doze

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Mariana passou a noite no hospital, mas teve alta no horário de almoço do dia seguinte. Poupou explicações a seu vizinho, dizendo que prefiria contá-lo sobre sua vida em outro local. O loiro assentiu, apenas fazendo companhia a ela durante o resto da madrugada.

Passaram algumas horas conversando, a garota queria saber mais e mais sobre a vida de Rafael, que não se negou em falar um pouco mais de si mesmo. Acabou contando histórias de infância até a loira dormir.

Rafael não queria ser invasivo, mas também não queria simplesmente esquecer aquilo tudo. No caminho de volta para o prédio onde moram, foram em silêncio. O loiro achou que já tinha falado demais sobre si próprio, e sua vizinha parecia distante com os olhos vidrados na janela do carro.

Entraram no elevador ainda quietos, mas o garoto venceu a timidez.

─ Quer almoçar comigo em casa? ─ Rafael perguntou simpático, tentando ser o mais amigável possível.

─ Não precisa, eu dou um jeito. ─ a loira estava envergonhada, afinal, mal o conhecia e já o tinha colocado em uma situação bastante delicada.

Porém, o rapaz queria ajudá-la de todo jeito possível.

─ Eu insisto. ─ ele sorriu. ─ Espero que não me ache um maluco, mas pude perceber que você não tá muito bem, seu apartamento tá um tanto bagunçado.

─ Não posso discordar. ─ Mariana sentiu-se envergonhada, desviando seu olhar para o chão. ─ Sendo assim, ─ colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, voltando seus olhos para seu vizinho ─ eu aceito.

─ Ótimo! Espero que goste da minha comida. ─ o loiro havia ficado ainda mais animado, sorrindo intensamente.

─ Temos um cozinheiro aqui, então? Não pensei que por trás desse rostinho bonito teria um cozinheiro. ─ a garota ria, brincalhona.

─ Gente bonita também pode cozinhar, ué ─ Rafael respondeu no mesmo tom.

LIGHT | rafael langeOnde histórias criam vida. Descubra agora