Sweet Boy | Garoto Doce (Jaeyong)

I respect that appetite, yeah.

- o Jaehyun hyung tá avoado hoje, não é, Lele?

- Verdade, Jisung. - O Chinês acenou positivamente com a cabeça de modo exagerado para que Jaehyun percebesse que estavam falando de si.

- O quê? Eu não estou avoado coisa nenhuma... vocês que estão e é melhor que voltem a fazer suas coisas senão tenho vinte questões sobre guerra fria esperando vocês bem aqui e não me importaria em passar uma hora a mais esperando vocês responderem.

- Ai, credo, não se pode mais nem fazer uma brincadeira aqui nessa casa! - A feição de Chenle era para ser de desdém e irritação, no entanto, acabou fazendo todos os outros garotos dali rirem enquanto ele voltava a resolver os problemas do seu dever de casa de matemática.

Mas a verdade é que depois que Doyoung deixou sua casa naquela tarde, Jaehyun ficou mesmo distraído.
Em sua cabeça só vinham doces, doces, doces, doces e mais doces e, ainda, o menino que os vendia na universidade. O pior é que ele sabia que não teria os doces e nem a conversa com o tal do Lee Taeyong.

Lee Taeyong.

Era um nome bem bonito. Talvez fosse por isso que não parava de circular em sua mente.

Mas sabe de uma coisa? Aquele menino não saía de sua mente mesmo, deveria ser por isso que Dodo falou que ele era irritante, quem ele pensa que é pra entrar na mente já cheia de Jaehyun e ficar rondando seus pensamentos lá dentro?

E olha que eles nem tinham trocado uma maldita palavra sequer.

Os meninos tinham terminado de fazer suas tarefas como em qualquer dia e duas horas depois Jaehyun finalmente estava sozinho em casa.
Nada de anormal tinha acontecido, Chenle e Renjun só estavam com algumas dúvidas em gramática mas o Jung conseguiu esclarecê-las com alguns exercícios.

Fez um lámen e comeu enquanto assistia algo antes de dormir.

Sua alimentação estava terrível, deveria admitir. Não estava comendo nada saudável pois não tinha tempo para cozinhar nada que prestasse - na verdade, era só preguiça aliada à falta de talento na cozinha.

Ele sentia que faltava alguma coisa na sua alimentação mas não era arroz, pizza, salada ou muito menos carne; bem, na realidade, ele tinha uma ideia do que era, e aquilo era o que lhe preocupava.

Doces já o fizeram muito mal e ele prometera a si mesmo que não comeria mais, mas àquela altura não dependia mais de si.

[...]

Se Jaehyun soubesse que Yona - sua professora de fonética - faltaria o primeiro horário, não teria saído tão apressado de casa e teria tomado café da manhã de modo mais adequado. Agora estava estressado e com fome enquanto Doyoung tagarelava a seu lado sobre o quanto queria socar a cara de Moon Taeil até que ela virasse do avesso e ninguém o reconhecesse mais, porque aparentemente, ele tinha tirado meio ponto a mais que o Kim em alguma prova.

- Dodo, eu acho que você precisa relaxar. Violência não é a solução. - Jaehyun pôs as mãos nos ombros do amigo enquanto arqueava as sobrancelhas e o encarava diretamente na tentativa falha de acalmá-lo.

- Claro que é! - Indignou-se. - Violência sempre é a solução e só não é aceita porq... olha, lá vem o Johnny.

O americano se aproximava da dupla de amigos com o rosto vermelho de raiva e os passos pesados só davam mais ênfase ao fato de estar extremamente irritado. Jaehyun ficou preocupado instantaneamente.

- Parece que o encontro de alguém não foi muito bom... - Doyoung alfinetou com sua língua afiada.
Parecia que sempre tinha aquele tipo de resposta preparada, como se tivesse passado uma noite inteira pesquisando respostas grossas do tipo "Seria muito interessante se eu me importasse" ou "Olhe ao redor e veja se alguém te perguntou" - O que não deixava de ser mentira pois às vezes suas noites de tédio eram gastas no Twitter se aborrecendo e pensando em respostas curtas e grossas para dar aos idiotas que resolvessem acabar com a paciência que já não tinha.