Corrida ao hospital

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Foi tudo muito corrido...
Foi tudo muito louco,pegar um táxi no meio da madrugada,chegar em um hospital e não te deixarem entrar porque você não tem parentesco,eu nunca ia dizer que ele é meu namorado,todo mundo sabe que isso só funciona nos filmes,mais maluco ainda ouvir a voz da minha amiga lá de dentro dizendo para me deixarem entrar porque ela é a namorada,ou escutar do Diogo que a culpa provavelmente é minha e dele...
Mas,nada,simplesmente nada se compara do quão louco foi ver o Nicolas em uma cama de hospital... Meu coração partiu ao vê-lo com todos aqueles hematomas,imaginei a dor que ele sentiu,eu disse que nunca mais ia chorar por ele ou por seus atos,mas, não dá... Meu rosto molhou,meu coração gritou e ali eu percebi que ainda o amava,porque eu não lembrava de nenhuma aposta,de nenhum rancor...
Eu só pensava em transferir todo aquele sofrimento para mim,porque era doloroso demais ver ele sofrendo.

No momento eu estou de joelhos olhando para ele ao lado da sua cama. Chorando ainda,só que sem o desespero,só deixando as lágrimas fluírem.

- Ai,Nicolas... O que você foi fazer? Me diz,porque fizeram isso com você?

E um silêncio absurdo vem com resposta.
Um amargo desse pela minha garganta,talvez remorso... Ele foi beber logo após me ver com o Marcos. E quem sabe o Diogo tenha razão e a culpa é minha.

- Acorda,por favor acorda.

Pego a mão dele e aperto de leve...

- Eu juro,juro que te perdôo...

De repente,todos os aparelhos começam a apitar... Eu me levanto subitamente.

- Nicolas?!

Enxugo minhas lágrimas,e de repente ele abre os olhos... Me assusto e dou um pulo para trás.

os aparelhos apitam inscecantemente...
Saio correndo atrás de um médico e logo ele entra correndo juntamente comigo.

Médico: saia por favor...

Eu tento chegar perto dele,mas enfermeiros entram e acabam me colocando para fora.

(...)

Observo o corredor cheio,enfermeiras passando rápido de um lado para o outro,tentei pedir informações,mas nada,já tem uns trinta minutos...
Allana foi para a casa,estava cansada... Diogo disse que ia só tomar um banho e voltar. Mas,eu não consigo,minha vontade é sair daqui só quando o Nicolas sair andando por aquela porta.

Respiro fundo,e apoio minha cabeça na palma da mão...

Uma enfermeira chega... E eu levanto o rosto rapidamente.

Enfermeira: Senhorita? A senhora está acompanhando... Nicolas Brenner?

Ela pergunta olhando uma prancheta.

- Sim,sim,ele acordou? Está bem?
Enfermeira: Logo,logo ele vai acordar... Colocamos um sedativo para ele voltar a dormir,estava muito agitado,mas acho bom você ir para casa,descansar e voltar amanhã.
- Não,eu quero ficar! E não tem mais ninguém.
Edu: Eu fico!

Uma voz surge do nada,era Eduardo acompanhado do Diogo.

- Anh?
Diogo: Eu chamei ele.
Edu: O Nick e praticamente meu irmão tenho que ficar,minha irmã ficou com meu pai,eu e o Dih ficamos aqui,um com o Nick e o outro com o Luh.
- Mas...

Diogo se aproxima,e coloca a mão no meu ombro.

Diogo: Nada de "mas", vocês terminaram,só te chamei para você ver o estado que ele estava depois de que ele "provavelmente" foi te ver.
Edu: Diogo,não exagera.

Ele abaixa o braço e contrai os ombros. Eu abaixo a minha cabeça.

Diogo: De qualquer forma tanto faz,nós,os amigos dele vamos ficar,ok!

Imperfeitos no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora