Edgard era o dono do Monseur Vatel. Mas tinha Anahí muito mais como sua amiga que como sua Sommelier, como sua funcionaria. Ele era apenas poucos anos mais velho que ela. A acolhera como sua funcionária quando ela tinha apenas 19 anos. Era pouco pra um restaurante daquela escala. Mas a menina, além de ter um curso de culinária feita em Paris, conhecia tudo o que era possível saber sobre vinhos, tinha um bom gosto, era linda, e simpatizava a todos. Então ela cresceu ali rapidamente. Seu trabalho, atualmente, deveria se resumir em formular a carta de vinhos, e ir nas mesas, sugerindo os vinhos, provando-os para os clientes. Mas ela amava cozinhar. Edgard achava que isso havia sido adquirido no curso que fizera. Então deixava que ela fizesse os pratos que queria. Ele reparou que ela ficara estranhamente calada e séria depois do telefonema. Mas ela disse que não era nada.
Anahí: Edgard. – Chamou, e ele a olhou. Ela saiu do banheiro, já pronta. O restaurante ia abrir.
Anahí usava os cabelos firmemente preso em um coque alto. No rosto, uma maquiagem clara, com lápis de olho forte e rimel, ressaltando as safiras que eram seus olhos. Ela vestia um corpete preto, bastante justo, que delineava suas curvas. O corpete cobria até o inicio da calça, também preta, de linho. Usava tamancos de salto agulha pretos, e uma pulseira prateada, leve, na mão esquerda. O corpete e a calça pareciam, juntos, formar um conjunto. Não dava pra saber onde um terminava e onde o outro começava. Edgard já havia recebido muitos elogios pela beleza de Anahí.
Edgard: Sim?
Anahí: Quero lhe pedir algo. - Começou, quieta
Edgard: O que quiser. – Disse, prontamente. Ele já estava vestido socialmente, pronto para a noite.
Anahí: Não posso circular no salão hoje. – Disse, prontamente.
Edgard: Mas porque? – Perguntou, confuso.
Anahí: Eu não posso, Edgard. Eu farei as cartas de vinho para cada prato, e provarei um a um, mas aqui dentro. - Completou
Edgard: Os clientes vão estranhar. - Apontou, confuso
Anahí: Por favor. Edgard, por favor, eu imploro. – Ele viu a agonia nos olhos dela.
Edgard: Pois, muito bem. – Suspirou, e ela sorriu em agradecimento. O sorriso não aparecia em seus olhos.
Alfonso chegou uma hora e meia depois. Vestia um terno simples, camisa branca por baixo. Anahí viu quando ele chegou com os olhos ressentidos. Ao seu lado, Hayley estava, deslumbrante em um vestido cinza, elegante. Anahí grunhiu consigo mesma, agüentando a pancada, e respirou fundo, voltando pra adega. Não queria ver. Precisaria, mais tarde, mas agora não queria.
Mateus: Boa noite. – Alfonso e Hayley assentiram – Já estão prontos para o pedido?
Alfonso não entendia porque Hayley insistira em que ele fizesse a reserva nesse restaurante, uma vez que era suficientemente longe de Dartmouth. Depois, resolveu não pensar. Faria o que era preciso, e voltaria pra casa.
Hayley: Ah, oui. – Ela sorriu – Eu vou querrer a Bouilabasse, como prrate prrincipal. – Mateus anotou. – Acompanhade de uma salada de vegetais, com pouco azeite. – Lucas assentiu.
Mateus: Oui. – Ele terminou de anotar – E o senhor?
Alfonso: Nada pra mim. – Respondeu, frio, mexendo com o porta guardanapos.
Hayley: Alfonso, faça isso direito, ma cherry. – Ameaçou, sorrindo.
Alfonso rosnou, depois pediu a primeira massa que encontrara no cardápio.
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Closer - Perto Demais
FanficVersão original, concluída em 2010. Não disponível para download ou adaptações. Todos os direitos reservados. Contém material extra, dividido em 3 partes, a ser publicado em separado deste livro.