Sex (Part 1)

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Demi

As coisas haviam saído do controle, eu cogitei a morte e quando completei o ato, a única pessoa que eu sabia que poderia me salvar atravessou a porta do banheiro quando eu já estava perdendo a lucidez. Miley, sempre foi a pessoa que salvaria minha vida desde o início, e mesmo que eu tenha passado 3 meses de puro sacrifício para tentar deixá-la a salvo e no fim das contas ela quem me salvou.

A morte, nem sempre é a melhor escolha, Miley tem passado esses últimos meses se matando aos poucos, e eu só sei disso porque sempre me comunicava com Dylan, Emma, Justin e Chris, todos sabiam como a loira estava levando nossa separação, e mesmo que seu jeito de fazer isso pareça ser egoísta, ela nunca pensou em tirar a própria vida. Porém, quando você se vê em uma situação crítica onde a única pessoa que estava ao seu lado te fazendo verdadeiramente mau, te diz coisas que nem mesmo nos seus piores dias de bullying na escola você escutou, você acaba perdendo a esperança na vida. Principalmente quando não tem certeza se o amor da sua vida ainda vai estar à sua espera, mesmo depois que você tenha evitado de escutá-lo ou estar com ele.

Quando vi Miley, atravessar a porta do banheiro eu senti um grande alívio dominar meu peito, sei que poderia estar me preocupando com a volta de Wilmer, mas depois de todas as coisas horríveis que ele me disse e fez comigo, eu não me importaria se ele entregasse Miley a polícia, porque se eu estou ao lado dela, não há nada que não possamos resolver.

Agora com todo remorso eu sinto o peso de minhas ações, e o quanto arde a tentativa de um suicídio. Como um anjo que sempre tive em minha vida, Miley está cuidando de mim e mesmo que eu esteja fazendo uma pequena pirraça para não tomar o banho – já que sei que meu punho vai arder mais – Miley continua calma e lúcida comigo, como se estivesse com medo de que eu a rejeitasse novamente, mas ao mesmo tempo se manteria ao meu lado mesmo que eu fizesse isso. Sentada na privada com a atenção em Miley que retira meus tênis, com os movimentos cautelosos e leves, como se também estivesse com medo de me machucar. Mal ela sabe que quem está com esse medo sou eu.

— Bom, agora você precisa tomar banho. – Levantou-se colocando as mãos na cintura enquanto me encara. – Consegue fazer sozinha? – Questionou.

Senti meu rosto esquentar e logo meus punhos tremeram me fazendo sentir um leve choque no local. Ainda sinto fraqueza e meu corpo ainda dói muito, não gostaria de fazê-la perder tempo comigo, já que agora o mais importante seria tirá-la daqui para que se caso Wilmer voltasse, não encontrasse ela aqui.

— Eu consigo. – Sorri fraco evitando de olhar em seus azuis.

Eu me apoiei na privada para poder levantar, porém quando depositei força no punho senti o mesmo tremer e se não fosse pelas mãos possessivas e protetoras de Miley a volta de meu torso, eu teria ido ao chão novamente. Meus olhos foram aos azuis brilhantes e intensos, senti o corpo de Miley esquentar e todos os pelos de meu corpo se arrepiarem. Como estava com saudades de senti-la assim tão próxima.

— Sabia que você mente muito mal? – Brincou me arrancando um sorriso sincero. – Vamos, eu vou te ajudar. – Me ajudou a ficar em pé.

Senti as mãos de Miley na barra da minha camisa e quando a mesma fez menção em retirá-la eu senti algo ruim dominar meus sentidos, e então segurei suas mãos e olhei nos seus olhos azuis. Mesmo que eu tenha total confiança em Miley, eu não consigo deixá-la fazer esse simples ato de ajuda, não consigo deixa-la ver meu corpo como antes, todos esses meses com Wilmer, me traumatizaram de um forma que eu nunca pensei que ficaria com Miley, mas só de pensar em ficar nua a sua frente ou deixá-la tirar minhas roupas, me sinto mal e não apenas por estar traumatizada e sim por saber que Miley, não tem absolutamente nada a ver com isso.

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