𝙇𝙖 𝙇𝙖 𝙇𝙤𝙫𝙚 - 𝑀𝑎𝑟𝑘ℎ𝑦𝑢𝑐𝑘

Fourteen

A sra. Son se encontrava com os braços apoiados nos joelhos, cobrindo o rosto com as mãos, buscando o que quer que fosse para dizer. Wendy e Donghyuck estavam sentados ao lado dela e Mark na poltrona azul, do lado direito da mulher. Já o homem se encontrava no sofá da frente junto da garota, está que aparentava ter uns 13 anos. Wendy se perguntava se ela era sua irmã.

— Você não vai dizer nada? — Robert, o pai deles, questionou de repente, quebrando aquele silêncio pesado que havia sobre todos.

Jinhee levantou a cabeça, o encarando. Mark encarou a mãe, assim como Wendy, atentos ao que a mãe tinha para dizer. A mulher suspirou pesado, antes de começar.

— Por 18 anos eu não tive nenhuma notícia sua, nem ao menos quis te procurar. Você me abandonou grávida e com um filho pequeno. Você sabe o que eu passei? — Ela perguntou em tom sério, fuzilando ele com o olhar, que se preparou para dizer algo, mas ela levantou a mão, indicando que ainda não tinha terminado. — É claro que você não sabe... para você foi fácil simplesmente ir embora e recomeçar uma nova vida, não é?

— Eu sinto muito, Jinhee. Eu não estava pronto para ser pai de mais dois bebês... — Ele disse, em tom melancólico, parecendo arrependido e a mulher deu uma risada sarcástica, negando com a cabeça.

— E você acha que eu e a mãe desse garoto — Apontou para Donghyuck, defendendo a mãe dele pela primeira vez em sua vida. Mesmo que achasse que aquela garota era culpada, não ia deixar que ele repudiasse ela em sua frente. — estávamos prontas? Ainda para ajudar ela era menor de idade!

Era verdade. A mãe do Lee coreano, quando ganhou ele, tinha apenas 17 anos, tendo engravidado ainda com 16, enquanto a mãe de Mark e Wendy já tinha 25, assim como Robert.

— Eu nem ao menos tinha certeza que o filho dela era meu! — Ele ditou e Donghyuck, que estava de cabeça baixa e encolhido, apenas ouvindo tudo, voltou seus olhos na velocidade da luz para ele.

— O que você quer dizer com isso? — O coreano perguntou, se sentido cada vez mais ansioso pela resposta do homem, que o encarava e negada com a cabeça. Após suspirar e olhar para o chão, antes de se voltar para o coreano, ele começou a explicar.

— Depois que fui embora, descobri que sua mãe saia com mais um cara além de mim. Então eu não posso nem ter certeza se você é meu filho ou não. — Ele explicou resumidamente e Mark se levantou abruptamente. Donghyuck ainda estava tentando absorver aquelas informações e processa-las, mas não estava conseguindo acreditar.

— Então tem chances de ele não ser meu irmão? — Mark perguntou e Robert disse que sim.

Mark se sentou, mesmo que agitado e continuou prestando atenção na conversa, mesmo que vez ou outra seu olhos se encontrassem com os olhos ansiosos de Donghyuck, que parecia querer sair correndo dali a qualquer momento. Seu pai explicou que queria conhecer eles e rever Mark, para tentar recuperar o tempo perdido, já que havia se arrependido muito do que fez a anos atrás. A menina, Bethany, era realmente irmã deles, o que deixou Wendy um pouco animada com a ideia, já que sempre quis uma irmã.

A sra. Son apenas riu do que ele disse e perguntou o que eles iriam fazer ali em Seul.

— Vamos passar um tempo com vocês e se for possível, Bethany pode ficar aqui com Wendy. — Está sorriu, olhando para a filha, mas Bethany não fez o mesmo, pedindo para que o pai a levasse junto para o hotel, mas ele apenas disse: — Você precisa conhecer seus irmãos.

Jinhee riu, perguntando se aquilo era realmente sério e Wendy interveio, dizendo que apoiava a ideia e que queria muito conhecer a irmã, parecendo uma criança feliz.

— Você nem ao menos consegue se comunicar com ela! — A mãe argumentou, tentando tirar a ideia da cabeça da filha.

— Mas nisso damos um jeito! — A garota respondeu, implorando para a mãe, com sua cara de cachorro abandonado.