Então órfã

51 8 0
                                    

👀Minhas coxinhas,cliquem na estrela aí meus fio! Só isso,agora preparem-se pra mergulhar na história da Ana Beatriz e do Nicolas Brenner... Espero que gostem.

"Era um dia frio como outro qualquer,com a diferença de que estava chovendo mais dentro de mim do que lá fora."

Eu me chamo Ana Beatriz Lázaros Bittencourt,tenho dois irmãos e acho que é só,o resto vocês vão descobrir ao decorrer.
No momento, estou eu sentindo o frio do piso do banheiro feminino da minha escola,mas se isso fosse a única coisa a incomodar,seria ótimo.

Bem, antes de tudo vou falar um pouco sobre um dia do meu passado que marcou pra sempre a minha história.
O dia em que eu fiquei órfã,vamos lá com o meu Djavú.

 Djavú

Meus pais saíram para um casamento fora da cidade,e nós ficamos em casa,porque eu tive uma briguinha boba com a minha mãe,mas quando ela voltar a gente se resolve, é sempre assim...

- Solta isso Paolla agora!
Paolla:Eu não,você não manda em mim.

Ô garotinha mal criada.

- Eu sou sua irmã mais velha, você tem que me obedecer!
Paolla: Não tô nem aí se você é velha! Sai do meu pé chulé!
- Solta essa faca! Você vai se cortar menina!
Paolla:Eu não vou não!

Pedro desse as escadas,correndo.

Pedro: O que tá acontecendo?
-A Paolla que está doida pra se cortar aqui...
Paolla: Ai!

Ela se fere e deixa a faca cair.
Pedro corre na direção dela e observa o corte.

-Viu eu disse que você ia se cortar garota!
Paolla: Aiiii,de tanto tu falar que aconteceu.

Ela choraminga.

- Agora a culpa é minha é?
Pedro: Cala a boca e pega um pano Ana.

Ele diz alterando a voz e eu vou pegar o pano.

- Aqui.

Pedro o pega e começa a amarrar na mão da Paolla,o telefone começa a tocar.

Pedro:Atende Ana.
- Tá.

Eu atendo e ouço a voz da minha tia Lúcia.

- Oi tia;sim eles foram;eles ainda não chegaram?
Mais pela hora já era pra eles estarem voltando.

Olho o relógio.

Paolla:Quem é?
- A tia Lúcia.
Paolla: O que ela quer?
- Ela disse que o papai e a mamãe ainda não chegaram lá.
Paolla: Mas pra hora que eles foram.
- É isso que eu quero dizer,mas você não deixa.
Paolla: Tá,tá.

Ela faz um gesto pra eu parar com as mãos e logo em seguida reclama pelo corte estar ardendo.
Reviro os olhos.

- Então tia eu não sei,mas se eles aparecerem eu ligo,tudo bem? E se eles aparecem por aí liga pra gente tá? Tchau...

Desligo o celular.

Pedro:Pronto,agora se eu ver tu com essa faca denovo!
Paolla:Você não vai fazer nada,porquê você não é meu pai.

Ela estica a língua pra fora.

Pedro: Quer saber eu vou pro meu quarto.

Pedro subia as escadas quando o celular tocou e ele voltou pra atender.

Pedro:Sim,são sim,aonde? Não como assim nós vamos para aí,cuida deles! Não, não pode ser.

Fim do Djavú

Nesse dia tudo começou.

Meus pais morreram em um acidente de carro,a chuva estava forte,o carro deslizou e tudo acabou...
Foi difícil,ou melhor,ainda é difícil.
Eu e meus pais sempre discutimos,mas eram coisas de criança,eu os amava.
E o pior é que a culpa foi minha.
Pelo menos é o que a Paolla sempre faz questão de lembrar,acho que o Pedro concorda apesar de falar que não,eu também,aliás eu tenho certeza,tudo culpa de uma briguinha boba,que atrasou eles...

Eu tive que me manter forte.
Já o Pedro foi o que sofreu mais.
Era o mais apegado com meu pai.
Não que eu não sinta saudade,é claro que eu sinto.
Mas pensa comigo a última coisa que eu fiz com a minha mãe foi brigar por um motivo que eu nem lembro,e o meu pai, quase não nos falavamos,mas nos amavamos mesmo sem demonstrar.
O que eu mais sinto nisso tudo é culpa por não ter dito pelo menos uma vez que eu os amava.
De ter abraçado meu pai,pela última vez...
Sabe eu me sinto triste por ter sido uma filha afastada e pensar que tudo ia ficar igual pra sempre.
Mas não ficou...

Depois que meus pais morreram fomos morar com a tia Lúcia.
Sabe meu pai tinha a própria empresa de advocacia,e a minha mãe era uma arquiteta famosa,a gente é bem de vida,morávamos em uma mansão,o que eu achava um desperdício de espaço,todo mundo ficava separado.
Então a idéia de morar com a titia foi ótima já que ela morava em uma casinha pequena na zona norte de São Paulo,só a Paolla que não gostou muito da idéia,mas depois se acostumou... A força é claro.
Eu passei por uns problemas sérios lá,mas depois eu falo mais.
Sabe, depois que o Pedro ficou de maior nos mudamos,foi difícil me separar da Titia,mas eu precisava me afastar,por culpa desses "problemas" ,hoje moramos em uma mansão,por mim podiamos estar morando em uma casa menor,mas a Paolla fez questão de exigir uma grande,nas palavras dela é o mínimo depois desses anos sufocada num cubículo! Mas não temos empregados,eu e o Pedro preferimos assim,sabe eu não sou tão sociável assim.

O Pedro é alto,forte,loiro e bonito.
Está fazendo faculdade de direito como o nosso pai,ele disse que é pra se sentir mais perto dele.Nesse meio tempo o Pê meio que tomou o lugar do papai,mandão que só ele.
A Paolla também é alta,magra e tem olhos azuis, muito rebelde, mas amo ela,sabe implicância de irmã.
Agora eu? Eu era como a ovelha negra da família,devia ser por isso que a minha mãe não gostava muito de mim,pelo menos é o que eu me lembro.
Eu não tinha os cabelos dela,meus cabelos são ruivos diferentes dos dois,e eu tenho olhos verdes.
Totalmente diferente dos meus irmãos!
Eu sou meio baixa,pensa só, ser mais baixa que a sua irmã mais nova? Pois é.
Eu meio que me escondi depois da morte dos meus pais,só sou assim saída com vocês com meus irmãos e a Allana.
Ah, a Allana é uma amiga que eu conheci à três anos,esqueci de dizer, hoje eu estou com desessete anos,o Pê com vinte e um, já está terminando a faculdade e Paolla está com quinze cursando o nono ano.
Hoje é o meu primeiro dia de aula,nem sei o que fazer,se não fosse a Allana e os estudos,não aguentaria ficar naquele lugar,com o Nicolas e sua cambada,eles são uma turma de implicantes,me perseguem desde que eu entrei no colégio,só porque eu me visto meio diferente.
Hoje me vesti com um moleton cinza básico,um coque,coloquei o capuz e pronto.
Me desejem boa sorte,porque eu vou precisar...

"Como dizia algum sábio que não me lembro,foda-se o destino"

Imperfeitos no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora