Closer - Perto Demais

Capítulo 23

Anahí entrou no quarto desembalada. As lágrimas queimavam seu rosto, quando ela se jogou sentada na cama. Puxou uma gaveta, e pegou um envelope, virando-o na cama. A musica, e as fotos. Ela apanhou a foto de Alfonso e Hayley. Suas mãos tremiam. Ela rasgou a foto, em pedaços pequenos. Não sentia mais ciúme. Sentia raiva de Hayley.

Kristen: Annie? – Perguntou, confusa, ao ver a amiga chorando em um redemoinho de papel picado – Annie, o que foi? – Perguntou, soltando a mochila no chão, e indo até a amiga.

Anahí: Ah, Kris. – Murmurou, enquanto as lágrimas caiam. Kristen abraçou ela, que se agarrou fortemente a amiga. Porque diabo tudo tinha que ser tão difícil?

Alfonso esperava que, uma vez sabendo sua verdade, e uma vez tendo assumido que o amava, Anahí voltasse a se aproximar dele. Se enganou. A loura se afastou mais ainda, e os dois mal se falavam, eram como estranhos. Nas vezes em que jantavam juntos, com os amigos, um não olhava na cara do outro. A situação nunca esteve tão ruim. Dezembro chegou, com o inverno radical que sempre reinava. As vezes nevava, chovia, ventava. O aquecedor da republica nunca funcionou tanto.

Anahí: Cadê o inferno do... Rodrigo? – Perguntou, confusa, ao ver o louro parado no primeiro andar.

Rodrigo: Anahí. – Respondeu, erguendo os olhos pra ela.

Anahí: Procurando alguma coisa? – Perguntou, irônica, terminando de descer as escadas. Ela usava uma bermuda branca, e uma blusa agasalhada, rosa.

Rodrigo tinha procurado, e muito. Mas não havia mais sinais comprometedores sobre Suri. O que quer que fosse, Anahí e Christopher tinham ocultado com todo o cuidado. Mas ele já estava cansado disso. Ashley que fosse pro inferno, ele ia ter a vingança dele. E seria imediata.

Rodrigo: Sim. Você. – Completou, se aproximando da escada.

Anahí: Algum problema? – Perguntou, surpresa.

Rodrigo: Na verdade, eu vim cobrar algo. – Anahí franziu a sobrancelha, vendo ele se aproximar.

Anahí: O que seria? – Perguntou, confusa.

Rodrigo: Algo. – Ele, após chegar nela, puxando-a pela cintura – Que você está me devendo a muito tempo.

Então ele a beijou. Anahí arregalou os olhos, enojada, batendo nele. Mas, demônios, ele era forte. Ela só conseguiu se soltar após chutar-lhe a canela.

Anahí: ENLOQUECEU? – Gritou, passando a mão na boca. Mas Rodrigo ria. Ela recuou em direção a cozinha, mas ele a puxou de volta – RODRIGO, ME LARGA! – Gritou, assustada, tentando se soltar dos braços dele. O próximo que recebeu foi uma bela bolacha no rosto. Ela grunhiu, sentindo a pele queimar.

Rodrigo: Quietinha. – Mas Anahí não estava quieta. Ela batia nele, empurrava, esmurrava. – Eu disse QUIETA Anahí. – Disse, puxando os cabelos da loura. Anahí rosnou, mas gemeu, nauseada, quando ele se pôs a beijar a pele delicada de seu pescoço.

Os minutos passaram. Anahí não cansava de bater nele, de gritar, mas ninguém parecia ouvir. Seu corpo convulsionava em náuseas, e ela não conseguia se soltar. Ele já havia rasgado a grossa blusa de lã dela, deixando-a de sutien e bermuda. Até que ele cansou de levar arranhões, e, ao se deitar com ela no chão, bateu propositalmente com a nuca da loura no degrau da escada, deixando-a instantaneamente desacordada. Tudo estava perdido.

Alfonso chegou em casa, infelizmente, horas depois. Ele usava Jeans, e uma camisa de manga, azul marinho. Estava lendo uns papeis, até que seu olhar caiu em algo no chão. Cabelos, louros, quase brancos. Vários cachos, esparramados, vindo de detrás de um sofá, nos pés da escada. Ele se aproximou, confuso e assustado. Conhecia aqueles cachos, sabia o perfume que tinham, como eram macios. Seu estomago revirou desagradavelmente ao ver Anahí.