar da Bárbara no meu. A filha da puta rebolava aquela raba dela no meio da pista dando umas olhadinhas para trás. O tesão que eu sentia nessa mina não estava escrito, e ela sabia que mexia comigo e jogava com a minha cara. Ela rebolava como uma diaba e sabia perfeitamente o efeito que causava, minha imaginação já estava a mil e minha única vontade era de ter ela rebolando no meu pau no fim da noite.

- Tá viajando aí feio - O Lucas chegou falando comigo e fazendo eu me perder dos pensamentos.

Soltei um risinho e desviei o olhar antes que ele se virasse e se desse de conta que eu tava comendo a Babi com os olhos na frente de todo mundo - tava pensando só, pô.

- Sei, devia tá procurando a próxima vítima - ficou de frente pra pista também e olhou o pessoal que estava dançando.

Tirei o boné da cabeça e dei uma coçada na nuca e ajeitei o boné de volta - to sussa hoje irmão.

O Lucas me olhou fingindo estar chocado - temos um guerreiro ferido hoje então - largou o deboche dele de lei.

- Que isso mané, só to tranquilo - virei o resto da minha cerveja - e outra, hoje recém é segunda.

Ele concordou comigo e ficou mirando também a pista, de longe vi que o Gustavo tava aos beijos com a Helena e o diabinho já me acendeu na cabeça. Varri com os olhos o resto da pista e vi que a Bárbara estava no bar, mas quando fiz menção de ir lá ela voltou pra pista, conversou com a Mel e voltou a rebolar o raba até o chão.

- Vou chegar ali nas minas - O Lucas me comunicou.

- Quem?

- Nas gurias ué - falou como se fosse óbvio e saiu andando.

Apressei meus passos e alcancei ele - calma aí feio, vou junto.

De longe já se via que elas já estavam bem altinhas, dançando e rebolando sem ligar para nada e ninguém.

- Bebêêê, me dá um gole - Babi se agarrou no Lucas pedindo a cerveja dele.

Ele entregou a garrafinha e ela tomou um gole e ofereceu pra Mel que pegou na mesma hora - um pra ti e um pra Mel? - ele deu uma arqueada nas sobrancelhas olhando pra ela.

Os braços dela foram parar no pescoço dele - ops, esqueci de avisar amigo.

Ainda abraçada nele o olhar dela cruzou com o meu e logo desviou, olhando pra longe.

- Vou no banheiro - falou do nada e se soltou do Lucas saindo caminhando.

Começou um sertanejo raiz e a Mel se agarrou nele pra dançar - ela tá mal meu, não deixa ela sozinha - o Lucas falou e olhou na direção que ela ia - vou ficar aqui com a Mel.

Concordei com a cabeça e sai de trás da cabeçuda, mas quando cheguei no banheiro ela já tinha entrado, então fiquei esperando. Me distanciei um pouco até porque não pega bem um cara escorado na porta do banheiro feminino. De longe vi quando ela saiu do banheiro e como já tava altinha não conseguia limitar nada pela volta. Vi quando um cara se aproximou dela agarrando o seu braço por trás e eu já sai bufando fogo - tá maluco irmão? - cheguei indo pra cima dele - a mina tá mal e tu vai se aproveitar filho da puta - tava pronto pra tacar um soco na fuça daquele pau no cu e a Ba se agarrou em mim.

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