XIV - Nem tudo é o que parece

3 1 0
                                    

" As verdades realmente são difíceis de engolir, mas sem elas, você não teria coragem de mudar suas ações, e seguir em frente..."

🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈🌈

Quinta feira, dia que amanheceu chuvoso, tanto físico, quanto para meus olhos. Quase não dormi, e morria de fome, já que não tinha jantado na noite anterior, e não estava com a menor vontade de ir a escola, nem óleo motivo que esse seria, o único meio, de rever Thomas a partir de agora.

Albert não estava mais ao meu lado, e sim ao meus pés, provavelmente pelo motivo obvio, de ter o utilizado como um urso de pelúcia. Ainda faltava meia hora antes do despertador, mas não conseguia dormir, então simplesmente levantei. Tia Celi deve ter tirado meus sapatos, enquanto dormia, já que não estava mais os usando, e estavam ao lado da cama, bonitinhos lado a lado, Albert levantou a cabeça em minha direção, mas logo voltou a se enrolar na coberta. Ouvia tia Celi na cozinha, provavelmente preparando o café da manhã... Andei pelo corredor, até chegar a sala, onde os dois demônios disfarçados de gatos estavam.

- Bom dia, pequena!

- Bom dia...

- Você não jantou ontem. - disse Celi - Aposto que está morrendo, de fome. Panquecas?

Não respondi, mas me juntei a ela na cozinha, me sentando à mesa, em silêncio.

- O agente social veio aqui ontem, mas como estava dormindo, disse que viria hoje. - balancei a cabeça em positividade, para tia Celi.

- Ele vai explicar melhor a situação, aliás, não é pelo motivo que realmente imagina... Tem algo a mais.

- Porque você não conta? - virei minha atenção a ela, me distraindo do saleiro a minha frente.

- Não seria conveniente para esse caso... - respondeu Celi - Aqui suas panquecas. Tenho um caso de defesa daqui a pouco, não se importa de ir mais cedo a escola, né?

- Sem problemas...

Terminei de tomar o café da manhã, e fui me arrumar, para ir a escola. No caminho, não vi os gatos na sala, então já imaginei, que do jeito que Albert e mongo, já havia virado comida de gato...

- Albert?

- Dentro do armário!

Os gatos estavam do lado de fora, tentando abrir, mas sem sucesso. Os tirei de lá, e fechei a porta do quarto, para não haver mais incidentes.

- Vai virar comida de gato...

- Vou mesmo! - respondeu Albert - Você me deixa dormindo, e a porta aberta, com aqueles devoradores de pássaros a circular livremente!

- Exagerado... - respondi - Vai querer comer, ou vai ficar aí reclamando?

- Comer... Com certeza...

Depois de alimentar meu prisioneiro, fui para o banheiro me arrumar, e diferente das outras vezes, prendi meu cabelo em um meio rabo de cavalo, e prendi a franja com um laço, em vez da boina, que sempre usava. Coloquei o uniforme e peguei minha mochila, chequei minha caixa de mensagens, mas não havia nada, nem de Thomas... Mas ignorei, afinal, normalmente a este horário, Thomas nem mesmo está acordado.

- Já está pronta? - Celi perguntou, enquanto batia na porta.

- Sim. - respondi - Já estou indo!

- Me leva junto! - pediu Albert.

- Ah... Mas é claro, afinal, é super permitido aves ilegais, na sala de aula.

- Ignorante. - respondeu ele.

No Fim Do Arco-írisOnde histórias criam vida. Descubra agora