oito

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[aviso: contém automutilação.]

Haviam três tipos de faca ali: uma pequena, uma de tamanho médio e uma bem grande.

A garota quis brincar um pouco com si mesma, e então resolveu começar com a pequena.

Pareciam bem afiadas, já que nunca tinha as usado.

Bastou uma pequena pressão contra a pele de seu antebraço, e a mesma já estava cortada. O sangue liberava-se de dentro para fora, como um vulcão expulsando sua lava. Aquilo era bonito ao ver da garota, o vermelho escuro escorrendo feito tinta pelo seu braço; era artístico.

Repetiu o procedimento no braço de lado oposto, e agora os dois estavam igualmente coloridos.

A menina não sentia dor, pelo contrário, ficava cada vez mais satisfeita conforme o sangue pingava em seus pés.

Decidiu então, pegar a faca de tamanho médio. A ponta fina a instigou um pouco mais.

Quis explorar outras partes de seu corpo, por que não, suas coxas lisas e firmes?

Sentou-se no chão, com as pernas esticadas, e furou o meio de sua coxa direita. Aquele bonito e pequeno vulcão de sangue, a fazia se divertir.

Já tinha ido longe, mas não o suficiente. Pegou a faca grande, que era um tanto pesada.

Quis desafiar a morte, cortando os pulsos.

A cozinha já estava vermelha o suficiente com o sangue de seus braços e coxa. E de fato, era uma quantidade razoável de sangue.

Mas a menina não se importou e foi além: posicionou a faca bem sobre a veia mais alta de seus pulsos, que era bastante visível, e pressionou o objeto cortante o mais fundo que pôde. Fez o mesmo no pulso direito, logo em seguida.

A adrenalina em seu corpo, de querer experimentar o diferente, ainda estava presente, fazendo com que Mariana não sentisse nada além de prazer.

LIGHT | rafael langeOnde histórias criam vida. Descubra agora