Chapter 24

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Eu nunca falei muito sobre a minha mãe. Aliás o nome dela é Kelly. Minha mãe trabalha muito. Quando eu digo muito, é muito mesmo. Ela é muito legal, sempre quer saber da minha vida, mas não tem tempo pra isso. Por que como eu disse ela trabalha muito.
Ela é muito amorosa, e muito persistente, quando põe uma coisa na cabeça, não tira. Ninguém tira, ninguém consegue.
Isso na verdade pode ser uma qualidade, por causa da minha mãe, persistente, que talvez eu consiga o Noah de volta. Você pensa: como ela vai fazer isso? Ela é doida? Sim, minha mãe é doida e ela ama Noah, e sabe que eu amo também.

Minha mãe é louca o suficiente para sequestrar uma criança? Não. Mas ela é o suficiente para sequestrar Noah. Na verdade sequestrar, é uma palavra muito forte.
Deixa eu contar desde o início para vocês.

Ontem minha mãe voltou da sua viagem a trabalho. Ela sobe ao meu quarto, me encontra chorando. Eu explico a ela toda a situação. E em vez de ela me consolar e me abraçar, o que uma mãe normal faria, ela pega a chave do carro e me chama. Eu não entendo de início, mas depois lembro do que minha mãe é capaz.

Sim, está acontecendo o que você está pensando. Eu e minha mãe vamos buscar Noah de volta. Longas horas na estrada, finalmente chegamos a Phoenix, nem acredito que fomos de carro, acredite ou não é muito longe. Mandamos uma mensagem para Noah, para arrumar as coisas que temos um plano. Parecia algo tão maligno. Tanta adrenalina corria pelo meu sangue. Poderíamos ser presas, se o pai de Noah descobrisse e contasse a polícia que uma louca e sua filha tentavam levar seu filho para fora do estado. Foi aí que entramos em ação. Tudo dava certo. Exceto o fato da minha forte alergia por gatos: adivinhem. Na casa de Noah tinha um. Tenho evitar, mais é impossível.

- AATCHIM!

- Millie fecha essa boca. - minha mãe resmunga ao sairmos pela porta do quintal.

- AAAATCHIM!- Eu queria me matar naquela hora, por que agora? Por que um surto de alergia, bem agora?

-Noah o que esta acontecendo aí? - ouvimos seu pai gritar.

- Nada pai, somente uma pequena crise alérgica. - Noah grita para distrair seu pai. Eu espirro de novo.

- Pequena crise hein.

Saímos de fininho e vamos até o carro. Voltamos para San Francisco. E minha mãe liga para meu pai.

-Então Robert, digamos que nós tenhamos que nós mudar imediatamente , você acha que conseguiria arrumar um lugar para ficarmos até amanhã? Hipoteticamente, claro.

-Bom dia amor, também te amo! - ele responde com sarcasmo.

- Bom dia. Te amo também, tá agora me responde.

- Depende das exigências. Mas acredito que seja muito difícil mesmo. Por que a pergunta?

- Nada não. Tchau.

Vamos para casa, pegamos algumas coisas. Minha mãe disse pra arrumarmos as coisas para uma semana. Acho que vamos ficar em um hotel.
Estou sentindo medo, alívio, adrenalina, tudo junto e um pouco mais. Finalmente me dou conta que em 8 dias que Noah vai embora já tenho ele de volta. Acho que Deus não quer nos ver separados.

- Obrigada, tia Kelly. Você não precisa fazer isso por mim. - Noah agradece.

- Claro que precisava. Não deixo ninguém da minha família para trás. Você faz parte dela, então se acostume com isso.
Damos risada, se divertir um pouco agora. Mais tarde temos um assunto pendente: Onde vamos morar? Não podemos voltar para casa, o pai dele viria e nós mataria.
Vamos dormir, aliviados por termos Noah, e preocupados por não termos casa. Muito aliviada por ter Noah de volta, durmo ao seu lado. Saudades do meu grude.

𝚆𝚎 𝚊𝚛𝚎 𝚗𝚘𝚝 𝚔𝚒𝚍𝚜 𝚊𝚗𝚢𝚖𝚘𝚛𝚎 Onde histórias criam vida. Descubra agora