A cada cena assustadora Millie dava um leve pulo no sofá e Wolfhard fingia que não percebia.
Não, ela não estava nem aí para o filme, só queria ficar perto de Wolfhard, ele a trazia calma, mesmo que não admitisse.
A morena tentava se distrair mentalmente com outras coisas sem ser o filme mas apenas duas palavras apareciam em sua cabeça. "Pizza" e "Beijo". Quando finalmente conseguia tirar "pizza" e sua fome enorme da cabeça, a cena de Finn tentando a beijar invadia seu cérebro e contaminava todos seus outros pensamentos.
A garota se sentia esquisita pensando no cacheado, levando em conta que ele estava do seu lado. Ele estava focado no filme. Pelo menos era o que Millie achava.
Brown tinha conhecido o garoto a pouquíssimo tempo. Era impossível ele ter desenvolvido sentimentos por ela nesse meio tempo, não?
Apenas algumas horas no metrô, conversas na hora do almoço e mensagens até de madrugada não significavam nada, não é? Não mudavam nada...Alguns dias não mudam nada.
E se ele gostava dela de verdade, por que ele só tentou algo quando estava sobre efeitos colaterais de remédios para dor? E não no dia a dia?
Millie realmente não queria admitir para si mesma que beijaria ele em outras circunstâncias. Mas ela beijaria. Ah se beijaria!
Porém ela tinha medo. Medo de ser machucada como foi com Jacob. Mesmo o garoto sendo horrível com ela, a morena sentiu falta quando terminou com ele.
Não falta dele em si, mas do garoto que ele fingia ser no início, carinhoso, atencioso e engraçado. O que durou apenas dois ou três dias.
Óbvio, Millie sabia que Finn não era igual a Sartorious, nem parecido, e que o pensamento de comparar eles não era racional mas inseguranças são irracionais, não é? Assim como medos.
Além do mais, Finn pararia de agir assim logo depois de acordar. Teria pensamentos normais em relação a amiga e não tentaria beijar ela, não é? Até porque agora ele só estava agindo assim pelo remédio. Ele não gostava realmente de Millie e iria esquecer de tudo. Tudo que aconteceu. Das risadas que eles compartillharam no quarto de Iris, da promessa da dança, e do quase beijo.
"Para de pensar nisso, sua tola."
E foi aí que a segunda coisa mais importante para ela no momento voltou a martelar em sua cabeça. Pizza.
Céus! Como estava com fome. Queria sair daquela sala com clima desconfortável e assistir algum programa engraçado com Finn, já livre do efeito do remédio, no seu quarto enquanto comia pizza. Mas isso não era possível.
"Já falei para parar de pensar nisso ô caramba"
Do outro lado do sofá, Finn também não estava prestando nenhuma atenção no filme. Olhos fixos na tela mas a mente vagando em outro lugar.
Por que Millie recusou o beijo? Justo na primeira vez que ele foi tentar algo com uma garota. E ele estava tão seguro que ia dar certo. Brown parecia realmente se importar com ele.
Ela com certeza achava que ele estava fora de si, sobre efeito de remédios. Mas Finn estava mais lúcido do que nunca.
Ele ficou sóbrio ainda no posto de gasolina, há tempos atrás. Pelo menos agora poderia colocar culpa nos remédios quando, de manhã, Millie perguntar para ele sobre o beijo.
Poderia fingir que nada disso aconteceu. Que Millie e ele são apenas amigos e as horas no metrô, conversas na hora do almoço e mensagens até de madrugada não foram nada além de bons amigos passando tempos juntos. Aquilo tudo não significou nada? Alguns dias não significam nada.
O cacheado percebeu como a garota de moletom rosa cintilante estava muito desconfortável com tudo, com o filme, com a roupa (pois ela ainda estava usando a roupa da festa) e com toda situação. Provavelmente ela só estava lá por pena. Para fazer companhia para o garotinho que não consegue nem ir para a casa sozinho.
O que ele queria era pedir pizza, sair daquela sala assustadora da "casa de bonecas" dos Brown e ir para o quarto de Millie assistir alguma série que a garota gostasse ou ouvir Jungle com ela, enquanto os dois comiam pizza. Mas infelizmente isso não era possível.
Quando os dois já tinham dado conta, o filme estava nos créditos.
— Então...Você gostou? — indagou Wolfhard quebrando o silêncio.
— Han? O que? — respondeu Millie saindo de um transe.
— Do filme...
— Ah sim. Foi incrível! Ainda mais aquela parte que a principal...aquela menina lá...pegou aquilo e fez aquele negócio...— falou enrolada.
— Verdade. Também amei essa parte. — disse Finn tentando disfarçar que não prestou atenção em uma palavra sequer do filme.
E então os dois voltaram os olhos para a televisão, tentando evitar contato visual. Achando que se um olhasse profundamente para os olhos do outro, perceberia que não prestou atenção em nada do filme.
— E então...Você tá com fome? — perguntou Millie, iniciando a conversa dessa vez.
— Iria dizer que não, por educação, mas estou morrendo de fome.
— Olha, não sou muito boa na cozinha então a gente pode pedir...
— Pizza!! — falaram em uníssono.
Millie abriu um sorriso radiante e Finn apenas a encarou como um bobo, que durou apenas poucos segundos por medo dela perceber.
— Vou pedir então. E aí a gente pode subir para o meu quarto, essa sala não fica legal toda escura logo depois de um filme de terror.
UM CAPÍTULO RELATIVAMENTE GRANDE RECEBAM!!!!!
oq vocês acham que vai acontecer na fic????????? AMO saber a opinião de vcs pq tem uns que tem umas ideias muito legais que da ate pra misturar com oq eu to pensando pra cá kkkk
eu sei que tava todo mundo sedento pra visão dos dois sobre o que aconteceu e nem tentem me provar ao contrário ok
e então só queria sla agradecer msm por todo mundo que vem me acompanhando desde o início e vem comentando e tal...significa bastante pra mim
AMO VCS BOA NOITEEEEE
e me desejem boa sorte pq tenho duas provas amanhã e eu não estudei NADA
1000 palavras
DALE!
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locked on the subway | fillie
Teen Fiction[millie bobby brown + finn wolfhard] ❝Quem diria que dava para conhecer melhor uma pessoa em duas horas no metrô do que na vida toda?❞ Millie era líder do grupo de teatro da escola enquanto Wolfhard fazia parte do time de futebol americano. Os dois...