Domingo... marquei de sair com o Carlos, ele vem me pegar aqui! Tenho que me arrumar, a gente combinou de irmos a um parque fazer um pinique, aqui perto de casa mesmo.
Não precisei levar nada, ele disse que daria um jeito de levar tudo! Arrumei-me e fui até a sala pra esperar ele chegar.
Estava quase dormindo no sofá quando minha mãe foi pra onde eu estava!
_Já acordado? Hoje ainda é domingo! Esqueceu?
_Não, não –respondi rindo- é que eu vou sair com o Carlos! Vamos aquele parque aqui perto.
_Ah sim. Já imaginava que seria isso. Esse Carlos te enfeitiçou mesmo, né? –ela riu-
_Nossa, ta tão piadista hoje, hein dona Marisa!? Só vamos sair. É só isso!
~Som da campanhinha
_Olha ai, seu "amigo" chegou.
_Não entendi o porquê das aspas, mãe! –falei indo abrir a porta-
...
_Bom dia! Vamos?
_Que pressa é essa? Mas vamos sim! –respondi-
Avise a mãe pra já ia e nós saímos de casa! Pouco tempo depois já estávamos lá.
E quando eu achei que ia ficar tudo bem comigo e que o dia ia ser perfeito, quem eu vejo?... o Leandro, e o pior, ele não estava sozinho! Tava com aquela menina, de novo.
Ele me chamou; fingi que não tinha ouvido, mas resolvi ir até lá!
_Boa tarde!? –falei-
_Boa sim! Você fora de casa uma hora dessas? Que milagre! –disse Leandro-
_Pois é, milagres acontecem! Pelo menos eu cumpro com quem eu marco.
Acho que ele ficou um pouco desconcertado com o que eu disse, mas eu me senti bem em ter dito aquilo!
_Hum, pois é... essa aqui é a Janaira! Minha... minha...
_Namorada! –disse Janaira-
_Ata, já imaginava isso... –respndi-
_E você, é...? –perguntou Leandro apontando pro Carlos-
_Calos, sou Carlos! Prazer.
~Silencio
_Pois é... a gente já vai indo. –falei-
_Mas já? Vocês vão pra onde? –perguntou Leandro-
_Calma, não vamos roubar um banco! Só vamos sentar ali. –respondi-
_É... a gente também já ta indo. Estamos aqui desde cedo! –disse Janaira-
Despedimos-nos deles e fomos nos sentar pra conversar.
_Quem era aquele menino? De onde você o conhece?
_Ah, não é ninguém! Só um, um... amigo!
"É... DEPOIS DE TUDO O QUE ACONTECEU AINDA ME DOIA UM POUCO DIZER ISSO!"
_Ata. Mas vamos comer logo, se não estraga!
_Nossa, que guloso! Mas vamos porque eu também to com fome! –respondi rindo-
Pouco tempo depois eu me encontrava deitado em cima das pernas do Carlos. Ele estava sentado, comendo! "NUNCA VI ALGUEM PRA COMER TANTO".
Peguei o celular pra ver que horas era e percebi que já estava muito tarde!
_Carlos? Caaaarloos? Você passou a tarde comendo?
_Não, não! Tava só, só... Ah, qual o problema de comer muito? Nem comi tanto assim!
_Mais você é um bobo mesmo! –sorri- Mas agora a gente tem que ir!
_Mas já? Ta cedo ainda!
_É que eu tenho prova amanhã! Escola ta corrida demais essa semana. –respondi levantando-
_Nossa, que jovem estudioso! Se esse é o motivo então vamos!
_Ta, só me ajuda a ajeitar as coisas aqui!
Arrumamos tudo e ele foi me deixar em casa! A gente foi conversando no caminho, até que em pouco tempo já estávamos em frente a minha casa!
_Pois é... até amanhã as 06:00?
_Sim! Até amanhã!
A gente foi se abraçar, mas senti algo diferente! Meu corpo me induzia a beijá-lo e mesmo eu relutando parecia que ele também sentia o mesmo! E... acabou rolando!
As coisas que eu estava segurando caíram todas no chão. Quase impossível descrever o que eu senti na hora. Foi um misto de alivio e receio! Ruim não estava, mas consegui me controlar e me afastei.
_Uh, nossa... –disse Carlos um pouco ofegante- Pois é, Boa Noite! –continuou-.
_Er... boa, até amanhã!
E ele foi embora...
Terminei de apanhar as coisas que estavam no chão e entrei em casa. Fui direto pro meu quarto!
O que tinha acontecido ainda tava muito presente na minha cabeça, como se meu cérebro fizesse repises continuas e repetitivas da cena! Confesso que isso mexeu demais comigo! Mas calma Guto... Romances agora não são bem vindos...
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Porque Isso Aconteceu?
Ficção AdolescenteGuto era um garoto normal de 16 anos, até que decide mudar de cidade com sua mãe para tentar apagar o passado e começar uma vida totalmente nova. Mas os planos mudam quando surge Leandro, um amor que aparentemente é impossível.