Eleven

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Pela manhã tomou um banho e deixou os amigos ainda dormindo em seu quarto, com intenção de fazer algum café da manhã para ele e também para se distrair, já que acordou cedo até demais. Se surpreendeu quando viu que a mãe também já estava de pé.

— O que faz acordada tão cedo, mãe? — Perguntou caminhando até ela e lhe dando um beijo no rosto.

— Não consigo mais dormir, então resolvi fazer um café para você e os meninos para me distrair — Explicou e o garoto sorriu, dizendo que tinha pensado o mesmo. — Vamos preparar juntos então.

Os dois começaram organizar o café, o garoto a mesa e a mãe fritando e cozinhando algumas coisas. Ela se virou para olhar para ele, enquanto esperava o arroz ficar pronto.

— Fui no tumulo do seu avô ontem. — Ela disse e Donghyuck parou de arrumar as coisas da mesa, para prestar atenção nela. — Ele tinha razão e eu sinto muito por isso estar acontecendo com você, Hyuck. Você me perdoa?

Ele correu até ela e a abraçou, dizendo que ela não tinha culpa e que aquilo tudo iria passar e se resolver. Minutos depois de abraçados, ela mandou que ele fosse acordar os amigos para comerem. Ele assentiu e foi fazer o que ela pediu.

[...]

Após os dois amigos irem embora, ele se arrumou rapidamente e saiu de casa, com o objetivo de ir até o local marcado com Wendy antes de ir para seu trabalho, afinal, sua vida não havia parado mesmo com tudo aquilo acontecendo.

Se encontraram na lanchonete em que ele trabalhava e ele fez um pedido por sua conta, se sentando na frente da garota, que estava com os cabelos presos, o que era novidade, já que ela nunca o prendia.

— Está melhor? — Ela perguntou.

— Estou apenas levando... — Respondeu.

Eles começaram conversar sobre a situação e sobre Mark e logo Donghyuck já sabia mais sobre Wendy, do que ela gostava de fazer, do que não gostava, do quanto implicava com o irmão quando ele estava igual um bobo apaixonado.

— Mas eu vim aqui por um motivo, Hyuck. — Ela disse depois de ter comido um pouco de seu bolo e o garoto a encarou. — Eu queria saber se você topa procurar nosso pai comigo...

Ele ficou em silêncio até pensar em algo, apenas mexendo no seu milk-shake. Seu colega de trabalho o chamou e disse que estava quase em seu horário, o Lee apenas concordou e disse que já iria. Ele olhou para a garota a sua frente, que parecia estar esperando sua resposta.

— Eu te ajudo a encontrar. — Respondeu e ela sorriu, assim como ele, que se levantou — Preciso ir agora, mas é bom saber que tenho uma irmã para contar.

Ela deu um sorrisão e ele se despediu.

[...]

— Fica bem, meu querido. — A mãe disse ao deixar o filho na frente da casa de Jaemin e agradecer a sra. Na por ficar com seu filho por alguns dias, já que ela iria para casa de uma tia em outra cidade.

Após se despedirem e ela ir embora, os dois amigos entraram para dentro de casa e Donghyuck deixou sua mala na cama de Jaemin, se jogando na mesma.

— Nós vamos para casa do meu avô, ok? — Jaemin perguntou em modo afirmativo e o garoto apenas concordou com a cabeça. Já havia se passado alguns dias desde que vira Wendy, mas eles ainda estavam mantendo contato quase que diariamente. Agora ele iria passar o Seolla — ano novo — com Jaemin e sua família, já que a mãe precisou ir urgente para casa da tia e não pode o levar.

— Sem problemas.

A mãe de Jaemin apareceu então no quarto dizendo o que fariam no dia seguinte e os meninos apenas concordaram com ela.

[...]

Após seguirem todos os costumes do dia, fazendo reverências para os mais velhos e comendo, os dois garotos foram para fora da casa, indo observar a noite. O celular de Donghyuck tocou e ele rapidamente atendeu, vendo que era sua irmã.

— Que seu ano seja ótimo, Hyuck! — Ela disse alto e feliz, o que o fez sorrir.

