Capítulo 33

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Alfonso: Ana... – Gemeu, ainda meio imobilizado. Ela baixou as mãos de novo, voltando a posição inicial. Duas gotas de sangue correram da mão dela, pingando no chão. - Não é o que você estápensando. – Disse, largando o prato na mesinha.


Anahí: Eu não estou pensando nada. – Disse, sem sentimentos na voz. Ele viu ela tirar um lenço já vermelho do bolso da calça preta, e por na mão que mais sangrava, evitando que pingasse no chão. – Eu vi. – Acusou.

Alfonso: Mas o que você viu não justifica o ato. - Insistiu, desesperado por fazê-la entender

Anahí: Eu vi meu namorado beijando a ex namorada dele na frente de um restaurante lotado. – Comentou, a voz dura – Me expondo ao ridículo. Num restaurante lotado, no meu local de trabalho. Rindo de mim. - Ela negou com o rosto, recuando um passo.

Alfonso: Não é verdade. - Era quase uma suplica.

Anahí: EU VI! – Gritou, pondo pra fora o que o consumia por dentro.

Alfonso: Ela trouxe o diretor! Suri estava aqui! – Ele respirou fundo, suas mãos tremiam – Ana, assim que o diretor visse Suri veria que é a cara de Christopher! É a mistura de vocês dois! – Anahí esperava, com uma calma forçada – Ela disse que ou eu conversava com ela, ou mostrava Suri. Eu não tive saída! - Apontu

Anahí: Então daqui a uma semana ela diz que ou você transa com ela, ou ela mostra Suri. – Disse, os olhos se inundando – Então você vai aceitar. - Supôs

Alfonso: Ana... - Gemeu

Anahí: Anahí. Meu nome é Anahí. E Suri é um problema meu. Meu, e de Christopher. – Disse, dura.



Alfonso: É problema de todos nós. - Suspirou

Anahí: É MINHA FILHA! – Gritou, raivosa – EU QUERO QUE DARTMOUTH VÁ PRO INFERNO, SURI. É. MINHA. FILHA. E eu cansei de esconder ela. - Decidiu, livida.

Alfonso a observou, por tempos. Ele não iria conseguir reverter aquilo. Deus, não.



Anahí: Você prometeu. – Disse, com o olhar quase transbordando – Disse que me amava. Prometeu que nunca ia me machucar. Prometeu que ia mudar tudo de errado. Eu confiei em você. – Acusou, e seu olhar transbordou.


Alfonso: Eu amo você. – Ressaltou.

Anahí: Não diz mais isso. Quem ama não machuca. - Negou, o cenho franzido

Alfonso: Eu estava tentando proteger você! – Exclamou, se desesperando.

Anahí: Eu não preciso da sua proteção! – Rebateu, imediatamente – Eu só pedi que me amasse. Que fosse sincero comigo. – Ela secou as lágrimas que caíram – Você sabia da minha condição quando me encontrou. – Ela respirou fundo – Não tem noção do inferno em que me lançou agora, Alfonso. Não sabe a dor que eu estou sentindo, a cada respiração. Você é cruel. – Acusou.



Alfonso: Ana, pelo amor de Deus, tente entender... – Interrompido.

Anahí: Anahí. – Corrigiu, respirando fundo – Não me dirige mais a palavra. Não toque mais em mim. Não fale mais o meu nome. Não olhe mais pra mim. – Disse, e mais duas lágrimas caíram de seu rosto. Alfonso gemeu, pondo a mão no rosto – O mesmo conselho que eu dei a Hayley, vou dar a você agora. Se um dia me ver, atravesse a rua. Finja que não viu. – Disse, e soluçou uma vez. Mas respirou fundo, e recompôs a expressão.

E ela deixou ele lá. Virou as costas e subiu a escadaria. Mas ele não deixaria assim tão fácil, pensou enquanto corria atrás dela. Não mesmo.


Closer - Perto DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora