Diaval
Quando Diaval e Malévola pousaram no castelo, Diaval estava exausto. Seus braços e pernas doíam e ele estava respirando com dificuldades.
Desde que ele e Malévola levantaram vôo do riacho, que sua senhora estava voando feito louca. Correndo tanto, que era como se ela estivesse tentando fugir de Diaval.
O que, de certa forma, Diaval não duvidava que fosse verdade, afinal, ele era um imbecil.
Tinha agido feito um idiota quando puxou o braço de Malévola, fazendo-a cair no riacho junto com ele. Ele devia ter caído sozinho, nem que ele rachasse o crânio, não deveria ter puxado Malévola com ele. Assim, ele não a teria machucado e ela não estaria com raiva dele agora.
Por que, com certeza ela estava machucada. Provavelmente seu corpo todo doía. Por que se não, qual outro motivo a levaria a agir dessa maneira?
O pior de tudo, é que mesmo com esse clima pesado entre Diaval e Malévola, o homem-corvo estava quase morrendo de felicidade por dentro.
Ele a tocara. Pela primeira vez em anos! Se fechasse os olhos, ainda conseguia sentir a pressão da pele fria de Malévola contra seus dedos magros; seu cheiro, seu peso...
Foi como chegar no paraíso.
Devia parar de pensar sobre isso, se pensasse muito nisso corria o risco de seu corpo entrar em combustão novamente. Fogo, eletricidade; paixão pura e ensandecida.
Diaval tivera que usar todas as forças que tinha dentro de si para não trazer Malévola para mais perto e encostar seus lábios nos dela. Ainda se lembrava do formato deles. Tão perfeitos e ainda melhores de tão perto.
Talvez fosse por isso que experimentasse dor física agora. Alguém o estava castigando pelo seu ato de rebeldia.
Se era o destino confabulando para que tudo desse certo Diaval não sabia, mas assim que os pés de Diaval tocaram o chão, as portas do castelo se abriram e um Philip sorridente apareceu entre elas.
Diaval olhou para os lados, confuso, se perguntando que tipo de magia era aquela.
- Malévola, Diaval - Philip fez uma reverência. - É um prazer rever vocês.
- Tenho certeza que sim. - Malévola disse, secamente.
- Por favor, - Philip se pôs de lado, dando passagem a Diaval e a Malévola - entrem.
Diaval entrou primeiro, logo em seguida veio Malévola e Philip foi o último, ficando para trás para fechar as portas.
- Como sabia que estavamos na porta? - perguntou Diaval, enquanto todos andavam em linha reta pelo salão.
- Os vigias contaram ao meu servo pessoal e ele me avisou. Achei de bom grado vir recebê-los.
- Tusk! - Malévola fez com a boca, como se não acreditasse nas boas intenções de Philip.
Diaval, de certa forma, também não acreditava muito, mas escolheu esperar o melhor.
Pareceu uma eternidade a Diaval até que todos chegassem as portas da sala principal.
Philip, que agora liderava a caminhada, abriu a porta e todos entraram.
Era uma sala bonita e elegante, toda decorada em estilo vitoriano.
O teto se parecia com um chapéu pontudo, pintado com desenhos de flores, árvores e cachoeiras.
As paredes em tom rosê, estavam enfeitadas com luminárias e quadros; o maior deles, um retrato de Aurora, Philip e Blue Ivy.
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Dono do mal | Malévola e Diaval
FanfictionContém spoilers de Malévola 2. Diaval não sabe bem em que momento seu ódio por malévola se transformou em amor. Mas aconteceu. E foi forte, intenso e avassalador. Como se o ar tivesse sido roubado de seus pulmões. O problema é que Diaval não é nada...