X

2 2 0
                                        

" Certas coisas do passado, são dolorosas de lembrar. Mas essas coisas do passado são necessárias, para amadurecer, para aprender com os erros. Ver o futuro de uma forma diferente, ver o futuro com esperança..."

🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈

Por um segundo, pensei ter viajado na maionese, até porque nem vi o tempo passar, quando vi o sinal da escola já havia tocado.

Thomas me puxou pelo braço, me obrigando a acompanhar Michelle até a aula de ciências. Aparentemente eu não estava segurando vela, eu era a vela, e eu não queria nem pensar ter que visitá-la todo fim de ano, e ter que  abraçar seus filhos, e dar presentes de consideração... Thomas poderia ter escolhido alguém que não me oferecesse perigo, alguém que não fosse da máfia, alguém que não me importunasse a longo prazo. Mas nem tudo acontece como planejado... Na verdade parece que sou só um brinquedo na mão do destino, e o destino não sabe brincar direito.

- Thomas. - chamei.

- Fala.

- Quais suas flores preferidas? - perguntei.

- Pergunta mais aleatória. - respondeu.

- É sério quais suas flores preferidas, pra ficar em um arranjo de mesa.

- pra que isso?

- Para o seu casamento é claro! - respondi.

- Com quem sua louca!?

- Mas é obvio! Michelle, quem mais poderia ser?

Ele deu de ombros emburrado, certamente atingi seu ponto fraco. O amor.

- Você tá caidinho por ela...

- Não estou não.

- Oount que fofinho. Apaixonadinho. - brinquei.

- Eu não... - gaguejou - Olha. Esquece, você é louca da cabeça, não sabe o que diz.

- Eu vou ser a madrinha, não importa o que diga.

Ele me ignorou, e continuou seu rumo a sala de ciências. Mesmo que eu sofra com a ideia, mesmo que eu me arrependa, mesmo que talvez nunca me acostume. Se Thomas estiver feliz, eu também estarei.

🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈

Depois de aula, me sentia atordoada, pelo simples motivo de imaginar que feri os sentimentos de Thomas, apesar dele não demonstrar isso. Algo me diz que com o coração não se brinca, ele quebra fácil demais, e quanto mais quebra, mais frio ele fica.

Me sentei ao lado de Thomas, que estava sentado no jardim lendo um livro, talvez muito interessante pois nem percebeu minha presença.

- Oooi. - falei - Tudo bem?

- Oi. - respondeu - Você parece a personagem do meu livro.

- Sério?

- Sim. Fria como uma parede.

- Olha quem fala! - falei em resposta - E você é a parede. Duro, frio e não escuta.

- Descreveu a si mesma.

- O que eu te fiz!? - falei - Porque no meu ponto de vista, te tratei como sempre.

- Implicou comigo, dizendo que eu gosto da Michelle. - respondeu - Não respeitou os limites; Você nem conhece ela!

- Exatamente. - falei - Não conheço ela, e você também não. Então pense antes de ficar falando da vida dos outros, pra pessoas que acabou de conhecer.

No Fim Do Arco-írisOnde histórias criam vida. Descubra agora