— Te desejo o mesmo, Wendy! — Ele exclamou e ela disse que iria passar o telefone para o irmão. — Oi, Mark. Te desejo um ótimo ano.

O canadense agradeceu e também desejou a Donghyuck.

— O ensaio vai ser daqui dois dias, você vai, não é? — Ele se questionou e o coreano ficou confuso, questionando que ensaio. — Deixei uma carta para você dentro daquela sacola, pedi para Taeyong analisar umas fotos suas e ele concordou em fazer um teste aperte da agencia do Jaehyun. Você me disse uma vez que já teve vontade de ser modelo.

Era verdade, ele realmente havia dito a Mark aquilo.

— Você é lindo, Hyuck! Todos deveriam apreciar sua beleza! — O canadense havia dito.

— Sabe, Mark, eu já pensei em ser modelo quando era menor. Eu fingia que minha sala era uma passarela e meu avô era o jurado. — Ele havia sorrido com a lembrança do avô sorrindo e lhe dando um dez. — Sinto falta dele as vezes.

Mark o abraçou: — Eu sinto muito.

— Eu... eu acho que não devo ter visto a carta. — Disse nervoso.

— Você ainda não abriu a sacola, não é? — O mais velho perguntou e o garoto assentiu, mesmo que ele não estivesse lhe vendo. — Eu ainda uso nossa pulseira, Hyuck. Não sei se é errado ou não mas ela continua me acompanhando sempre.

O coreano apertou os olhos para não chorar.

— Eu também ainda estou com a minha, Mark... — Disse baixo, olhando para seu outro braço com a pulseira de M e H. Seu coração doeu naquele momento mas não havia o que fazer. — Eu vou ler a carta e depois te dou uma resposta.

Mark apenas disse um ok e o coreano se despediu, desligando o celular e voltando a olhar para Jaemin, que mantinha um olhar preocupado nele.

— Ele só queria me desejar um bom ano, não se preocupe.

 [...] 


No outro dia de manhã ele disse para a sra. Na que precisava buscar algumas coisas em sua casa e que logo voltava, deixando o amigo ainda dormindo em sua casa. Correu o mais rápido que pode pelo caminho até sua residência e entrou quase que caindo em seu quarto. Não sabia o motivo de tanta euforia, já que ele já havia desistido daquele sonho a um bom tempo.

Abrindo a porta do guarda roupa, puxou a sacola e a virou na cama, vendo algo retangular embrulhado e a carta em cima. Se sentou ali e abriu a carta, a qual o remetente era o próprio Lee Taeyong. Lendo ela rapidamente, ele deu um pequeno surto, se jogando de costas no macio da cama e sorrindo bobo. Buscou seu telefone em cima da cama para poder ligar para Mark, mas algo lhe chamou a atenção antes: o presente retangular ainda embrulhado. Ele deixou o aparelho eletrônico de lado, assim como a carta e pegou o objeto desconhecido, rasgando o papel em volta.

Era um álbum. Ao abrir, uma carta caiu no seu colo, a qual ele abriu e leu, vendo que era a letra de Mark.

"As fotografias podem guardar muitos momentos importantes de nossas vidas e que gostamos muitos. Elas fazer a gente relembrar e sorrir novamente, ou até mesmo chorar. Neste álbum estão alguns dos nossos melhores momentos, que foram registrados em fotografias e jamais poderão ser apagados. Eu te amo, Hyuck. "

O coreano já se encontrava em lagrimas ao terminar de ler, mas mesmo assim resolveu folhear o álbum, vendo fotos que, na maioria das vezes era o canadense que havia tirado, assim como as primeiras fotos tiradas de Donghyuck. Quando chegou na última, uma foto dos dois deitados na grama, poucos dias antes do caos acontecer, o coração do coreano já estava despedaçado.

Ele buscou pelo celular e discou o número já conhecido.

— Hyuck? — A voz do outro lado questionou.

— Eu farei o ensaio. — Disse com a voz embargada e desligou o celular, mas foi suficiente para o canadense perceber que ele estava chorando e provavelmente tinha visto o presente dado por si.

𝙇𝙖 𝙇𝙖 𝙇𝙤𝙫𝙚 - 𝑀𝑎𝑟𝑘ℎ𝑦𝑢𝑐𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora