Ela é formada por Expressões falsas e sorrisos maldosos, ninguém se aproximava o suficiente para não se machucar, mas ninguém sabia que ela era inofensiva.
Mas ele chegou, o novato que não sabia do perigo e quando soube, amou.
Capa: @FreyjaDak
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Bato a porta do meu quarto com força, sem sequer esperar a Mary entrar.
-Jade. -Ela me chama assim que abre a porta. -Você não pode agir assim, você não acha que deveria se despedir dela?
-Não, eu não acho. -Tento não chorar, agora é definitivo, Helena voltou hoje pra buscar as coisas dela.
-Você está sendo egoísta, Jade. -ela cruza os braços. -O mundo dela não gira em torno de você.
-Mas ela era a única coisa que me fazia bem aqui e foi embora. -Respiro fundo, eu não vou chorar, não vou.
-Ela só não vai trabalhar mais aqui Jade, você pode ver ela quantas vezes você quiser. -Ela murmura como se isso fosse óbvio.
Eu sei disso, mas ela simplesmente não entende.
Agora ela é só mais uma, igual meu pai e minha mãe, mas ela foi a única que prometeu ficar comigo e simplesmente foi embora.
-Não escuta ela, você não é nada disso que ela disse. -Helena passa as mãos em meu cabelo. -Prometo nunca mais te deixar sozinha com esse povo.
Tombo a cabeça pra trás, exausta.
-Eu quero ficar sozinha, Mary. -Peço e olho pra ela, que continuava imóvel no meio do meu quarto. -Por favor.
-Suas atitudes vão acabar afastando as únicas pessoas que gostam de você. -Ela diz sem esconder seu desgosto, saindo do meu quarto sem poupar a força na hora de fechar a porta.
Ela está totalmente certa, mas eu não ligo.
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-Não vai fazer a aula? -Jason aparece do meu lado na arquibancada.
-Jason, não estou afim, some. -digo sem paciência alguma.
-Vim em paz. -ele ergue as mãos em forma de rendição. -Você me parece acabada.
Comenta ele num tom divertido, mas eu nem sequer o olhei.
-Quer falar sobre? -Ele me dá um leve empurrão no ombro, provavelmente pra Chamar minha atenção.
-Por que eu falaria algo com você? -Pergunto ainda sem o olhar, meus olhos estão no novato, que está sentando na arquibancada do outro lado da quadra.
Minha mente gritava pra eu fugir, fugir pra valer, mas definitivamente, eu não consegui.
-Tudo bem. -Jason diz ao meu lado. -Eu voltei porque tive problemas com a minha mãe, ela simplesmente queria dar minha irmã para o meu pai, como se ela simplesmente fosse um objeto. -Ele murmura indignado. -Não basta ser uma criança doente, ainda tem que viver sem a mãe.
Olho pra ele, sem entender o porque ele está desabafando pra mim.
-Você lembra dela? -Ele pergunta. -Ela tinha dois anos quando namorávamos.
-Lembro. -Dou de ombros.
A irmãzinha dele era com certeza a melhor parte do nosso relacionamento, ela tinha alguns problemas de fala, mas pensaram que não era nada, até que descobriram um tipo de autismo mais leve.
-Minha mãe vem sendo a porra de uma vadia egoísta. -Ele solta uma risada irônica. -E meu pai nem é pai dela de verdade, mas a aceitou como filha.
Ele baixa a cabeça, enquanto brincava com os próprios dedos.
-Por que está falando essas coisas pra mim? -Pergunto, percebendo que ele estava genuinamente triste.
-Porque fazíamos isso antes e eu gostava muito de falar com você. -Ele olha pra mim e solta um sorriso triste. -Me desculpa por tudo?
Ele pede, eu fico sem reação enquanto encaro ele.
-Não quero voltar a ter o que tínhamos antes, não mesmo. -Ele suspira. -Eu já tenho alguém, mas tive que deixar ela lá pra vir ficar com a minha irmã, então, me desculpa?
-Eu não me importo, Jason, não tem mais nada pra se culpar. -Murmuro. -Então fica tranquilo.
-Fácil assim? -Ele me olha como se não acreditasse. -Pensei que ia ter que insistir mais.
Dou de ombros, não quero brigar ou fazer qualquer coisa do tipo hoje.
-Quando você vai ir falar com ele? -Jason sinaliza em direção ao novato. -Eu vi quando ele foi atrás de você na festa.
-Ele foi atrás de mim? -Pergunto sem esconder minha supresa.
Ele disse que ia ao banheiro.
-Jade, quando foi que você ficou tão burra? -Ele ri. -Ele tá olhando pra cá nesse exato momento.
Seguro a vontade de olhar.
-Eu não gosto dele. -Afirmo, tentando provar pra mim mesma.
-E eu sou o Batman. -Ele zomba. -Me poupe.
Sorrio pensando em algo.
-Pode me ajudar com algo?
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