21 (Theo)

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"Everybody hurts sometimes
Everybody hurts someday,
But everything gon' be alright"
Maroon 5 - Memories

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Eu prometi para mim mesmo que evitaria ao máximo me aproximar de Rebecca novamente

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Eu prometi para mim mesmo que evitaria ao máximo me aproximar de Rebecca novamente. Mas eu não imaginava que só de vê-la meu coração já iria querer pular do peito e me levar até ela. Há momentos em que eu apenas gostaria de deixar tudo de lado e agarrá-la, prendê-la a mim e nunca mais soltar. Principalmente quando ela está por perto, é como se houvesse algum ímã que me puxasse e me desse o desejo de grudar o seu corpo no meu.

Nunca senti tanto desejo. Nem se compara a antes, quando estávamos bem um com o outro. Ao mesmo tempo que quero ficar longe para não sentir o seu cheiro, quero me aproximar e encaixar o meu rosto na curva do seu pescoço para matar a saudade do seu perfume perfeito. Na verdade, tudo nela é perfeito. E me sinto péssimo por não ter tudo isso para mim.

Ela está me deixando louco, mesmo quando eu não a vejo, é apenas ela que ocupa meus pensamentos e minhas lembranças. E agora, aperto o volante com força para tentar me controlar, porque tê-la dentro do meu carro só me lembra de momentos incríveis que tivemos juntos por um período de tempo curto demais. E não basta ela estar aqui, também tem que estar vestindo um shorts curto que eu juro que estou tentando não olhar, mas é muito complicado.

— Theo, não precisa ir tão rápido. — Sua voz parece agoniada. — Não é nada sério e já parou de doer.

Não respondo quando paro no semáforo e fico tamborilando os dedos no volante para tentar relaxar. Consigo ouvir sua respiração, agora calma e me concentro nela, porque não sei quando conseguirei ouvi-la novamente. Olho para o seu rosto e presto atenção nos detalhes dos seus traços enquanto ela observa a paisagem pela janela do carro. Eu só queria colocar minhas mãos nela e sentir a pele quente do seu rosto corado.

Chegamos ao hospital em poucos minutos. Caminho ao lado de Becca tentando conter o impulso que tenho de segurar em sua cintura ou apoiar a mão em suas costas. Me sento em uma das cadeiras da sala de espera enquanto ela fala com a recepcionista.

— Estou sem meus documentos e preciso de um responsável. — Becca fala, se sentando ao meu lado. — Louise vai ter que passar em casa primeiro, então vai demorar um pouco.

Concordo com a cabeça e olho para qualquer ponto que não seja o seu rosto. Não posso correr o risco de admirá-la e ela perceber isso.

— Tem certeza que não é nada sério? — Olho para o seu pulso machucado que ela segura com a outra mão.

— Não é nada. — Ela afirma com calma. — Provavelmente eu só abri o pulso.

— Não dói? — Seguro seu braço com cuidado e olho para o seu rosto, finalmente. Eu poderia me arrepender por conta dos seus olhos que me encaram e parecem ler tudo que se passa em minha mente.

CORAÇÃO EM GUERRA [CONCLUIDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora