VIII

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Na manhã seguinte, quarta-feira, levantei com o despertador tocando, me levantei, e vi Albert em baixo da minha mesa, encolhido e com o bico entre as penas, não posso negar que era fofo... Fui ao banheiro, e troquei meu pijama, colocando o uniforme verde da escola. Albert dormia que nem uma pedra, até duvidei que fosse de brinquedo, e esse tempo todo falei com o inanimado. São tristes esses meus pensamentos...!

- Bom dia? - falei cutucando ele com o bastão de beisebol.

- Já estou acordado. - respondeu - só estou com frio, porque certa pessoa não colocou nem um cobertor pra mim!

- Tá com frio? No meio do verão?

- Eu dormi no chão!

- De que pais tu veio? - perguntei, e ele me olhou com uma cara... De pato.

- Não vou nem te responder...

O deixei em paz, mas antes de sair, joguei um coberta em cima do mesmo, e ouvi seu grasnado assustado, e depois seus xingamentos. "Pato bipolar". Fui até o quarto de Thomas, que já estava acordado, e arrumando a mochila.

- Bom dia bolinho!

- Bom dia maluca! - falou em resposta.

- Autch. - fiz uma carinha triste.

- Tem educação física hoje, certeza que que ir. - falou rindo.

- Dessa vez quem vai levar a bolada vai ser você, não eu! - respondi indiguinada - Belas pantufas de coelho Thomas, estão na moda, as meninas vão adorar...

Thomas olhou para seu pé, e se deu conta que não havia colocado seus sapatos, ele tirou uma das pantufas, e jogou em mim.

- Eeei, Agressão física!

- Xô, fora do meu quarto! - falou atirando a outra pantufa.

Peguei um de seus travesseiros, e o atirei em Thomas, e uma guerra começou, mas uma guerra curta com um fim trágico. Albert adentrou o quarto de Thomas, em um rasante, fazendo o mesmo gritar e cair pra trás, Albert grania e eu não parava de rir, até que meu pai entrou no quarto e acabou com a brincadeira.

- Quero os dois lá em baixo, em cinco minutos. - falou sério - E deixe esse pato preso no seu quarto.

- Sim senhor. - respondemos em uníssono.

Depois que ele saiu, voltamos a rir, o fazendo voltar para o quarto e brigando conosco mais uma vez, aparentemente não estava de bom humor hoje.

- A culpa é totalmente dela. - ressaltou Thomas.

- A culpa é do pato! Não minha. - me defendi.

- De quem é o pato!?

" Criaturinha esperta do caramba..."

- Chega os dois! - meu pai gritou - Vivian fora. Thomas você tem dois minutos pra se arrumar.

Dessa vez não havia desculpas para ficar, então peguei Albert e o levei para o quarto, o deixando em cima da minha cama.

- Não gostei dele. - Albert disse.

- Uma pena. - respondi - Vai conviver com ele por um bom tempo...

- Vou a escola contigo.

- Ata! Vão muito aceitar um pato na sala de aula.

- Asahi vai pra escola junto com Miles!

- Você não é ela!

Ja pensou? Um pato grasnando no meio da aula de matemática? É pedir pra ser expulsa, e ele virar ceia no natal. Por mais que eu queira que isso aconteça, ainda tenho perguntas para fazer.

No Fim Do Arco-írisOnde histórias criam vida. Descubra agora