onze

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Rafael chegou ao hospital em alguns minutos, dando entrada na emergência. Questionado sobre sua relação com a garota, foi honesto, dizendo que era apenas seu vizinho e não sabia muito dela. Também lhe perguntaram se conhecia algum parente ou amigo mais próximo da garota, ao que o loiro continuou sendo sincero.

Rapidamente, a garota foi internada, enfermeiras começaram a limpar o sangue e fazer curativos nas feridas que haviam por seu corpo.

Rafael acompanhava tudo de perto, apreensivo, andando de um lado pro outro no quarto. Tinha acabado de saber seu nome e agora já se sentia responsável pela garota.

O apartamento bagunçado de Mariana só o fazia pensar: o que aconteceu com ela? Com certeza, aquela não era só uma casa desorganizada, mas sim, de alguém que realmente está perdido.

Passaram-se horas, Rafael já tinha pegado no sono na poltrona ao lado da cama onde a garota estava, quando a loira abriu os olhos, devagar, piscando algumas vezes para se acostumar com a luz do lugar.

Olhou para seus braços, vendo que recebia soro em sua veia, e também os curativos ali presentes, logo se lembrando do que tinha feito consigo mesma. Ainda não tinha se dado conta da presença de seu vizinho, até que finalmente percorreu o quarto a sua volta, parando seus olhos no loiro totalmente adormecido.

Céus, ele era tão bonito.

─ Rafael...? ─ a voz ainda lhe falhava de certa forma, mas o garoto acordou no mesmo instante.

Ele sempre teve um sono leve, e agora estava tão preocupado com Mariana que qualquer barulho o alertaria.

─ Mariana! ─ o loiro abriu mais um de seus sorrisos aconchegantes, e a garota sentiu seu peito aquecer.

─ Que... Horas? Que horas são? ─ a garota tentava formular uma frase, ainda um pouco confusa.

─ São dez e quarenta e dois da noite. Você não se lembra do que aconteceu?─ ele continuava curioso sobre o porquê de sua vizinha ter ficado naquele estado.

─ Eu lembro vagamente. Desculpa fazer você vir aqui e tudo mais... ─ o complexo de inferioridade e a ansiedade da garota começavam a aparecer.

─ Não se preocupa. A partir de hoje eu quero te ajudar no que puder. ─ o vizinho de Mariana sorriu, convidativo.

E a garota se sentia mais segura.

LIGHT | rafael langeOnde histórias criam vida. Descubra agora