Capítulo 20

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Pov. Day

Acordei sentindo beijos por todo meu corpo. Abri meus olhos e Carol estava em cima de mim com um lindo sorriso no rosto.

- Acorda logo, baby. - saiu de cima de mim. - Você tem psicóloga e eu preciso levar o notebook no conserto.

- Bom dia. - sorri. - Por que você nunca avisa com antecedência quando tenho que ir lá?

- Porque eu só fico sabendo em cima da hora também. - riu.

- Tudo bem. - resmunguei levantando.

Nos arrumamos rapidamente e tomamos café da manhã. Carol dirigiu em silêncio até chegarmos na clínica. Ficamos esperando a doutora Bárbara e levantamos assim que a vimos.

- Vou levar o notebook para o conserto. Se conseguirem arrumar na hora, eu deixo ele em casa e venho te buscar, ok? - Carol avisou me encarando.

- Ok. Até depois. - sorri sem saber ao certo de como me despedir já que estávamos na frente da minha psicóloga.

Carol saiu e encarei Bárbara que me olhava confusa.

- Bom dia. - sorri e fomos até sua sala.

- Que olhar foi aquele entre você e a Carol, Dayane?

- Não sei do que você está falando. - ri.

- Senta aí. Vamos ter uma séria conversa agora. - assenti nervosa e me sentei. - Quer recuperar sua memória, não quer?

- É tudo que eu mais quero agora.

- Então preciso que pare de mentir para mim. - me encarou séria.

- Não estou mentindo.

- Está escondendo a verdade, omitindo as coisas. Do que tem medo?

- Não é medo, talvez vergonha. - falei sem jeito.

- Vergonha do quê? - me olhou completamente confusa.

- Eu tenho alucinações, sabe? - ela me olhou como se eu fosse uma louca.

- O que você vê nessas alucinações? - fez aspas com os dedos.

- A Carol gemendo meu nome e coisas do tipo. - desviei o olhar.

- Você se vê também?

- Sim. Sei que é estranho, mas é exatamente isso. - falei frustrada.

- E aquele olhar pós transa de agora pouco? - falou me fazendo rir.

- Você já sabia que eu gostava dela e ela também gosta de mim. Acho que já tivemos algo antes de eu perder a memória.

- Algo de que tipo? - arqueou a sobrancelha.

- Algo do tipo ficar ou até mesmo namorar por um tempo. - dei de ombros.

- O que mudou desde que dormiram juntas? Pelo que entendi vocês realmente transaram.

- Sim, mas foi só uma vez. Não mudou nada, tem que mudar alguma coisa? - perguntei confusa.

- Você sabe ao menos a definição de alucinação? - neguei. - Em sete anos trabalhando como psicóloga especialista em amnésias traumáticas, eu nunca vi um caso como o seu.

- Como assim? - ri.

- Quando chegar em casa pergunte tudo que aconteceu entre vocês duas no passado. Enfim, obviamente vocês tiveram um relacionamento e com isso veio uma forte conexão no sexo. Digamos que são as memórias mais marcantes e por isso dos flashbacks.

Flashback - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora