𝙇𝙖 𝙇𝙖 𝙇𝙤𝙫𝙚 - 𝑀𝑎𝑟𝑘ℎ𝑦𝑢𝑐𝑘

Fiveteen

Duas semanas depois, os dois estavam no laboratório a qual havia conseguido marcar uma consulta por telefone, naquela mesma tarde em que conversaram com a mãe de Donghyuck e enfim deram um ponto final em tudo.

Os dois só haviam trocado mensagens no tempo em que ficaram separados. Mark havia contado que a irmã estava feliz em ter Bethany consigo e que mesmo com dificuldade, as duas conseguiam se comunicar na própria linguagem delas. A irmã mais nova não era muito sociável com os outros e só conversava com Wendy porque tinha apenas ela no momento. Dizia que não havia gostado da ideia do pai a trazer junto, mas que não podia ficar sozinha em sua casa no Canadá, já que a mãe estava sempre viajando a trabalho e quase nem se viam. O canadense vez ou outra trocava algumas palavras com ela quando precisavam, mas nada de mais. A mãe apenas fingia que ela não existia.

Agora, sentados lado a lado, mantinham as mãos dadas, segurando de maneira firme, enquanto aguardavam a moça da recepção ir buscar o resultado do seu exame. A perna de Donghyuck balançava em ansiedade e ele não conseguia parar quieto, tentando se concentrar em algum ponto fixo ou na própria TV que havia ali e passava algumas notícias que não lhe chamavam a atenção, fazendo com que fosse em vão. Já Mark mantinha os olhos presos ao chão, se concentrando na sua respiração para que ela se regulasse.

A moça de cabelos negros presos em um rabo caminhou calmamente em direção aos dois, seus saltos baixos e pretos chamando a atenção de Donghyuck, que a encarou enquanto ela vinha até eles com um envelope em mãos. Ela parou em frente a eles segundos depois e Mark voltou sua atenção para ela, apertando ainda mais a mão do coreano contra a sua, sentindo seu coração bater a mil, assim como o do garoto.

Ela deu um sorriso labial e entregou o envelope a eles, dizendo que o resultado estava ali dentro e assim que eles agradeceram, ela saiu em seus passos calmos de volta até a mesa de recepção, atendendo o telefone que chamava.

Os dois se encararam por alguns breves segundos, se perguntando se deveriam abrir ali ou não. Donghyuck levantou, dizendo que era melhor eles abrirem em sua casa, assim, independentemente do resultado, eles poderiam ter seu "surto" em paz e longe de olhos de outras pessoas os julgando. O canadense concordou e eles saíram do laboratório, caminhando em direção ao ponto de ônibus, onde logo pegaram um dos automóveis que passou minutos depois e foram em direção a casa do menor.

— Sua mãe está em casa? — Mark questionou quando desceram do transporte e começaram a caminhar até a residência já familiarizada por ele.

— Acho que não, ela está no trabalho e me disse que vai chegar mais tarde hoje. — Ele explicou rapidamente, atravessando a rua com o canadense em seu encalço.

Logo chegaram a sua casa, onde entraram e subiram para o quarto agora arrumado do Lee mais novo, se sentando em sua cama de edredom azul claro e escuro. Ele suspirou, antes de olhar para Mark e concordarem com a cabeça, afirmando que estavam prontos. O mais velho abriu o envelope e de lá retirou duas folhas de papel, a qual ele começou a ler, com Donghyuck ainda mais próximo de si para poder ver também o que havia escrito ali. Ele avisou quando achou o resultado e os olhos do menor foram diretamente para lá.

— Resultado... negativo? — O garoto disse com voz falha, olhando para o maior, seu sorriso abrindo gradativamente, assim como o de Mark.

A primeira coisa que ele fez, foi ir para cima de Mark o abraçando com força, as lagrimas já correndo por sua bochecha, sentindo a felicidade transbordar de dentro de si por meio delas. Mark apertava o garoto com força contra si, sorrindo ainda mais, se isso era possível.

— Eu não sou seu irmão! Eu não sou seu irmão! — Donghyuck comemorou quando soltou ele, mexendo as mãos eufórico e Mark riu, concordando com a cabeça. — Eu estou tão feliz que você não tem noção, Mark...