S A L T O ( D E S C O B E R T A S )

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Certo, agora daremos um Salto no tempo
Três anos se passaram, o tempo exato que Marcus deveria permanecer no reformatório. Faltando apenas dois meses para ser solto finalmente. Ele e Fernando estavam muito ansiosos pois, seriam soltos quase na mesma época. Entretanto as coisas não se saíram nem um pouco como esperado, vejamos agora o porque...

Dia 10 de abril, exatos dez dias antes de Marcus dope ser solto. Nesses anos detido,Marcus por incrível que pareça se acalmou muito. Ele não arrumou briga com ninguém e quando arrumava Fernando parava a briga por ali. Entretanto Marcus ficou bem mais sério, focado e esperto. Sabendo bastante sobre como os criminosos se comportam e como agradar pessoas desse meio quando necessário. O principal foco de Marcus nesse meio tempo foi escrever Músicas, onde ele passava todo o sentimento sentido por ele dentro daquele lugar. Olhando seu caderno de letras facilmente você poderia encontrar coisas como:
" Largado perdido, tratado como um bandido, solitário desalmado literalmente sem amigo. É fácil falar de compasso, de estrago que na city eu causo. Desfoco da alma sem calma na solidão me entrelaço. "
Eram letras como essa que Marcus escrevia, por sinal esse veio diretamente da sua primeira música " New glock " onde ele tratava diretamente de seu cotidiano naquele lugar. Mas bem, o dia começou normal para Marcus, como todos os dias naquele lugar. Marcus se levantou e logo viu Fernando tomando um pouco de café nos fundos da cela, com todos os outros garotos juntos.
- bom dia Fernando, tudo suave mano?
- tudo de boas, senta aí Marcus, que bom que acordou cedo porque preciso te falar um negócio.
- ah sim, pode me falar, tem algo de errado?
Marcus perguntava enquanto tomava o café amargo e pegava algumas bolachas doces pra amenizar o gosto.
- não, tá tudo de boas. Eu gostaria mesmo é de um favor seu sabe. Pode fazer pra mim?
- pode falar, QQ cê quer?
- seguinte, como você sabe todo dia primeiro, chega nosso carregamento de doces e tudo mais. Só que hoje já é dia 10 e até agora nada. Por isso queria que você fosse na diretora daqui perguntar quando que o carregamento vai chegar ou se já chegou. Tô sem vontade de dar a volta no reformatório inteiro pra chegar na sala dela. Você vai?
- poxa vou sim mano, relaxa que eu vou assim que acabar de comer.
- valeu, um dos meus manos vai contigo só pra garantir sua segurança beleza?
- minha segurança? Tá falando do tal Arthur corrow?
- exato mano, não é bom andar sozinho por esse lugar. Sua sorte é que faltam só 10 dias pra tu sair daqui, ou seja, você não vai precisar descobrir o que esse cara faz.
Marcus para pra pensar e se lembra, ele realmente não havia descoberto até o momento o que o tal Arthur corrow fazia para ser tratado com tanto medo pelos garotos daquele lugar. De qualquer forma Marcus tinha curiosidade para saber mas, algo lhe dizia que era melhor ele ficar na dele.
Bem, eu tô indo então, só devo perguntar à diretora sobre o negócio do carregamento né?
- isso aí mano, esses guardinhas vão te levar até a sala dela porque né, a gente não pode andar por aí sem as algemas e companhia então, é isso resolve o bagulho lá e depois me diz o que conseguiu fazer.
- beleza tô indo nessa.
Marcus um dos garotos da cela de Fernando e os guardinhas estavam indo em direção à sala da diretora mas, no caminho os guardinhas encontraram outros dois soldados.
- o que esses moleques estão indo fazer?
- eles estão indo até a sala da diretora. Porque?
- porra vão mesmo dar a volta nisso tudo pra levar esses dois moleques até a sala da diretora? Deixa eles irem sozinhos. Sou um dos comandante daqui, não tem problema se for só uma vez, e esses dois nunca mais fizeram nada de errado, tá de boas.
- tem certeza? É porque o arth...
- cara tá tendo jogo do nosso time favorito, vai mesmo perder seu tempo de ver nosso time ganhar pra ficar dando voltas com eles? Deixa eles irem e a gente vai assistir um pouco pelo menos do jogo.
- sério? Caraca já foi. Escuta, vocês dois, sabem onde é a sala da diretora né? Então, vão direitinho pra lá, se desviarem o caminho ou fizerem qualquer outra coisa de errado, vocês vão me prejudicar portanto, andem na linha e me ajudem à ajudar vocês. Agora vão nessa.
