C I N C O

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 Observo a garota de hoje cedo passar pelo meio da quadra, abraçada ao próprio corpo indo aonde eu acho que deve ser o vestiário, de longe ela parece tão frágil e doce

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Observo a garota de hoje cedo passar pelo meio da quadra, abraçada ao próprio corpo indo aonde eu acho que deve ser o vestiário, de longe ela parece tão frágil e doce.

Tenho que admitir que ela é muito bonita, tipo muito mesmo.

Meus olhos descem pelas pernas descobertas dela, que conseguem chamar muita atenção.

Subo meus olhos até o rosto dela, que como sempre, estava com seu nariz empinado, como se nada a abalasse e fosse dona do mundo, como 98% das pessoas nesse lugar.

Ela pode ser muito bonita por fora, mas duvido muito que seja por dentro. Nas escolas que estudei, as pessoas não tinham as melhores roupas, nem os melhores materiais, mas se esforçavam pra ser pessoas boas.

-Oi, o que achou do jogo? -Minha atenção vai pra Sophie, eu nem sequer a vi chegar.

-Você foi muito boa. -Respondo sincero, até agora não vi nada que ela não fosse realmente boa.

Ela sorri agradecia e olha pra onde eu olhava.

-Qual é o nome dela? -pergunto sabendo que Sophie viu eu olhando pra garota.

-Jade. -Ela responde de maneira seca.

Jade.

Repito na minha mente para gravar.

-Preciso ir. -Falo enquanto levanto da arquibancada, a próxima aula eu vou ter que fazer sem ela, infelizmente.

-A gente se vê. -Ela acena enquanto eu me afasto.

 -Ela acena enquanto eu me afasto

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-Por favor, jade. -Paro no meio do corredor quando escuto isso, vindo de uma das salas.

Minha última aula tinha acabado, pensei que teria algum dia de paz.

Mas acho que as pessoas aqui são sempre filhas da puta.

Me aproximo da sala.

-Não vamos poder fazer o mural se você não por a assinatura, o professor exigiu e é pra amanhã.

A garota baixinha implora, Jade nem sequer tenta fingir que se importa.

-Eu não quero saber, não quero saber do meu nome em mural de artes alguma, não quero saber daqueles quadros ridículos e das pessoas mais ridículas ainda por comprar essas merdas.

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