Você seria capaz de esquecer sua própria identidade?
Após ser enganado pelos criminosos que comandava, Jungkook teve sua mente, corpo, feição e identidade alteradas, por vingança e inveja, sofrendo lavagem cerebral, esqueceu até mesmo seu próprio no...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu estava na minha bolha, na minha realidade perfeita me sentindo, em um bom tempo, uma pessoa totalmente feliz e tranquila. Sim, aquilo era bom, eu sorria até minhas bochechas doerem, meu corpo perder as forças, e eu ter que respirar com dificuldade pela crise de riso. Estava com as pessoas que eu amo, me sentindo bem e seguro. Não havia sensação melhor do que aquela.
Eu só queria que durasse um pouco mais.
ㅡㅡㅡ
_ Jimin... _ alguém me chamou, quando eu me virei, percebi ser uma menina que sentava do outro lado da sala, ela estava de pé ao meu lado. Eu a conhecia de vista, mas não sabia o nome dela.
_ Sim? _ perguntei tirando meus fones, não estavam muito altos, mas achei ser indelicado com ela se não os tirasse. Ela parecia estar desconfortável ali, umedeceu os lábios e olhou para os lados enquanto dava uma leve suspirada.
_ Eu não queria fazer isso, mas... _ ela colocou uma das mãos no bolso e retirou de lá um papel, ao qual me entregou, um pouco relutante. _ Ele insistiu muito para que eu te entregasse isso, resolvi não protestar contra... Desculpa, eu não li, mas parecia importante.
_ Quem foi? _ analisei o papel, era pequeno e estava um pouco amassado, dobrado ao meio.
_ Eu não conheço ele, não disse o nome e estava de capuz. _ ela disse apressada. _ Bom, se me dá licença... _ ela fez uma breve reverência e saiu.
Respirei fundo e encostei na cadeira de madeira da sala, passando as mãos pelos meus cabelos e sentindo um leve frio na barriga. Eu não queria saber o que havia naquele maldito bilhete, mas, de certa forma, precisava.
"Você sente a minha falta, não é? Saiba que eu sinto a sua também. Estava sempre cuidando de você, mesmo de longe, durante todo esse tempo Espero que você reconheça os meus esforços"
Eu reconhecia aquela letra, era por ela que eu chorava de emoção a cada vez que o dia dos namorados chegava e ele me presenteava, sempre com uma dedicatória em uma etiqueta vermelha.
"Que seja eterno, que seja indubitável, que seja assim o meu amor por você, Park Jimin"
Sempre escolhendo palavras difíceis e bregas, as quais qualquer um se derreteria se estivesse apaixonado pelo qual as escrevia. Quando se está embriagado pelo transe que uma certa pessoa te proporciona, tudo perde o sentido. As palavras já não cabem na boca... O ar já falta nos pulmões. E tudo que ameace a estabilidade daquilo deve ser mantido longe, em segredo absoluto e intocável, como uma caixa preta de um avião que caiu por falha humana. Até mesmo os próprios pensamentos do outro que, em tese, deveria ser amado e venerado como as juras previam, não é? E quando não, o coração prevalece em relação ao cérebro, como em uma vã tentativa de se amarrar à corda lançada no oceano ao qual ele está se afogando, perdido. Pensamentos contrários não deveriam existir, aquilo era amor eterno, como a igreja dizia: "O que Deus uniu, o homem..." Qual era o final daquela frase mesmo? Já não me lembrava, talvez minha mente esteja me enganando mais uma vez, projetando imagens irreais na minha mente.