----Luke----
Eu voltei para a casa de Eric, deixei o carro na garagem, e tranquei tudo, fui direto para minha casa, meu pai me aguardava e logo ele começou a fazer perguntas de mim.
- E aí filho como foi lá no vizinho?
- Você não ouviu nada?
- Não estava escutando música.
- Ouve um incêndio na casa de um amigo dele.
- Nossa.
- Você não tem ideia do que houve, além dele não saber mais do que eu já sei, o tal incêndio que ocorreu. Tive que deixá-lo lá, pois ele mal conseguia dirigi, agora ele está, na delegacia para identificar o corpo.
- Nossa tudo isso aconteceu? Que horrível, não podia imaginar.
- É sim, agora ele está lá, espero que fique tudo bem, ele estava muito nervoso, por sorte no caminho ele se acalmou mais.
- Até eu ficaria nervoso com uma situação dessas.
----Eric----
Quatro Horas depois...
- Por favor senhor, poderia me dizer onde está o corpo do homem que foi morto na explosão do carro?
- Me desculpa eu não sei.
- Não aguento mais esperar, onde será que se meteu aquele policial que me trouxe aqui? – Eu não consigo acreditar que estou aqui para reconhecer o cadáver do meu amigo, que foi carbonizado, não posso acreditar que isso seja real, parece uma mentira ou até mesmo um sonho, mais infelizmente não é, eu estou sentado nessa cadeira a horas, e não consigo para de balançar minha perna direta de tão impaciente que estou... - quando um policial finalmente veio até mim e me levou para a sala de autopsia, não era de se espera muito de uma de cidade pequena, onde a delegacia e o necrotério eram no mesmo prédio, mas eu pude tirar minhas dúvidas, no pequeno quarto gelado onde jazia o cadáver de Pablo completamente queimado, só o reconhece por causa de um cordão de ouro que ele nunca tirava. Mas o cordão não estava inteiro, estava encrostado em sua caixa torácica, o que indicava que a temperatura havia chegado no mínimo a 1064ºC. Eu então me voltei para o policial e perguntei.
- O que houve? Porque isso aconteceu?
- Achamos que foi um acidente, mais não descartamos a hipótese de um atentado.
- Atentado? Como assim? Contra o Pablo? Porque alguém faria isso?
- Não sabemos ao certo, mais encontramos coisas na casa dele, coisas que nos levaram a crê que poderia sim, se tratar de um atentado.
- . Que tipo de coisas estranhas o Pablo poderia ter?
- Você e ele trabalham para New Vision, não é?
- Sim trabalhamos, ou trabalhávamos, não sei mais.
- Achamos documentos na casa de seu amigo, que parecia se tratar de roubo de informações.
- Como assim? Você não está supondo que ele era... - O policial me interrompeu rapidamente e completou o que eu ia dizer.
- Sim um espião, talvez de uma outra empresa, por isso a teoria do atentado.
Eu fiquei sem saber o que dizer, não acredito que meu amigo era realmente um espião, eu comecei a pensar, e lembrei que naquele dia em que fomos na empresa, Pablo estava muito nervoso, mais que o normal, mas achei que fosse pelo que íamos fazer, tentar abrir aquela porta, e estava nervoso por conta disso, pelo medo de ser pego, mas não era por isso. Sem falar no dia anterior, quando cheguei mais sedo no trabalho e ele estava fazendo alguma coisa, que não me deixou ver.
- Então o senhor lembrou de alguma coisa? – Perguntou o policial.
- Não, Pablo era muito reservado, éramos amigos mais só nos falávamos mesmo no trabalho.
- Você sabe se ele tem família para qual podemos ligar?
- Para mãe dele, mais não sei o seu número, talvez vocês poção encontra no celular dele.
- Tudo bem então o senhor já pode ir.
Após saber disso, eu quis logo ir para casa, mas enquanto eu andava pelos corredores da delegacia/necrotério. As luzes se apagam e eu tomei um susto. E comecei a chama por alguém.
- Olá tem alguém aí.... oooiii...
Escutei um som ao longe, e ao dobrar o corredor pude ver uma lanterna de um dos policiais e o chamei.
- Venha por aqui! Eu estou no escuro.
Mas assim que o policial chegou perto de mim a luz voltou novamente, eu perguntei do policial
- O que foi isso?
- Foi uma queda de energia.
- Isso é comum?
- Não muito, pelo menos não depois que a empresa New Vision chegou por aqui, pois o que abastece a cidade agora, é o reator deles.
Mas é claro, como esquece disso, pois lá na empresa havia uma sala com um mini reator experimental, pois a New Vision estava testando um reator, convertendo energia limpa para cidade, mas agora isso não vinha ao caso, pois se está tendo queda de energia, era porque ele estava falhando pelo fato de não haver ninguém por perto para fazer sua manutenção, mas o que eu quero mesmo, é ir para minha casa, porque depois do que eu passei só quero uma boa noite de sono.
Quando eu estava saindo da delegacia, caminhando até um ponto de táxi, para pegar um, pude escutar ao longe alguém gritar.
- Aaaaaaah.
Eu não sei o que foi, mas não deve ter sido nada, tudo o que eu quero agora é ir para casa, e cair na cama, ao dobrar a esquina, pude ver um taxi e o chamei, então o próprio parou e eu entrei e segue para minha casa, o taxi era diferente, não era os típicos amarelinhos, na verdade eram vermelhos nessa cidade. Quando entrei disse logo meu endereço, não queria perder tempo, pedi para o motorista ligar o rádio, para que pudesse escutar algo, quando eu escutei uma voz dizendo sobre um pequeno bar na estrada onde as pessoas haviam sofrido um ataque, mais o motorista trocou de estação, não liguei muito, deveria ser só mais uma notícia sensacionalista, deve ser só um ataque de um animal qualquer, ainda bem que não demorou e chequei rápido em casa, fui direto para casa de Luke buscar minhas chaves.
Toc toc toc.
Luke atendeu a porta, e viu que eu estava muito cansado, e depois do que passei hoje, ele pediu de seu pai para que eu dormisse aqui essa noite, seu pai deixou, e logo ele me fala.
- Acho melhor que você durma aqui hoje, afinal já é onze horas e pelo que você passou hoje, é melhor que fique, pode dormir no meu quarto eu durmo na sala.
- Não eu não quero incomodar. - Eu disse bocejando. Luke me levou até seu quarto, e me perguntou.
- O que houve lá na delegacia Eric?
Mas eu não o respondo, então Luke foi para sala se deitar, e eu acabei caindo rapidamente no sono.
----Narrador----
E enquanto todos dormiam, aos poucos a cidade era tomada pela horda de mortos, o grito que Eric ouvira, não era qualquer coisa mais sim de um ataque dos mortos.
Eric passou a noite sonhando com o que aconteceu, mal ele sabia que tudo isso era apenas o começo, de tudo que estava por vir, pois o dia que viria,traria grandes mudanças e consequências a todos. Estejam atentos, pois os mortos nunca dormem.
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Pandemia
Science Fiction©Copyright all rights reserved EM UM FUTURO PRÓXIMO, A HUMANIDADE TENTARÁ FAZER O IMPOSSÍVEL. AO TENTAR BURLAR A ORDEM ''NATURAL'' DAS COISAS, PODEMOS CAUSAR NOSSA PRÓPRIA DESTRUIÇÃO. - O SINAL VERDE PARA DAR UM REINÍCIO AO PROJETO CHAMADO AMRITA F...