Mas Robert não voltou. Dulce telefonou diversas vezes, dava na caixa. Sumira do mapa. O dia nasceu, e Kristen já não chorava. Estava quieta, calada, murcha. Por mais que Maite tentasse anima-la, não funcionou.
Christopher: QUEM FOI O FILHO DE UMA PUTA QUE DESENHOU NO MEU CARRO? – Rugiu, olhando o capô da Mercedes.Quem fez, fez pra provocar. O piloto usado era branco, entrava em contraste com o negro do carro. Haviam jogos da velha, rabiscos normais, e trechos de musica. Alfonso não fora. Robert sumira, e não estava com animo pra zoar. Então...
Christopher: CHRISTIAN! – Rugiu, se virando pra casa. O louro tinha o rosto molhado de lágrimas, e ria convulsivamente. – VOCÊ VAI LIMPAR ESSA PORRA! – Ordenou.Christian: Aham. – Debochou, rindo. Ele se inclinou, apertando a barriga, rindo alto.
Christopher: Vai limpar até estar lustrado de novo. – Reforçou.
Alfonso: Ei. – Chamou, e Christian o olhou – Corre. – Aconselhou, vendo Christopher avançar.
Christian pulou os degraus da republica e disparou correndo, com Christopher a seu encalço. O riso de Christian dançava no ar, fazia os outros quererem rir também. Alfonso terminou sozinho, rindo dos dois. Ele abriu a porta do Citroën e pegou algo lá dentro, uma garrafa cinza, que continha óleo. Abriu, tranqüilo, o capô do carro, em seguida o tanque de óleo. Cutucou com um ferrinho três vezes, verificando a cor do óleo que restava no tanque. Então abriu a garrafinha e virou-a com cuidado, pondo óleo novo lá dentro. Até que uma presença o alertou.
Alfonso: Como diria alguém que eu conheço: Vai ficar olhando? – Perguntou, sem se dar o trabalho de se virar.Hayley: Incomodo? – Perguntou, se aproximando.
Alfonso: Na verdade, não. Não altera nada. – Comentou, observando atentamente a quantidade de óleo que despejava. O mostrador ao lado do pequeno tanque indicava que logo estaria bom.
Hayley: Pensei que não encontrrarria um moment parra falarr com você, a sós. – Disse, se encostando casualmente no carro.
Alfonso: Não vejo o que teria pra falar a sós comigo, que minha namorada não venha a saber logo. Não faz diferença. – Disse, apanhando uma flanela laranja ali perto. Ele pôs a flanela embaixo da abertura do tanque, retirando cuidadosamente a garrafinha dali, sem sujar nada.
Hayley: Nam é norrmal. Você começou com essa historrie quando eu cheguei. Nam é sua namorrade. – Disse, olhando-o.
Alfonso: Ah, claro. – Ele riu de leve – Bom, uma coisa é certa. Eu amo Anahí. – A tranqüilidade no rosto de Hayley foi sumindo – A amo mais do que pensava ser capaz. Acho que o resto é futilidade. – Comentou, pegando o ferrinho novamente.
Hayley: Desde quando? – Instigou, debochando.
Alfonso: Desde a primeira vez que pus os olhos nela. Desde o momento em que senti seu cheiro, sua pele. – Ele passou o ferrinho no tanque de novo, verificando a cor do óleo. – É ela, e não há variação pra isso.
Hayley: Ela nam é perrfeite, sabe? – Alfinetou.
Alfonso: Ah, não, não é. – Ele sorriu, olhando o ferrinho sujo de óleo – Ela tem defeitos. Tem problemas. Mas até os defeitos dela me completam. São problemas que eu quero e vou resolver. – Ele tampou o tanque do óleo, limpando o ferrinho com a flanela.
Hayley: E até quando vai serr suficiente?
Alfonso: Sem data definida. Acho que a longo prazo. – Disse, pensativo, limpando o ferrinho - Um dia ela vai entrar de branco em uma igreja, e eu vou estar esperando por ela no altar. Vamos decorar um apartamento juntos, e discutir pela localização de uma poltrona em uma sala. Então vamos decorar um quarto de bebê. Um dia eu vou segurar a mão dela em uma sala de parto, ajudando-a a dar a luz. – Ele pôs o ferrinho num canto, dentro do capô – A criança vai ter os olhos dela, e será perfeita. Vai ser como deve ser, filhos, vê-los crescer, levar no colégio, aconselhar, envelhecer juntos. Você sabe como funciona. – Ele fechou o capô do carro.
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Closer - Perto Demais
FanfictionVersão original, concluída em 2010. Não disponível para download ou adaptações. Todos os direitos reservados. Contém material extra, dividido em 3 partes, a ser publicado em separado deste livro.