Capítulo 01

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Nossa história se passa em Nova York. Os 7 saíram do aeroporto conversando, debatendo sobre a vaga restante. Dartmouth dava a cada republica um mês pra selecionar um substituto pra quem saísse. Se esse mês vencesse, os integrantes da republica perdiam o direito de escolha, e a direção da faculdade colocava um substituto. Só que ninguém queria um estranho dentro de casa. Porém, logo se separaram, cada um pro seu carro. Robert dirigia um Volvo prateado; Anahí, um Porshe acobreado, em uma tonalidade escura de vinho; Christopher, uma Mercedes preta; Christian tinha uma moto, achava mais prático e divertido, uma Mitsubishi azul marinho. Em conjunto, tinham um pajero sport, prateado, uma caminhonete, pra as ocasiões onde queriam ou precisavam ir juntos. Mas isso não acontecia muito, cada um gostava da sua privacidade. Kristen foi com Robert; Dulce com Christopher; Maite de moto com Christian; e Anahí foi sozinha.



Kristen: Rob, olha a hora. – Alertou, a certo ponto.

Eram 20:15. As grades de Dartmouth se fechavam as 20:30, em ponto, quando não havia aula. Eles estavam no meio das férias de Janeiro. Consequentemente, as republicas, que ficavam no enorme campus, estavam bloqueadas. Se não chegassem a tempo, não adiantava chorar, esperniar, nem gritar. Dormiriam na rua. Robert tocou habilmente no telefone embutido do celular, ligando pra todos os telefones, em  conferência. Maite atendeu o de Christian, que pilotava. Christopher e Anahí atenderam.



Robert: Gente, a hora. – Avisou, sem paciência. Uma coisa que odiava era essa historia de horário.

Anahí: Merda. – Murmurou, mudando a marcha do carro.

Christopher: Puta que pariu. – Rosnou antes de mudar a marcha, e forçar o pé no acelerador do carro.

Christian: Ah, merda. – Chingou, ao ouvir o que Maite disse.


Christopher invadiu o primeiro sinal vermelho que apareceu. Dulce gritou, assustada, mas não reclamou. Amava essa vivacidade dele. Os amigos também não se opuseram. Ninguém queria dormir apertado dentro do carro, ou num hotel. Pra casa dos pais, é claro, ninguém ia. Robert sorriu torto e acompanhou o amigo. Anahí ergueu a sobrancelha e se colocou atrás dos dois. Christian, inclinando a moto com tudo na lateral, pra desviar de um ônibus, foi atrás. Ele sentiu Maite se agarrar mais a seu peito com a virada brusca, e sorriu, deliciado com isso. Os três carros e a moto voaram pelas ruas de NY, e estavam na esquina da faculdade, quando pegaram um engarrafamento na frente de um túnel. Os minutos se passaram, e haviam 7 pessoas naquele engarrafamento mais que ansiosas. Christian tentara passar por dentre os carros, mas não conseguiu. Os carros iam avançando lentamente. Os nossos ficaram na seguinte posição: Christopher e Christian emparelhados, Anahí e Robert, em fila indiana.



Maite: Eu conheço aquele carro. – Disse, depois de tirar o capacete. Os cabelos sedosos da morena caíram em cascata por suas costas, mas ela ainda olhava o carro que causava o engarrafamento. Era um Corolla amarelo claro, parado bem na saída do túnel, dificultando a passagem. Aparente o motorista estacionou bem ali, propositalmente, porque o motor estava desligado. Christian ergueu o vidro da frente do capacete, também conhecendo o automóvel.

Nesse momento viram Anahí sair do carro, batendo a porta. Foi desfilando em seu salto alto. Anahí usava uma camiseta regata branca, jeans e um tamanco prata de salto agulha, com os cabelos soltos, cacheados, caindo pelas costas. Ela foi ate o carro amarelo e parou na janela, se abaixando pra olhar a motorista. Os motoristas assobiaram, e muitos babaram nas curvas da loura. Christian e Robert, dando pilha, buzinaram.