Marcus e o outro garoto foram então andando até a sala da diretora. Chegando lá, na porta da sala havia dois soldados que estavam aparentemente cochilando. Marcus os reconheceu, era os homens do tal Arthur, o que significava que eles estava por perto em algum lugar. Marcus deu uma parada mas entrou na sala em seguida. Ele quase ia falando bom dia para a diretora quando viu uma cena que lhe fez voltar para a porta da sala no mesmo instante. O tal Arthur mexia nos seios da diretora enquanto a pressionava na parede e lambia seu pescoço, com a cara da mulher obviamente se percebia o nojo que ela estava sentindo. Marcus então escutou Arthur falar:
- vamos senhora diretora, a senhora faz isso todos os meses não é mesmo? Ainda não se acostumou com tudo isso? Vai dizer que não gosta de quando eu faço esse tipo de coisa com seu corpo? Você definitivamente é a vadia mais gostosa que eu já conheci, acabei atrasando dessa vez mas nunca posso deixar de vir aqui te saborear...
A diretora do reformatório apenas gemia baixo e de forma nada agradável, ela não fazia nada para tirar o homem de cima dela, mas se percebia que ela odiava aquilo que estava acontecendo com ela. Marcus estava pasmo, ele não sabia como reagir, ele estava vendo um militar fazendo tal coisa com a diretora do reformatório. A mulher que devia garantir que tudo fosse seguro estava em Tal situação. Foi então que Marcus percebeu... Ninguém nunca está seguro!
Marcus não teve outra reação senão ir para cima de Arthur, o garoto que acompanhava Marcus apenas conseguiu ficar observando a cena claramente com muito medo, ele entrou e fechou a porta para os militares não conseguirem entrar caso acordassem. Enquanto isso Marcus partia para cima de Arthur o pegando pelo pescoço e lhe dando um mata leão. A diretora se assustou com a situação e começou a gritar, o que consequentemente acordou os militares do lado de fora.
- ah merda, seu moleque desgraçado,me solta agora!
- seu merda!! Porque estava em cima da diretora?? Me fala agora ou eu mato você sufocado me entendeu?
Marcus dizia isso enquanto olhava no fundo dos olhos de Arthur, o fazendo ver e se assustar. Pois todos ali tinham medo dele, menos Marcus. Aquilo lhe incomodava de uma forma muito perturbadora. Alguém podia e representava uma ameaça a seu reinado e ele não deixaria aquilo ficar assim. Os soldados conseguiram arrombar a porta e entraram indo diretamente pra cima de Marcus. O garoto então pegou um deles pelas costas e o jogou no chão com toda a sua força. Com isso o outro voltou para ajudar seu companheiro. E o garoto gritou:
- marcus vamos! A gente tem que sair daqui. Deixa esse cara aí e vamos embora!
Marcus largou Arthur que já estava praticamente desmaiado e saiu correndo, a diretora ainda sem a parte de cima da roupa sequer sabia o que falar. Os dois militares logo após se recuperarem saíram correndo atrás do dois. Marcus e o garoto então se deram conta de que tinham se perdido no meio dos corredores. E então pararam pra analisar onde estavam e descansar.
- merda, a gente se perdeu! Sabe onde a gente deve ir agora?
- pior que não, tantos anos vivendo aqui, eu não fazia ideia de que ainda era possível se perder. O que fazemos?
- tá, vamos por esse corredor e...
Um dos soldados aparece do lado de Marcus saindo do corredor e diz:
- você não vai à lugar algum!
- ah merda! Garoto corre o máximo possível! E avisa ao Fernando que deu merda pra mim!
O outro soldado apareceu e também correu para cima de Marcus.
- garoto! Vai agora por favor! Não perde tempo ou nós dois estamos ferrados!
Sem outra reação o garoto apenas correu com todas as suas forças. O outro soldado então correu atrás dele pelo corredores.
- mas que merda! Eu me fodi legal agora!
Os soldados então deram um soco no meio da boca de Marcus o fazendo desmaiar.
- então é aí que você está Marcus dope! Você vai me pagar da pior forma possível por ter dado aquele mata leão em mim, vamos, carreguem ele para a minha sala, hoje ele vai ser o meu brinquedo!
Até breve...

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