Capítulo 13

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Pov. Carol

Suspirei cansada saindo do carro e me encostei na porta do mesmo. Olhei a rodoviária a minha frente e fiquei esperando a dona Rose aparecer.

- Filha! - minha mãe correu de forma exagerada em minha direção e me abraçou. - Trocou o shampoo? Que cheiro maravilhoso. - me soltou e voltou para pegar as malas que ela tinha deixado largada no meio da calçada.

- Como foi a viagem? - perguntei pegando suas malas e colocando no banco de trás do carro.

- Cansativa, mas foi tudo tranquilo. Como você está?

- É uma pergunta difícil, muito difícil. - suspirei entrando no carro.

- Você parece cansada. - falou sentando no banco do passageiro ao meu lado.

- Fomos dormir tarde ontem. Coloca o cinto.

- Caroline falando para colocar o cinto, essa é nova. - riu.

- Depois do acidente eu faço tudo ao meu alcance para evitar outro. - falei ligando o carro. 

- Eu ainda não entendi esse negócio com a Day. Até aonde ela consegue lembrar?

- Ela perdeu 100% da memória, mãe. Ela não lembra de absolutamente nada. - desliguei o carro já sabendo da conversa que vinha pela frente.

- Você escondeu o casamento dela? 

- O que queria que eu fizesse? Ela estava assustada e aquela porra de acidente mexeu com todo meu psicológico. Passei anos tentando superar a morte do papai e eu não ia suportar perder mais alguém.

- Tudo bem, filha. Não vou te julgar por causa disso.

- Foi o que todos fizeram até agora. - comecei a chorar. - Só sabem me julgar, mas não são eles que estão vivendo essa merda todo dia. Mãe, estou há um mês sem transar e sem ter um carinho mais íntimo da mulher que eu amo.

- Eu sinto muito, minha menina. Se eu soubesse teria vindo antes, Sérgio não me contou.

- Nem fala dele, por favor. Vamos logo que eu preciso te deixar em casa e buscar Dayane na psicóloga.

- Até a Day faz terapia e você não, Caroline.

- Vocês não superam nunca. - revirei os olhos voltando a ligar o carro.

Deixei minha mãe em casa e voltei para a clínica esperando por Day. Quase passei dos limites com ela ontem, mais um gole de cerveja e eu não respondia por mim. Tentei falar sobre, mas não consegui. Bom, foi ela quem me beijou, então é ela quem tem que falar algo. Estou parecendo uma adolescente pensando desse jeito.

- Até semana que vem. - ouvi a voz de Day e levantei. - Cadê sua mãe?

- Deixei ela em casa descansando. Tem algum problema se eu ficar no seu quarto com você? Ela vai ficar no meu.

- Não, tudo bem. - sorriu fraco.

Entrei no carro e ela parecia ansiosa.

- O que aconteceu? - perguntei confusa.

- Não sei, me diz você.

- Como assim? - a encarei.

- O beijo, Caroline.

- Que beijo? - fiz a egípcia.

- Esse beijo. - se aproximou e me beijou da forma mais agressiva que já conseguiu me fazendo suspirar e gemer de dor. - Desculpa.

Flashback - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora