Capítulo nove

11 2 0
                                    

Os beijos quentes e suaves de Blake faziam a pele de Lira se arrepiar. Ele a despiu devagar, aproveitando o momento. Amanha seria um longo dia, poderia ser o último. A fogueira iluminava o quarto. Blake deitou Lira em um tapete e a beijou, nos seios, no pescoço, na barriga, panturrilha, pés. Cada centimetro de pele ele beijou. E Lira gemia seu nome e outras palavras de amor. 

A língua de Blake passeava entre as coxas de Lira, ele tocou sua intimidade. 

- Você é perfeita. - sussurrou contra a pele dela. 

Ele lambeu e chupou um ponto em meio suas pernas, o ponto que a fez ver estrelas. Ele penetrou dois de seus dedos dentro dela. Ela gemeu, e ele a observou. Ele a adorou. O jeito que suas bochechas coraram diante do prazer. Seus cabelos bagunçados. Ele a amava tanto que seria capaz de qualquer coisa pela mulher cuja estava rebolando em seus dedos. 

Ela gozou. Ele sabia disso, por quue ela gritou. E então ele subiu até ela e beijou seus lábios docemente. E a penetrou, forte. Ele a queria tanto e sentir seu pau dentro da mulher que ele amava foi a melhor sensação que ele já teve.

- Eu amo você. - ele disse. - Eu amo você, pra caralho. Você é minha lua. 

Ela gemeu. Ela gritou quando ele foi mais forte. Ela adorou quando ele a fodeu. Eles se beijaram e os dois gozaram juntos. 


- Espero que esteja grávida. - disse Blake passando os dedos pela barriga de Lira. 

- Eu amo você. - disse ela. Seu rosto era o sinônimo de relaxamento. Tão diferente dos últimos dias Blake lembrou. Ele não tinha medo dela. Talvez o que ela fizesse era errado mas ele não podia ficar contra ela. 

- Eu amo você, também. 

De repente, Lira levantou e se cobriu. Ela caminhou até a janela e observou a lua. Blake se aproximou dela, ainda nu e a abraçou. 

- Não consigo, Blake. - sussurrou baixinho. Ele a virou e nos olhos dela tinham gotas de água. Ele odiava quando ela chorava, seu coração se partia em mil pedaços. 

- O que não consegue, meu amor? - ele falou com cautela. Ele segurou seu queixo delicadamente, fazendo seus olhos encararem os dele. 

- Parar. - ela disse. - Não consigo parar. Acho que todos devem ter uma punição, mas eu não quero punir ninguém. Eu só não consigo. Parece que meu corpo congela e eu acordo de um transe depois de ter matado pessoas. Meu deus, Blake! - ela chorava descontrolavelmente. - Eu matei pessoas, eu... eu sou um monstro!

Ele engoliu em seco. Ele não sabia o que fazer, então ele a abraçou e foi a melhor coisa que ele poderia ter feito. 


O campo estava deserto, Kira tinha ido lá para a batalha. Ela desistirá. Iria se entregar e não sacrificaria vidas, mas Lira estava lá. Sozinha. Então ela desceu de seu cavalo branco e caminhou até Kira. 

- Estão todos mortos. - anunciou. Seu rosto não carregava nenhuma expressão. - Seus malditos homens atacaram os meus na noite passada. Estão todos mortos. - cuspiu. 

Kira sentiu uma dor horrivel. Não podia ser verdade, não é? Ela deveria estar mentindo. 

- O quê? - sussurrou.

- Você me ouviu! - gritou Lira. A população morreu, não existe mais uma alma viva. - Ela apontou para Kira. - Você fez isso!

- Eu não teria feito se você não tivesse matado tantas pessoas! - gritou Kira de volta.

- Eu puni! Eu puni assassinos, ladrões, estupradores. Matei criminosos. Você matou homens inocentes. - Ela sacudiu a cabeça. - Ambas temos sangue nas mãos e devemos acabar com isso.

Lira puxou uma adaga. A única adaga que poderia matá-la.

- Você sabe o que tem que fazer. - entregou a adaga para Kira.

- Não. - sacudiu a cabeça. Lágrimas já brotavam de seus olhos.

- Acabe com o mal de uma vez, Kira. - ela levantou o queixo. - Mate-me!

Kira empunhou a adaga na barriga de Lira e viu seu rosto cair no chão. Ela caiu junto, ela tremeu. E uma dor que ela nunca sentiu na vida a atingiu. Quando abriu os olhos, seu peito sangrava. Blake estava com a lâmina na mão agora.

- Que você queime no inferno! - ele gritou ao mesmo tempo que jogou a adaga longe. Se ajoelhou no chão e chorou. Gritou segurando Lira. Tentando segurar sua vida. Mas já era tarde demais. Lira morrerá nos braços de Blake. Mas seu coração batia no peito dele e isso continuaria por muitos e muitos anos. Kira morreu momentos depois, sozinha pois seu amado já tinha se ido. Eles se encontrariam em breve.


Mas, aconteceu, uma coisa. Elas não estavam mortas. Não ainda. Elas estavam molhadas de sangue e Blake havia sumido e agora estavam dentro de uma névoa. Uma criatura pousou diante delas. Cinza e ossuda.

- Tenho uma confissão a fazer. - disse a coisa.

- Estamos no inferno? - perguntou Lira. - a coisa riu.

E então elas viram, a mãe fazendo um acordo com a coisa, e elas viram a consequência do acordo. E teriam que viver com essa consequeência,  pela eternidade. 

IraOnde histórias criam vida. Descubra agora