Mil formas de te amar

O N Z E

Observo-a de longe, talvez eu tenha me arrependido do que fiz, mas não é como se ela não tivesse merecido.

Ela sorri pra algo que Josh diz, eu definitivamente não entendo como pessoas que nem eles, andam com ela.

Agora ela gargalha de algo que a Mary falou e eu acabo me distraindo com o som que saia, não que eu tenha gostado.

-Entendeu? -Sophie chama minha atenção e eu a olho, eu não ouvi nada.

Suspiro.

-Desculpa, pode repetir? -Peço, me sentindo mais distraído que o normal.

-Falei que poderíamos estudar na sua casa, já que a Jade conseguiu fazer você não ir mais lá.

Ela bufa irritada, olhando em direção a Jade.

-Tudo bem, só não pode ser aos domingos. -Respondo, provavelmente minha mãe não iria reclamar.

-Por que não? -Ela pergunta se inclinando, espiando o que eu estava tentando pintar.

Mas não fiz absolutamente nada.

-Gosto de passar os dias de domingo sozinho. -Dou de ombros, ela não insiste e volta para a própria tela.

Observo o que ela pintava, estava parecido com o que o professor pediu.

Uma paisagem simples.

Observo minha tela, a única coisa que fiz foi o céu, está simples o suficiente?

Preciso tirar notas boas em tudo.

Começo a tentar fazer algo, tão concentrado que nem sequer escuto o sinal tocar, me despeço da Sophie e continuo na sala, eu preciso terminar.

Isso tá parecendo mais um desenho de uma criança de 2 anos. Passo as mãos no rosto, frustado.

Não dá pra ser um gênio em tudo.

-Isso está horrível. -Sigo a voz. -Até eu com cinco anos fazia algo menos pior que isso.

Jade diz atrás de mim, eu nem sequer notei que ela ainda estava na sala ou quando ela entrou.

Resolvo ignorar ela, desistindo da pintura. Me levanto pra sair da sala, mas ela entra na minha frente com um sorriso maldoso nos lábios.

-O que você quer? -Pergunto sem nenhuma paciência.

-O que te faz pensar que eu quero alguma coisa? -Ela diz dando de ombros, pegando o pincel que estava em uma das telas, ela me olha.