Anahí: Ashley. – Constatou. A loura no volante virou-se pra Anahí com uma expressão de nojo. Estava falando no celular. – Bom, eu vou ser rápida. Tem um engarrafamento quilométrico aqui atrás, por sua culpa. E faltam... – Ela consultou o relógio no painel do carro – 4 minutos pra faculdade fechar. Veja bem, eu não quero dormir na rua. – Explicou, obviamente – Então, você poderia, por gentileza, retirar seu carro do caminho? – Pediu, falsamente educada.

Ashley: Espera. – Disse, no telefone, e abaixou o celular – Não tá vendo que eu tô no telefone? – Perguntou, irritadiça.

Anahí: Não vai sair? – Perguntou, jogando a falsa educação pro alto.

Ashley: Não. – Disse, ignorando-a, e voltou ao celular.

Anahí: Como queira. – Disse, se erguendo e voltando pro seu carro – Sai da frente, Uckermann. – Foi um aviso. Christian saiu caminho de imediato, antes que ela mandasse. Sabia que Anahí não levava desaforo pra casa.

Christopher: Você manda. – Sorriu e puxou seu carro pro acostamento, deixando o caminho livre pra Anahí. Ela resolveria.


Os outros motoristas esperaram, alegremente, a resolução que o monumento louro daria aquilo. Ninguém mais agüentava aquele engarrafamento. Anahí entrou em seu carro, bateu a porta e pôs o cinto. As pessoas em volta observavam a cena, animadamente, inclusive Robert e Kristen. Anahí olhou a traseira do carro de Ashley, bem no seu alvo. Sorriu de canto, perversa, pisou na embreagem, puxou a 5ª marcha e desceu o pé no acelerador. Os pneus do Porshe gritaram em protesto, o carro se jogou pra frente, colidindo com tudo com o carro de Ashley. O túnel todo gritou em aprovação. Christopher e Robert riram em  uníssono. Christian buzinou, assobiando. Anahí alcançou seu objetivo. Com o impacto, o carro de Ashley foi lançado pra frente, desobstruindo o caminho. Anahí deu a ré rapidamente, e se lançou em seu caminho, sendo seguida pelos amigos. Ao chegarem na faculdade, o portão automático começava se fechar. Anahí voou pra dentro, seguida pela mercedes de Christopher, que rugia em sua potencia, o Volvo de Robert e a moto de Christian. Todos pararam assim que chegaram a frente da republica.


Haviam outras republicas na vizinhança, eram 12, em seu total, e todos se viraram pra olhar eles chegarem. Christopher ainda ria quando chegou.



Christian: Casa comigo? – Perguntou, brincando e batendo palmas, ao tirar o capacete.

Anahí: Vou avaliar sua proposta, depois respondo. – Retribuiu a brincadeira, tirando o cinto de segurança.


Anahí foi a frente de seu Porshe e se abaixou, avaliando. Sem danos na lataria do carro. Ela se levantou, tranqüila, quando todos ouviram o som de pneu preso se aproximou. Todos se viraram e viram o Corolla amarelo vir com dificuldade. Ashley provara ao porteiro que sofrera um acidente e, extraordinariamente, conseguira entrar na faculdade. Robert se estourou de rir, se apoiando em Christopher, que já estava vermelho em seu riso. O fundo do caro de Ashley estava destruído.



Ashley: Você vai me pagar por isso, Anahí. – Rosnou, ao sair do carro. Os vizinhos, das outras republicas, já olhavam a cena.

Anahí: Eu acho bom você incluir isso na lista de coisas que eu ainda vou te pagar, pra não correr o risco de esquecer nada. – Disse, tranqüila, se sentando no capô do seu porshe, intacto.

Ashley rosnou novamente e saiu de perto, indo pra sua republica. Mais a frente entenderemos a divisão das republicas. Anahí e companhia entraram também. Cada republica tinha dois andares: No debaixo ficava a sala, a cozinha, área de serviço, dispensa e um banheiro. No de cima ficava os quartos e dois banheiros. Cada um foi pro seu canto, dormir. Mas Anahí, que era quem pensava em tudo mecanicamente ali, ligou o laptop e fez um aviso, sobre a vaga restante.



ATENÇÃO:

Há uma vaga masculina na republica 06. Interessados, procurar por Christopher, Christian ou Robert, para fazer a inscrição, para uma posterior entrevista.



Foi esse o aviso que um par de olhos verdes, da cor de esmeralda, encontrou no mural, na manhã seguinte.

Closer - Perto DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora