IV

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Não dirigi nem mesmo uma palavra, com Thomas, e nem sequer respondi, alguma pergunta dos professores, até batesse o sinal do intervalo. Me levantei da minha carteira, para sair, mas Thomas interviu.

- Você está bem?

Sempre a mesma pergunta, para todas as situações, isso já estava irritando, mas respirei fundo e respondi, com a mesma resposta, de todas as situações.

- Sim. E... Obrigada, naquela hora.

- Sem problemas. - sorriu.

Nós saímos, da sala, para o refeitório. O refeitório não passava de um grande pátio com mesas circulares, espalhadas por toda sua extensão, tinha muito mais alunos, nesta escola, do que na antiga, e isso me deixou tensa, e Thomas percebeu.

- Vem. - falou segurando em minha mão.

Thomas me puxou, pelo refeitório, até uma mesa mais afastada, que estava vazia, e sentamos.

- Se me permite perguntar... - começou Thomas - o que aconteceu naquela hora?

- Não sei... Sabe quando você está na frente do universo inteiro, e te perguntam qual o sentido da vida... Então... Foi isso. - respondi - E mais uma vez, obrigada... Você salvou meu consciente, do escuro e vazio, espaço tempo.

Ele riu, e entregou me lanche. Havia um sanduíche, de frango desfiado, com alface e tomate, cortado em triângulo, uma maçã, e um suco de caixinha, sabor laranja. O lanche de Thomas era o mesmo, só mudava o suco, que era de uva.

Enquanto lanchava-mos, a garota de cabelo rosa, Michelle, se aproximou da mesa.

- Posso me sentar com vocês?

- Claro, a vontade. - respondeu Thomas.

Seus lindos cabelos, cor de rosa, estavam na altura da cintura, e sua pele negra, realçava seus olhos verdes, que eram incrivelmente "maravilindos". Queria eu ser assim...

- Vocês são novos, certo?

- Sim, fomos transferidos depois, de alguns problemas. - Thomas respondeu.

- Entendo... Vivian e Thomas?... O nome de vocês?

- Boa memória! - Thomas exclamou - E o seu é... Michelle, certo? A garota dos jogos violentos.

- Vamos pular essa parte...

Enquanto eles conversavam, eu comia meu sanduíche, como se nada estivesse acontecendo, tentando não imaginar meu irmão, se apaixonando.

- O que aconteceu com você naquela hora? - disse Michelle, dirigindo a palavra a mim.

Thomas tirou seu sorriso do rosto, e olhou pra, enquanto só conseguia pensar "porque?!" Eu fiquei em silêncio, e chutei Thomas por de baixo da mesa, tentando sinalizar, "Ei AJUDA por favor!".

- Ela não fala! - respondeu, com cara de desentendido.

Sério isso? Eu não falo? Beleza...

- Ata... Mas... Vocês não estavam conversando, agora pouco? - Michelle perguntou.

Viu?! É nisso que dá mentir, agora eu, provavelmente, estava vermelha, feito pimentão, sem saber onde enfiar a cara, enquanto via, Thomas com sua cara de paisagem, tentando inventar uma desculpa, bom, já dizia um sábio chinês, mentira tem perna curta!

- Ela não fala... Com quem... Não conhece....

- Ok... - respondeu - Como pretende fazer amigos então? - falou Michelle, mudando seu foco para mim.

No Fim Do Arco-írisOnde histórias criam vida. Descubra agora