Seven

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— Ah, vamos, Donghyuck... É por minha conta, compro o que você quiser! — Chenle disse, puxando a mão do amigo para tentar fazer ele levantar. 

— Eu não tenho roupa limpa... — Tentou inventar desculpas para não sair da cama quentinha de Jaemin, mas foi em vão, já que este se propôs a emprestar uma sua. Ele fez um bico, mas se levantou, pegando a toalha limpa e indo em direção ao banheiro em passos de formiga.

No meio do banho chorou um pouco mais, batendo em si mesmo por se recusar a gostar de alguém. Odiava isso, pois sabia que poderia não ser algo bom, assim como estava sendo no momento. Minutos depois ele saiu de dentro do local, já seco e de roupas limpas, com cheiro do perfume de Jaemin que ele roubou da prateleira de perfumes e desodorantes. 

— Só estou indo porque sei que o Chenle é burguês e realmente compra o que eu quiser sem reclamar. — Resmungou antes de saírem do quarto e descerem as escadas, indo em direção a rua, os dois meninos na frente de Donghyuck, puxando suas mãos enquanto ele ainda resmungava coisas sem nexo.

Os três preferiram ir andando, para tomar um pouco de ar, já que sabiam que o Lee gostava de apreciar o vento batendo em si mesmo. Depois de muitas tentativas de conversa que foram jogadas fora e o que fez eles permanecerem em silêncio, eles chegaram a sorveteria preferida de Donghyuck, onde lá ele pediu, assim como Chenle havia dito, o que ele quis, sem se importar com o valor. O celular do chinês vibrou e ele respondeu rapidamente, dizendo que iria no banheiro para responder. Jaemin se apressou e disse que iria junto, deixando um Lee triste para trás, sentado na mesa, nem ao menos ligando pelo fato que os dois nem disfarçaram quando correram para lá.

Ele ouviu a porta anunciar que alguém havia entrado, mas não deu bola, continuando na sua tristeza. Levantou o rosto apenas quando alguém se sentou em sua frente e ele achou ser Jaemin, falando como ele havia ido rápido no banheiro. Se assustou quando a pessoa não responder e ele olhou, vendo que era Mark sentado em sua frente.

— O que você está fazendo aqui? — Guinchou, já se levantando e neste momento o Zhong apareceu ao seu lado, o fazendo sentar novamente e dizendo que eles precisavam conversar. — Não acredito que vocês estão compactuando contra mim, seus traíras!

— Ele tem razão, Hyuck, precisamos conversar, preciso te explicar o que você viu. — O canadense disse, calmo como sempre, encarando o menino a sua frente, os olhos implorando para que ele permanecesse ali. — Não culpe seus amigos, fui eu quem insisti em te encontrar...

— Eu não tenho nada para conversar com você, Mark. — Ele proferiu com voz firme, desta vez olhando pro outro Lee com os olhos vidrados. Ele viu os olhos inchados do outro e deduziu que assim como ele, o canadense também havia chorado muito, mas ele não se deixaria abalar por aquele olhar, desviando os seus para o chinês. — Me deixe passar, Chenle.

O amigo negou com a cabeça e Mark se levantou, segurando seu pulso. Muitas pessoas já estavam observando a cena, mesmo que eles não estivessem falando alto, mas a sorveteria já se encontrava quase em total silêncio. Donghyuck puxou seu pulso da mão do outro, já começando a chorar novamente. Jaemin bateu sua mão na mesa, encarando o amigo.

— Lee Donghyuck, você vai sentar ai, ficar quieto e ouvir o que o Mark tem para te falar, até ele explicar tudo o que você precisa ouvir. — O Na ordenou alto, o que fez até quem estava andando pelo estabelecimento parar o que estavam fazendo para olhar a cena, provavelmente curiosos para saber se dali surgiria uma briga. Ao olhar para Jaemin.

— Juro que eu tenho uma explicação decente, me dá uma chance. — O Lee mais velho disse, com os olhos tristes, estendendo a mão para o menor segurar, mas ela foi completamente ignorada.

𝙇𝙖 𝙇𝙖 𝙇𝙤𝙫𝙚 - 𝑀𝑎𝑟𝑘ℎ𝑦𝑢𝑐𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora