VII

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Me levantei da cama, e fui em direção a cozinha. Passando pelo corredor, tentei não pensar muito sobre o assunto, de que havia uma "sociedade"  andando em cima do meu cangote...

Ouvi minha mãe gritando, no andar de baixo, então desci as escadas correndo. Mas quando chego na cozinha, lá está, a besta implacável... Aquele pato havia entrado pela janela aberta, me aproximei da bancada da cozinha, e peguei uma panela grande o suficiente, para que coubesse, e fiquei frente a frente a ele,que estava em cima da mesa, ele me olhava com um olhar desafiador, e suas asas estavam abertas, como se estivesse pronto para atacar. Peguei disfarçadamente, uma bala que havia no bolso do shorts, e joguei em sua direção, o distraindo, e logo em seguida, o enfie dentro da panela, o deixando sem escapatória.

- TOMA ESSA, pato dos infernos!

- Vamos assar e rechear! - completou Thomas.

- Esse pato é raquítico! Não daria nem pro cheiro. - respondeu minha mãe - Some com ele daqui. - Falou acenado com as mãos, me expulsando da cozinha.

O cozinheiro e Thomas não paravam de rir de minha mãe, já que tinha se escondido atrás do balcão, e gritava estericamente. Peguei a tampa da panela, e a passei por de baixo da panela, de cabeça para baixo, prendendo o pato definitivamente. Virei a panela para cima, e ouvi um barulho, vindo de dentro, que aparentava uma reclamação. O levei até meu quarto, tranquei a porta, e o deixei sair de dentro da panela.

- Isso é jeito de tratar um convidado?!

Eu realmente não me acustumei com um pato falante, então fiquei parada como estátua, ainda com a panela em uma mão, e a tampa na outra, como escudo.

- Que foi? Asahi comeu tua língua foi?

Joguei a panela em cima dele, o prendendo novamente, e coloquei uma caixa em cima, para ter certeza de não sairia, tranquei a janela e sai pela porta do quarto, descendo as escadas, para finalmente almoçar.

Conseguia ouvir ele grasnando, reclamando que o prendi novamente, mas o ignorei, e continuei a andar, agora tinha um testemunha viva, para ser interrogada, do porque desse plano "maligno" que arcaram pra mim, e quem seriam os envolvidos nisso, e o porquê de tanto mistério.

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Durante o almoço, pensava o melhor jeito de pedir aos meus pais, para que ficasse com o pato como "pet", para que pudesse interroga-lo o maior tempo possível. Cheguei a conclusões, de que um bichinho nos ajudaria, nos dando responsabilidade, ou que poderíamos engorda-lo, e o usaria-mos como ceia de natal, mesmo que normalmente fossem perus, descartei essa última, mas se bem que ceiar um pato falante não é uma má ideia...

- Mãe? - comecei - Posso ficar com o pato?

- Oi? - respondeu, me olhando surpresa.

- Pra quê você quer um pato? - completou meu pai.

- Responsabilidades...?

- Como se você tivesse capacidade pra cuidar de um peixe... - Thomas completou com deboche.

- Ooh, muito obrigada pelo seu apoio... - falei com tom de ironia - belo irmão você é...

- Quanto tempo seu peixe durou mesmo Thomas? - perguntou meu pai.

- Dois dias! - respondi rindo.

- Ele já estava doente quando compramos! - tentou se defender.

- Talvez um amigo diferente, faça você se sentir melhor. - interrompeu minha mãe.

No Fim Do Arco-írisOnde histórias criam vida. Descubra agora