24.

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Isadora|On🦋

espera..o Ranieri?

— Ranieri? – disse um pouco alto, para que o mesmo me escutasse.

— Isadora? Que? Como? Por que você tá aqui?

— Ah, claro! Eu to aqui por opção,não é mesmo? – disse começando a me estressar.

— Mano. Tio. Pra que essa grosseria comigo?

Revirei os olhos.

— Hora do soninho, amigos! – a mulher apareceu na nossa frente, nas suas mãos estavam dois copos com algum líquido dentro e um pano, sabia perfeitamente do que ela estava falando. – por quem devemos começar? – ela disse em um tom psicopata.

— Chefa..não faça isso, não agora! A gente pode fazer isso de noite.. – Emílio disse preocupado.

Eu estava totalmente deslocada e sem saber o que estava acontecendo comigo naquele momento. Eu estava com uma grande vontade de chorar como nunca, aliás; eu fui sequestrada.

— Já sei! Você! – a mulher disse olhando para mim, com fogo nos seus olhos e ainda com uma cara totalmente de psicopata, que cá entre nós; me dava um puto medo.

— Não..por favor! – falei com os meus olhos lacrimejando de ódio e de tristeza.

— Você ouviu,Emílio? – ela disse olhando para o mesmo. - Nim.. pir fivir - ela disse debochando do que eu tinha dito há alguns segundos atrás.

Mas que raios eu havia feito pra parar justamente aqui?

< <Quebra do tempo> >

Agora eu e Ranieri estávamos dentro de um carro, eu tentei me movimentar mas foi quando eu percebi que estava amarrada, igual o garoto, que também estava. Não conseguíamos ver quem estava dirigindo pelo simples fato de ter um vidro preto cobrindo.

— Que raiva! – bati com os pés no "chão" do carro.

— Garota! Ou você ficar quieto ou você sofre as consequências. – a voz feminina ecoou pelo carro.

Revirei os olhos.

— ei! – Ranieri me chamou, praticamente sussurrando.

— Como você parou aqui? – perguntei.

— Eu tava mexendo no celular na rua..e parei aqui. – ele parecia arrependido de ter dito aquilo.

— nossa, mas como você é burro também, hein!

— E tu é Einstein.

— Sou mesmo! Quem foi que ficou de recuperação? Quem foi? – falei no meu tom debochado.

— Vai se foder. – falou raivoso.

— A gente não tá mas na favela. – disse olhando pra paisagem.

— E como você sabe que a gente tava na favela? - indagou.

— Porque quando eu cheguei aqui, eu ainda tava acordada.

— hm..

Verdade ou desafio?Onde histórias criam vida. Descubra agora