Capítulo 5

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Pov. Carol

Day está muito entretida com um prato de risoto que eu fiz, essa sim é a minha mulher.

- Coitada de mim quando você se casar, vou te pagar para me fazer marmita. - riu com a boca cheia.

- Não precisa se preocupar com isso. - levantei tirando meu prato da mesa. - Vou tomar um banho. - ela assentiu e fui para o nosso quarto.

Durante o banho chorei um pouco, parte de mim se sente perdida. Dayane não é mais a mesma e acho que eu também não sou. É frustrante não receber um beijo de bom dia, não ser chamada de amor e não me sentir amada por ela.

Flashback on:

- Você precisa pensar no lado bom das coisas, ruiva. Tudo acontece por um motivo e querendo ou não precisamos aceitar isso. - Day falou enquanto eu encarava o resultado do meu teste de matemática, fui um fracasso.

- Essas frases clichês não ajudam. - falei chateada.

- Vou ser mais clichê ainda então. É só uma nota ruim, uma fase ruim. Depois da chuva o sol aparece, tenho certeza que conseguirá recuperar essa nota com algum trabalho. - fez um carinho em meus cachos. - Agora vamos para casa antes que Dona Rose brigue comigo. - pegou minha mochila e saímos da praça em que estávamos.

Flashback off.

Meu coração dói ao lembrar de tudo isso. Day sempre foi de ver o lado bom em tudo e isso me irritava às vezes, mas daria tudo para ouvir toda aquela positividade dela novamente.

- Carol, me ajuda. - Day gritou me fazendo sair desesperada do banho. Abri a porta e ela estava sentada no chão com a mão na cabeça.

- Vem cá, o que está sentindo? - me sentei ao seu lado segurando seu rosto.

- Está tudo girando. - fechou os olhos com forças e vi uma lágrima escorrer por eles.

- Vai ficar tudo bem, vamos para o quarto. - levantei ela e a levei até a cama. - Só vou colocar uma roupa. - ela assentiu respirando fundo. Apenas vesti uma camisa grande dela e coloquei uma calcinha. - Vou pegar uma água. - fui até a cozinha e voltei rapidamente. - Tomou seu remédio? - ela assentiu.

- Estou com dor de cabeça. - falou em meio as lágrimas.

- Não precisa chorar, está tão ruim assim? - ela assentiu tomando água. - Vou ligar para Sérgio. - peguei meu celular.

Ligação on:

- Olá, Carol. Está tudo bem?

- A Day está com tontura e dor de cabeça, pode me dizer o que fazer?

- É meu horário de almoço, estarei aí em cinco minutos. Ela tomou os remédios e se alimentou direito?

- Sim. Ela acabou de almoçar.

- Estou entrando no carro agora mesmo, tenta manter ela acordada.

Ligação off.

- Ele está vindo, ok? - ela assentiu deixando o copo no criado mudo e fui até a cama a deitando em meu peito. - Fica comigo até ele chegar, por favor. - pedi segurando seu rosto.

Dois minutos depois Sérgio já havia chegado.

- Olá, minha menina. - colocou a mão na testa dela. - Está com febre.

- A minha cabeça vai explodir. - ela disse gemendo de dor. É horrível ver ela assim.

- Não se preocupe, está tudo bem. - falou me encarando.

Flashback - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora