Chapter 32

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Finalmente me acalmo, eu percebo, que não adianta chorar nada pode mudar isso. Jae me acompanha até a escola e converso com ele.

- Jae, meu pai não está bem. Hoje à tarde eu e Noah e a minha mãe vamos visitá-lo no hospital, mas é em outra cidade. - falo respirando fundo, para não chorar.

- Millie, o que houve com ele? Pode contar comigo para o que precisar você sabe. - ele fala preocupado.

- Ele sofreu um acidente... - pauso e percebo que meus olhos se enchem de lágrimas. Ele percebe também e me abraça. Aquele abraço quente, dos braços fortes de Jae me confortam.

- Jae, ele está em coma. - sinto que ele está preocupado comigo. Cai uma lágrima, ele senta em um banco comigo e me consola.

Sabe, o resto do dia passa rápido, Sadie tenta me animar, mas não consegue. Ela promete vir em casa para fazermos uma noite do pijama e esquecer um pouco isso assim que eu voltar.

Noah me encontra na saída, e vamos ao carro da minha mãe.

- Como foi a aula de vocês? - parecia calma.

- Foi ótima. - Noah responde por mim.

- Vamos almoçar rapidinho e direto para estrada tá? - faço que sim com a cabeça.

*

Chegamos ao hospital. Minha mãe se direciona a secretária.

- Eu sou a esposa do Robert Bobby Brown. E eles são meus filhos. - ela fala para simplificar o fato de Noah ser meu amigo.

- Quarto 201, a direita, ao lado da sala de ultrassom.

- Muito obrigada! - minha mãe nos chama e saímos em silêncio em direção ao quarto.

*

Entro no quarto, e vejo o rosto pálido do meu pai, junto de vários tubos e máquinas. É horrível, pensar que ele está preso aquilo, e possivelmente não irá acordar. Eu desabo, não me aguento, isso é tão triste.
Noah me abraça, enquanto minha mãe senta ao lado de meu pai, e da sua mão a ele, que não tem reação nenhuma. Parece que está morto, é a pior coisa que eu já vi.
Não aguento muito tempo, e saio para beber água. Noah se preocupa.

- Millie, tudo bem? Quer que eu vá com você? - pergunta.

- Tudo bem, fica com a minha mãe. - abro um sorriso entre as grossas lágrimas que correm minhas bochechas.

Fico pensando. Isso é tão injusto. Por que meu pai? Um acidente estupido, provavelmente vai tirar a vida dele. Falam pra mim ter esperança, e eu até tenho, só estou sendo realista. Assim é mais fácil de aceitar se acontecer.

Vou ao quarto, um pouco mais tranquila, minha mãe está junto com o Noah.

- Millie, vamos. Eu não quero mais ficar aqui, me da calafrios. - minha mãe fala baixo.

- Concordo.

Saímos do quarto, e mantemos um silêncio horrível a viagem inteira. Minha mãe só fala uma coisa.

- Seu pai vai ser transferido para o hospital de San Francisco semana que vem. - ela fala baixinho.

Não respondo e continuo pensando, em como tudo isso é injusto e me da raiva.

𝚆𝚎 𝚊𝚛𝚎 𝚗𝚘𝚝 𝚔𝚒𝚍𝚜 𝚊𝚗𝚢𝚖𝚘𝚛𝚎 Onde histórias criam vida. Descubra agora