- Sim! E depois ela olhou pro meu pai e disse: "Eu vou matar você!" - E os dois desmancharam-se em gargalhadas altas e escandalosas, sentamos numa mesa na calçada na frente da sorveteria.
- A sua mãe é muito assustadora. Seu pai deve ter se cagado de medo, do jeito que ele é - Inko disse risonha. Não parecia a mesma abatida de antes.
- Pode apostar que sim. Você sabe que ele não é parecido com a minha mãe nesse quesito.
- Sua mãe é incrível, ela me lembra muito você.
- Você me acha incrível? - perguntou curioso. Se sentia bem, as pessoas estavam ao pouco mudando a visão que tinham dele. Mesmo que para Inko, Bakugo tivesse sempre sido aquele garoto de confiança e exagerada e melhor amigo do seu filho. Ela sempre o enxergou do jeito que era no passado.
Se ela soubesse o que ele havia feito com Midoriya, ela o trataria diferente?
- Claro que acho, querido. Você está sendo tão gentil com Midoriya, está procurando que ele fique bem, que os amigos fiquem bem, a mãe dele fique bem. Você está agindo como um verdadeiro anjo.
- Obrigada - ele disse, meio envergonhado. Lembrava muito bem de como agia antes de tudo. - Vou continuar melhorando.
Ela sorriu e ele completou:
- E Midoriya também.
[...]
Outra segunda feira. Fazia agora cerca de oito meses. Midoriya não havia dado sinal nenhuma, mas já estava com suas cores naturais, os ossos já tinham se curado e parecia bem, apesar de estar em coma.
Já não se falava mais disso por aí. All Might já não mais aparecia por aí, talvez ainda estivesse de luto. Mas todos pareciam não se lembrar mais.
Mas normalmente o culpado não se livra da carcaça tão fácil, não é?
Bakugo continuava a visitá-lo todos os dias, assim como Inko, Ochaco, Iida, Aizawa e... o maldito meio-a-meio.
Todoroki persistia em ainda ir vê-lo, parecia querer disputar com ele. E Katsuki sabia que não havia motivo para se irritar. Mas por que se incomodava?
Segunda-feira eram dias chatos. Tudo acontecia de ruim e eram muito monótonas.
Mas aquela foi diferente. Assim como a segunda-feira que Midoriya tentou se livrar de sua dor.
Será que ele ainda sente dor? Katsuki não podia deixar de pensar.
No meio da aula foi incomodado por uma ligação. Era Inko. Desligou, conversaria depois.
Mas depois dessa veio outra.
E mais outra.
E outra.
E mais duas outras.
E quando percebeu, até sua mãe o telefonava. Que porra?
Pediu desculpas ao professor com reverência e saiu, indo atender no corredor. Suspirando. - Mãe, estou na aula. Aconteceu alguma coisa?
- Meu amor você precisa vir ao hospital, rápido - ela disse, parecia chorosa e desesperada. - Venha, por favor!
- O que houve? É algo com Deku? - indagou, ligeiramente preocupado. Será que ele havia acordado?!
- Rápido - exclamou antes de desligar.
Ele não tardou em correr para fora, mesmo que o material estivesse dentro da sala de aula. Mesmo que perdesse a aula, mesmo que levassem o que tinha. Não tinha nada mais importante do que ver Midoriya.
Não sabia no que pensar. Seria algo bom, algo ruim?
Era cerca de 5 minutos correndo até lá. Chegou ofegante, suado, assustado, nervoso.
Ansioso. Midoriya acordou?
O estômago revirava. Acordou?
Sentia um frio na barriga. Ele vai me ver?
Abriu a porta do quarto em que ele estava desde então. Desde que ele o fez por sua culpa. Desde que ele se sentiu tão triste que pensou que precisava acabar com si mesmo para terminar com aquilo.
Desde que se sentiu abandonado com a dor.
Encarou a mãe, Inko, seu pai. Sem acreditar.
- N-Não pode ser... - murmurou, choroso.
Ele não podia acreditar que isso havia acontecido.
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gente, desculpa a demora
desculpa o capítulo ruim, vou revisar taokei
eu espero que vocês estejam bem, não estejam saindo de casa
não surtem
se precisarem conversar, podem me chamar
eu amo vocês, obrigada por estarem lendo
até o próximo capítulobeijinhos!
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lie. ❆ katsudeku
FanfictionKATSUDEKU | Onde uma tentativa de suicídio transforma o coração de um jovem. ⚠️ tw conteúdo sensível ⓒ bobezinha capa by ⓒ akatsudon