Capítulo 15

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Pov. Carol

Entrei no restaurante Fantinni e logo avistei Bruno me esperando em uma das mesas que tinha uma vista incrível para a cidade toda. Ele está com uma calça jeans e uma camisa de couro aberta com uma blusa branca por baixo.

- Estiloso como sempre, Sfair. - sorri o cumprimentando.

- E você cada dia mais linda. - puxou a cadeira e me sentei a sua frente.

- Como estão as coisas com Rafael? - perguntei já sabendo da resposta. Bruno nada mais é que meu cunhado e um grande psicólogo aqui em São Paulo. Ele e meu irmão se conheceram na faculdade de psicanálise.

- Complicadas, ele anda trabalhando demais.

- Mas vocês dois sempre trabalharam muito.

- Vocês também trabalham um monte e mesmo assim conseguem ter tempo juntas. Day é a que mais trabalha e parece que está melhor que todos nós. - riu.

- Nós duas não estamos trabalhando. - sorri fraco.

- Rafael não me falou nada.

- Eu não falo com Rafael há meses. Ele não tem tempo nem para a própria irmã mais.

- Ah, eu sinto muito. Teve outra crise? - perguntou preocupado.

- Sim, mas não é bem esse motivo de não estarmos trabalhando.

- Não falo com vocês há meses também, me desculpa. - pediu com o olhar triste.

- Tudo bem, eu acabei me afastando também.

- Vamos pedir o almoço e você me conta tudo.

- Ok. - assenti olhando o cardápio.

Contei o que aconteceu desde o acidente até algumas semanas atrás e ele parece mais confuso do que achei que ficaria. Já havíamos acabado de comer, mas ele mal tocou na comida.

- Caroline, você fez tanta merda que nem sei por onde começar. - respirou fundo coçando o pescoço.

- Eu sei disso, ok? Estou sofrendo as consequências.

- Quem está sofrendo as consequências é a Day. Todos esses meses que você passou mentindo para ela poderiam ter ajudado na recuperação da memória.

- Tem outra coisa também. - falei um pouco receosa.

- Lá vem. Fala logo. - pediu nervoso.

- Nos beijamos, três vezes.

- Você não deveria ter beijado ela, Carol. Isso tudo só vai deixar ela mais confusa.

- Nem vem, foi ela quem me beijou nas três vezes. 

- Sendo assim tudo bem. - riu. - Foram além disso?

- Não, mesmo nós duas querendo. Esses últimos dias têm sido os piores.

- Por quê? - juntou as mãos na altura do queixo.

- Eu disse que não poderíamos continuar com isso, mas ela me beijou ontem e cagou para tudo o que eu falei.

- Mas você queria, não queria? - apenas assenti.

- Se ela tentar me beijar mais uma vez eu não respondo por mim, vamos acabar transando e isso não pode acontecer.

- Por que não? Ela se apaixonou por você outra vez, isso é incrível. Agora que a merda toda já está feita vocês precisam recomeçar.

- Não vou aguentar um novo relacionamento. Já pensou se não da certo e ela decide ir embora?

Flashback - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora