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Corri para ajudar a tirar a cadeira de roda de cima de Hope

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Corri para ajudar a tirar a cadeira de roda de cima de Hope. Daniel estava fazendo uma fisionomia de dor, não sei como foi possível dele cair junto com a cadeira em cima dela. Lorenzo ajudou Alexia a levantar a cadeira e carregar Daniel, sua expressão de dor se transformou em raiva. Ele se sente inútil todas as vezes que precisa de ajuda, e não tem problema nenhum em ser transparente em relação a esse sentimento, para ele seria melhor ter morrido naquele acidente de carro.

— Você está bem? — Hope se levantou meio zonza. Balançando a cabeça positivamente respondeu que sim. — O que aconteceu? — A conduzir até os degraus da escada, ela assentou-se com as mãos na testa.

— Tá, doendo! — resmungou, havia um pequeno corte perto de sua sobrancelha direita, mas nada desesperador. — Fui ajudá-lo a ir pela rampa na lateral da escada, acabou que desequilibrei pisando no primeiro degrau, agarrei na cadeira, ele foi junto. — ela apontou para o local onde pisou em falso. — Desculpe, Daniel. — pediu ela e ele nada disse. — Não foi porque eu quis...

Daniel estava sendo amparado por Alexia. Ele já estava sentado novamente na cadeira e ela o avaliava, Lorenzo estava de observador com os braços cruzados, Daniel não permitiu ser tocado por ele depois de posto na cadeira.

— Tudo bem, se eu não fosse aleijado isso nem aconteceria, a culpa não é sua! — disse ele carregado de raiva. — Bel, me ajuda? — apontou com o queixo para o carro. Assentindo caminhei até ele e o ajudei a entrar no carro adaptado para paraplégico.

— Tem certeza que pode dirigir? — perguntei preocupada fechando a porta e o encarando pela janela aberta.

— Mesmo se não pudesse, o carro faria isso por mim! — Sua resposta estava carregada. Suspirei e afastei o corpo do carro. Ele deu partida, fez o retorno na garagem e saiu.

— Desculpe, não queria causar essa confusão toda — Hope insistia que era a culpada.

— Esquece isso, do jeito que o Dani estar ultimamente, nem vale apena se corroer por isso. — Alexia afirmou duramente.

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— Estava no quarto e desci para pegar a pizza gelada que estava no congelador, encontrei com ele e fui ajudá-lo e o resto vocês viram — explicou ela ao nos ajudar com a arrumação. Lorenzo ficou na cozinha lavando os pratos com Alexia.

— O que foi que aconteceu pra você não querer jantar conosco? Estar estranha esses dias — comentei — nem adianta tentar me enganar, garota. Conta logo o que aconteceu — incentivei com o sorriso acompanhado de um levantar de sobrancelhas. Ela riu e jogou o pano que estava usando na mesa sobre meu rosto.

— Lembra do meu amigo, o Kel...

— Ata, o seu amigo Kel. — Assumo que estava sendo sarcástica, Hope não percebe o que está estampado no rosto dela. Está claro que ela sente muito mais do que amizade por ele. A bobinha acha que consegue enganar meu sensor de detetive do amor no ar.

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