Capítulo 35

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Anahí estava em uma maca, confortável, de um hospital caríssimo de NY. Alfonso disse que ia pra debaixo da ponte, mas que nada ia faltar a essa criança. Ela estava de calcinha, coberta da cintura pra baixo por um fino cobertor. Usava um top, que deixava sua barriga livre. Alfonso estava parado ao lado da cama, um sorriso leve no rosto, olhando a barriga destacada dela, pálida. A sala tinha pisos brancos, e paredes forradas de madeira marfim. Haviam vários equipamentos ali. O médico passou um gel incolor na barriga de Anahí, que parecia gel de cabelo, só que mais consistente. Anahí olhava a cara de Alfonso, divertida. Ele parecia prestes a pular de ansiedade. O médico pegou um aparelho, e passou cuidadosamente na barriga dela. Os olhos de Alfonso se fixaram a tela, e Anahí sorriu. Então um sonzinho fraco inundou a sala, vinha dos aparelhos. Era baixo, mas ritmado, energético. O som do coração do bebê invadiu os dois como um sopro de ar quente, quando se estava morrendo de frio. Alfonso descobriu que o sexo do bebê não importava mais. Aquele era o som mais importante do mundo. Enquanto ouvia, Alfonso via a tela se mover, enquanto o médico movia o aparelho pelos cantos da barriga de Anahí. Era o seu bebê. Seu e dela. Ele podia ver os contornos pequenos. O som continuava, tranqüilo. Até que alguém fez o favor de interrompe-lo. Alfonso já ia ralhar com o médico, emburrado, quando entendeu o que ele dissera.



Médico: Menina. – Anunciou, sorrindo de canto, observando a tela. O sorriso que iluminou o rosto de Alfonso não podia ser mais radiante. Anahí encarou ele, com os olhos cheios de lágrimas, e sorriu.

Houve uma explosão na quadra quando Anahí voltou. Pedro se jogou nas costas de Alfonso, fazendo-o de cavalinho, e batendo em sua cabeça. Era o modo dele de dizer que estava feliz. As meninas, amigas e animadoras, riam e gritavam, excitadas. Os homens sorriam e riam, alegres. A noticia era bem vinda.


Dulce: Comemorações feitas, fora daqui! – Expulsou.

Os meninos, aos risos, foram. Anahí se sentou pra ver o ensaio de novo, agora com um pacotinho de pães de queijo, e um copo de suco de uva do lado. Ela estava feliz. Teria outra menina. De vez em quando acariciava a barriga. Ela tinha as pernas dobradas, e sorria, conversando com Dulce enquanto a outra ensaiava. Então, aconteceu.



Belinda: Uma menina então, Deus a abençoe. – Disse, se aproximando com Hayden.

Todas olharam. Dulce parou o ensaio, e encarou Belinda. Até hoje não engolira a loura. Enquanto isso, nos fundos.



Hayley: Prronto. – Ela terminou de desenhar o numero 40 num copo de plástico.

Ashley: De que esse numero vai adiantar? – Perguntou, ansiosa.

Hayley: Quando Alfonso verr o numero, ele vai saberr que fui eu. – Disse, verificando. O copo era transparente, e ela escreveu o numero com um piloto preto, na parte debaixo, no fundo do copo. Uma vez cheio do suco escuro, ninguém o veria.

Ashley: Mas como? – Perguntou, abrindo uma garrafa com suco de uva.

Hayley: Agorra nam imporrte! – Disse, pegando algo no bolso. Era um frasquinho de vidro. Continua um liquido preto dentro. Ela virou todo o liquido dentro do copo de suco que Ashley segurava. A cor do suco não se alterou – Vá!

Voltando a quadra...



Anahí: Eu sempre quis ter um pônei. – Confessou, ignorando Belinda. Dulce riu, e Maite passou as mãos no cabelo. – Alfonso disse que vai me dar um. Mas acho que nessa altura, precisa ser um cavalo. Ainda assim, pôneis são tão fofos. – Disse, sorrindo, meiga.

Mas Anahí não viu Ashley substituir seu copo pelo que trouxera. Ashley entregou o copo que era de Anahí a Hayden, e fez sinal pra a amiga sumir dali. Logo Hayden havia sumido.


Closer - Perto DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora