The Hunter.

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— Ela não corre mas perigo! – o médico falou se sentindo orgulhoso e transmitindo alegria para eles.

— Mas por que não avisaram que esse tempo todo ela tava em uma cirurgia? Não seria melhor avisar esse tipo de coisa, não? – Isadora perguntou olhando para o médico.

— De fato é sim, mocinha, mas a cirurgia foi de última hora,ou você queria que ela morresse de hemorragia?

— Ela tava com hemorragia externa ou interna? Espera, por que sequer não avisaram sobre isso? – Isadora questionou novamente.

— Isadora isso aqui não é um quiz de pergunta e responde não! Depois você pergunta pro moço, a gente tem que ver como ela tá agora. – Pedro falou. – e ela...tá bem?

— Respondendo a milhões de perguntas de vocês, sim, ela está bem, só está descansando. – o médico disse anotando alguma coisa no seu caderno.

— A gente...já pode ver ela? – Sara perguntou.

— Leprosa se ela acabou de sair o certo seria deixar ela descansando pra depois receber visitas. – Paulino falou.

— O certo seria isso mesmo. – o médico rebateu. – Mas..eu posso permitir que duas pessoas entrem.

— Eu! – todos falaram.

— Apenas duas pessoas, galera. – o médico falou novamente. – Por que não vão a Clara e o Artur? Justo, não?

— Faz sentido. – clara disse fitando o teto e depois voltando a sua atenção para a situação. – Você quer vim? – virou-se para Artur lhe questionando.

— Ainda pergunta? Vamo logo.

Portanto o médico levou a garota e o garoto até o quarto aonde Analo estava descansando, a mesma havia passado por uma longa cirurgia, de aproximadamente 2 horas ou até mais.

— A moça está aqui. – o médico abriu a porta para que entrassem. – daqui a meia hora eu volto para buscá-los e se acontecer alguma coisa, aperte aquele botão vermelho do lado da cama dela.

— Ok! Obrigada. – Clara disse e o médico depois de alguns segundos saiu do lugar. Deixando ali apenas os três.

Para os dois era uma experiência estranha, ver a garota ali deitada, apenas respirando e sem dizer um "a". Analo era como se fosse o personagem principal que sempre alegra a peça .

— Ela vai ficar bem, né? – Artur perguntou olhando para Analo, segurando a mão da mesma.

— Não seja tão pessimista, ela é forte.. – uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha.

— E se aconteceu alguma coisa com ela?hm?

— Não vai, tá bom, não vai..

— Como pode ter tanta certeza assim?

— Apenas tendo... eu vou no banheiro, cuida dela que eu já volto.

Clara se dirigiu até o banheiro, aonde ela desabou lá mesmo.

— ei..você tá bem? – Lanna se aproximou. – o que aconteceu lá dentro?

— N-nada, Lanna. – falou soluçando.

— Ei.. – ela se aproximou da garota e limpou as lágrimas. Mas era como se fosse uma fonte de água. – não chora, por favor. – Lanna abraçou a garota.

— Eu não consigo fazer isso, eu não consigo. É tão difícil ver a minha melhor amiga, naquela estado. E eu não fiz nada, Lanna, nada!

— Você fez sim! Você chamou a ambulância, não chamou? Falou com o médico, não falou? E agora tá ali no quarto cuidando dela. Você fez muita coisa, Clara.

— É.. – ela limpou as lágrimas. – desculpa por isso, depois a gente se fala, Lanna. Eu tenho que cuidar dela agora..

— tudo bem.. – disse olhando nos olhos da morena. – fica bem,calinha!

Depois disso Clara saiu do banheiro, estava se sentindo bem melhor, consigo mesma. Depois voltou novamente para o quarto. Assim que a garota abriu a porta ela pode ver os olhos do menino marejando e os seus olhos inchados.

— Artur você tá chorando? – perguntou e logo abraçou ele.

— Não,não to, só caiu um cisco no meu olho..

— Tão falso quanto "eu só to com sono", fica calmo, tá? Vai no banheiro, eu posso ficar cuidando dela.

— Não, eu fico!

— Tá bom, eu vou só avisar para as meninas e os meninos como ela tá, jaja eu volto.

Depois disso a garota saiu do quarto, assim só deixando Analo e Artur no quarto. Para o garoto era estranho apenas escutar o barulho dos aparelhos e a sua respiração.

Então ele se levantou e começou a ter um tipo de conversa, na cabeça dele ela não podia escutar nada, então apenas soltou o que estava sentindo.

— Olha, a minha única vontade é dividir a minha vida com você. Eu não quero me importar muito com o depois. Eu não quero que a gente pense agora. A gente pensa depois... a vontade é de chorar, não há como conseguir o que é ter alguém pra sentir tanto. Cada palavra e frase me fizeram sorrir como raramente o coração já viu. Me lembro de cada cena, cada presença, cada vez que seus olhos encontravam os meus, nascia uma nova primeira em mim..

Nesse momento ele pode sentir alguma coisa se mover na cama. Ela havia acordado.

— mas.. Artur? – ela começou a tentar entender o que estava exatamente acontecendo. – o que? – ela olhou em volta, ainda com os olhos praticamente fechados. – e ai..

— Ei, calma, calma. – ele falou nervoso, e com medo dela ter escutado tudo. Seria bem melhor esconder isso, saberia que não iria ser recíproco. – você se jogou na minha frente e a bala acabou parando em você. A Clara resolveu tudo e agora..estamos aqui!

— meu deus, onde estou..

— oi, eu trouxe coc..meu deus, você tá bem? – Clara disse depositando a Coca-Cola na mesa e indo em disparada até a Analo. – meu deus, como você tá?

— olha, eu levei um tiro então eu to ótima.

Clara riu.

– vai te a merda,vai.

— A gente deveria chamar o médico? – Artur indagou.

— Não é necessário, ele já esta vindo. – Clara disse.

E em menos de dois minutos o médico apareceu.

— Então quer dizer que a madame já acordou, meus parabéns! – o médico falou mexendo nos aparelhos. – acabamos de ligar para sua avó e para sua mãe e ela disse que jaja ela está aqui.

— ah, minha avó?

— Sim! Gente eu sinto muito, mas já deu o horário de vocês, na verdade já deu ha dez minutos atrás.

— Justo agora? – Artur indagou.

— Eu sinto muito, mas são as ordens do hospital e eu não posso descumprir isso.

— Tudo bem. – clara segurou a mão de Analo. – fica bem..e ah! Te amo,okay? Fé no pai que o inimigo cai.

— Tá bom! – analo riu.

— Err..fica bem,nalu. – Artur disse um pouco inseguro.

— Vamos? – o médico perguntou.

— Sim! – depois disso o médico levou eles novamente até a recepção, aonde assim que chegaram a turma fez milhões de perguntas sobre como estava analo.

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