Q U A T R O

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  Ando pelos enormes corredores do colégio, alimentado o ódio pela minha família em minha cabeça, odiando um por um

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Ando pelos enormes corredores do colégio, alimentado o ódio pela minha família em minha cabeça, odiando um por um. A única pessoa que não tem a honra do meu ódio é a Mary, talvez não ser da minha família seja um grande motivo.

-Não vai me dizer o que aconteceu? -Mary pergunta, tentando me acompanhar pelos corredores.

-Aconteceu que a desprezível da minha madrastra convenceu meu pai a me proibir de viajar com a minha mãe. -Forço um sorriso. -Usando a justificativa de eu ter que terminar o colégio.

Bufo, parando em frente ao meu armário.

-Ela meio que está certa. -Mary diz receosa ao meu lado. -Não que eu acho que ela realmente estivesse preocupada.

Ela completa assim que lanço o meu pior olhar pra ela.

-Se não fosse pela inveja dela, eu até acreditaria. -Bato o armário com força e olho pra Mary. -Mas como ela está presa a um cara com disfunção erétil e não pode viajar sem ele, já que seria estanho para o pessoal da empresa, eu duvidaria muito que fosse pelo grande amor nutrido por ela.

Desabafo, sentindo meu peito inflar de raiva.

-Como você sabe que seu pai tem disfunção erétil? -É a única coisa que Mary pergunta depois de ouvir tudo.

-Porque eu consigo ouvir tudo do meu quarto, é torturante. -Torço o nariz em uma careta de nojo.

Mary me acompanha na careta.

-Não falta muito pra você se formar. -ela tenta me confortar. -Aí você vai poder viajar pelo mundo e me mandar lembrancinhas de cada país que você for.

Ela da um soco leve no meu braço e eu suspiro.

-Jade...-Fecho os olhos quando escuto a voz da Sam me chamar.

Mary solta um risinho ao meu lado.

-É que precisamos da sua assinatura nos quadros. -Ela fala de maneira trêmula.

-Se eu ver algum quadro com meu nome, eu juro por Deus, que faço você ser expulsa.

Falo de maneira ácida, a fazendo recuar e logo em seguida começar a ir embora.

-Você tem que parar com isso. -Mary me repreende.

-É compreensível meu estado emocional.

Falo fazendo ela revirar os olhos ao meu lado.

-Se você começar com essas palavras difíceis, eu deixo você sozinha na educação física. -Ela ameaça e eu sorrio, sabendo que ela nunca faria isso.

-Você não pode ficar parada, Jade

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-Você não pode ficar parada, Jade. -O professor diz parando do meu lado.

Bufo, tentando de algum jeito puxar meu short ridiculamente curto pra baixo.

-Claro que posso. -Respondo vendo a Mary marcar um ponto no vôlei que tinha no meio da quadra.

Parecia divertido.

-Eu não quero deixar sua nota baixa, você é uma das melhores, não quer sujar seu histórico, não é? -Ele diz ao meu lado, me pareceu quase uma ameaça.

Não me faria falta em nada.

Me limito a ignorar ele, continuando parada enquanto observo todo o jogo de longe.

Sophie estava lá, como sempre, dando o seu melhor.

A roupa tinha um caimento perfeito nela, ela marca um, dois...até cinco pontos.

Bufo irritada e penso em ir pra arquibancada, desisto assim que vejo o novato lá.

Mesmo que sua presença não ocupasse nem um terço da arquibancada, eu me recuso a me sentar no mesmo lugar que ele.

Não sei quem ele pensa que é, mas não é como se eu fosse aceitar qualquer coisa vinda dele.

Vejo Mary correndo na minha direção quando o jogo finalmente acaba, eu acho.

-Você realmente não vai fazer nada? -Ela pergunta e eu dou de ombros. -É por causa da roupa?

Ela passa a mão na própria roupa.

-Esse uniforme é horrível. -Finjo uma careta de nojo.

O uniforme desse ano é lindo na verdade, preto com alguns detalhes brancos, mas é ridiculamente curto.

Ela suspira, parecendo cansada.

-Sei...-Ela diz balançando a cabeça negativamente. - O jogo vai começar de novo, você deveria sent..aaah, o novato.

Ela diz olhando pra arquibancada.

-Desde quando você foge das pessoas? -Ela debocha, voltando a olhar pra mim. -Ele te enfrenta né?

Pergunta ela com um sorriso idiota nos lábios.

-Eu esperei tanto por isso. -Ela diz com uma animação estranha na voz.

-Você não tem um jogo pra ir jogar não? -Falo apontando pra quadra, aonde já estavam entrando nas posições.

Ela da um último sorriso antes de voltar correndo para o meio da quadra.

Desisto de ficar na quadra apenas pra ganhar presença, eu não preciso disso.

Definitivamente não preciso.

Caminho até o vestiário feminino, aproveito que ele está vazio e olho meu reflexo pelo espelho.

Analisado meu corpo coberto pelo uniforme, que não cobria muita coisa.

-Querida, é melhor você não entrar. -Minha madrasta diz ao meu lado. -As pessoas vão olhar estranho.

Olho pra Sophie, que brincava dentro da piscina junto com as outras crianças.

-Mas é meu aniversário. -Falo abraçando meu próprio corpo, enquanto brincavam sem mim.

-Você quer que eles zombem de você, querida?

Ela diz se agachando na minha frente e eu nego com a cabeça, sentindo algumas lágrimas caírem.

-Então tira esse biquíni e coloca aquela roupa que eu separei pra você.

-Então tira esse biquíni e coloca aquela roupa que eu separei pra você

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