Love

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Miley

Acordei meio desorientada não sabia aonde estava, meus olhos estavam pesados, meu corpo doía e eu estava um pouco confusa, movimentei minha cabeça tentando distinguir o local onde estava, percebi que havia um suporte ao lado da cama e no alto do mesmo havia duas bolsas de remédios, uma delas ligada a minha veia no braço e o outro fio ia até minha mão, ousei movimentar meu corpo, mas senti um formigamento insuportável na barriga que me fez perder as forças e sentir o local doer.

Me deitei novamente e fechei os olhos sentindo a dor diminuir aos poucos, abri os olhos encarando o teto branco do hospital. Esse lugar é um tédio. Escutei o barulho da maçaneta girar e então encarei a porta ser aberta e logo a enfermeira entrou me encarando com um sorriso torto nos lábios. Geralmente feições forçadas não são bom sinal.

— Tentou se movimentar não é? – Me encarou com olhar desconfiado.

Mas como ela sabe disso.

— Seus batimentos aumentaram. – Apontou para o leitor de batimentos cardíacos.

— Eu preciso sair daqui. – Me ajeitei na cama sentindo novamente a lateral de meu torso latejar.

— Não vai lugar algum, minhas ordens são te manter nesse quarto. – Ela disse olhando algo na bolsa de remédio pendurada.

— E quem te dá ordens? – Perguntei alterada.

— Eu!

Levei meu olhar a porta e reconheci a mulher por quem sou apaixonada desde que conheci o significado da palavra amor parada na porta, com o semblante sério e olhar fixo no meu, com seus 1,60 se sentindo literalmente a dona do mundo – do meu mundo.

— Você pode ir, se acontecer alguma coisa eu te chamo.

Sua voz firme porém doce soaram em ordem para a enfermeira que assentiu saindo do quarto. Senti algo dentro de mim esquentar, só conseguia ficar hipnotizada com Demi a minha frente.

Agora me lembro de tudo o que aconteceu, como vim parar nesse hospital.

— Babe... – A voz de Demi me chamou me tirando dos devaneios. – Eu acabei com tudo.

Meus olhos continuavam fixos nos castanhos de Demi, tentando entender o impacto de suas palavras, fui além. O motivo por ter tomado o tiro. Stella. Me lembro nitidamente de escutar um disparo e logo toda a mobilia da casa quebrada, e quando peço que não outro disparo foi ecoado, mesmo estando nas circunstancia que eu me encontrava – com a costela baleada e sentindo uma dor fortíssima – consegui apenas pensar no pior, enquanto sentia todos os ossos do meu corpo contraírem perante a dor, aguardava a figura de Stella ou Demi, vir de encontro a mim, e se tivesse sido de Stella, acredito que não resistiria a morte naquele momento.

Voltando a sala onde estou deitada na cama com aparelhos ligados a mim, senti os bips do leitor cardíaco aumentar, a felicidade está fazendo presença, continuo sem acreditar que o feito de Demi e eu, estarmos finalmente em paz finalmente é real.

— Você a matou? – Questionei apenas para a ter a certeza já que continuo atordoada, e só senti a firmeza da resposta quando Demi assentiu enchendo os castanhos de lágrimas. – Então acabou? – Soltei um meio sorriso ainda indignada.

Demi assentiu esbanjando seu sorriso majestoso, me deixando encantada com sua felicidade. Ela se aproximou sentando-se na cama ao meu lado, segurou meu rosto entre as mãos me encarando com a intensidade de seus castanhos que sou apaixonada.

— Sim, meu amor, acabou. – Sorriu agora soltando as lágrimas.

Meu sorriso cresceu em meus lábios, e mesmo sendo grandioso não descreve metade dos sentimentos de alívio, paz e felicidade que transbordam em meu coração. Eu puxei Demi para um abraço profundo, seus braços rodearam meu pescoço e minhas mãos puxaram o corpo dela para mais perto de mim.

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