Você seria capaz de esquecer sua própria identidade?
Após ser enganado pelos criminosos que comandava, Jungkook teve sua mente, corpo, feição e identidade alteradas, por vingança e inveja, sofrendo lavagem cerebral, esqueceu até mesmo seu próprio no...
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Certo e errado; belo e feio; bom e ruim. Mesmo parecendo conceitos bem definidos, para cada pessoa, a representação deles pode variar. Seja por valores morais ou de personalidade, seja devido à ignorância ou preconceito.
E eu estava confuso quanto as minhas definições nesse sentido e também com medo de deixar os pensamentos e ações dos outros me afetarem tanto. Em resumo, se eu acho que estar presente é o certo, e o outro não corresponde as minhas expectativas, a escolha é minha ficar abalado ou não. A minha reação sobre isso ressalta a definição que eu tenho sobre comportamentos certos e errados.
Com isso em mente, após enviar mensagens que não foram lidas para o Jung-Sik, fui conversar com o Tae e o Nam. Tinha tomado meu chá de camomila e decidi me abrir para os dois e não causar mais brigas.
Combinamos de ir para a "nossa" sala e eu fui o primeiro a chegar, ficando um tempo encarando o armário caindo aos pedaços cheio de tralhas, deixadas ali há muitos anos e que provavelmente nunca mais iriam ser usadas. Suspirei e bloqueei pensamentos negativos, logo ouvindo o barulho da porta sendo aberta e Taehyung aparecendo de trás dela.
– Ah... Oi. – ele notou minha presença e disse baixinho, mostrando que o clima entre nós ainda não estava muito bom.
Nós costumávamos brigar antes, mas logo nos acertávamos, por motivos mais pesados que esse e discussões também mais intensas. Mas de uns tempos para cá, qualquer pequena briga acaba demorando para se resolver.
Eu já suspeitava que ele não estava me contando tudo o que se passava na sua cabeça, e, sinceramente, eu também não estou.
– Oi, Tae, senta aqui. – eu disse com um sorriso, dando dois tapinhas ao meu lado, estava encostado em uma mesa velha, mas era longa e cabia ele ali. – Eu... Primeiramente queria pedir desculpas. – comecei, depois que ele se aproximou.
– Eu também, foi minha culpa. – ele disse se encolhendo, e eu suspirei antes de continuar.
– Tae, eu acho que essa briga nossa não foi sobre culpados ou inocentes, nós dois estávamos errados. – ele continuava olhando para o chão, com os lábios comprimidos. – Pra ser honesto, acho que ela teve motivos maiores que o estopim.
– Como assim? – ele ergueu o olhar e parecia bem nervoso.
– Eu acho que nós não estamos nos abrindo um com o outro como antes. – mesmo ainda parecendo confuso, ele parecia estar entendendo meu ponto. – Eu estou notando você mais distante.
– É que... – ele começou, mas eu não queria pressioná-lo.
– Não... Tae. – peguei sua mão. – Eu não quero te forçar a me contar nada, por hoje eu só quero me desculpar, um passo de cada vez, né? – segurei sua mão mais forte e aproximei ela do meu peito.
