Eight

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O som da campainha pode ser ouvido do andar de cima e, por conta disso, Donghyuck desceu correndo, já sabendo de quem se travava e já gritando para a mãe que ele iria atender, enquanto descia em velocidade recorde os degraus. Por um breve momento, lembro de quando era criança e vivia brincando ali naquela escada, a fazendo de seu navio pirata, de sua casa, de uma montanha e várias outras coisas que sua imaginação pudesse criar. Dispersou seus pensamentos ao abrir a porta de madeira escura, vendo Mark, que se encontrava já arrumado e segurando duas flores na mão, o que fez o menor rir breve, balançando a cabeça.

— E essas flores ai, cavalheiro? — Questionou o coreano, se encostando no batente da porta e tentando não sorrir, o que era difícil.

— Uma para este lindo garoto na minha frente — Entregou a branca para Donghyuck, que fez uma breve careta pelo que foi chamado, mas riu, aceitando a flor e agradecendo. — E a outra para a melhor sogra que eu tenho.

Mark estendeu o braço para trás do namorado e este percebeu que a mãe estava ao seu lado, apenas observando os dois em silêncio e sorrindo. A mulher riu e aceitou a bela flor de cor rosa claro, agradecendo o canadense e dando um breve beijo em sua bochecha e um abraço, logo dizendo que iria voltar para seu trabalho. Ela já estava se afastando e entrando para dentro da casa novamente, quando ele a chamou.

— Desculpe incomodar a senhora novamente, mas minha mãe convidou vocês dois para passarem o Natal conosco. — O maior explicou rapidamente, resumindo tudo o que a mãe havia dito pela manhã, segurando a mão de Donghyuck na sua, este que esperou pela reação da sua mãe, virando para trás para encara-la, já que também não sabia do convite. Mark por fim acrescentou: — Ela não fica muito em casa, então até agora não conheceu o Hyuck, por isso teve essa ideia.

— Que ideia ótima, querido! — Ela sorriu e deu alguns passos em direção a eles novamente, segurando o ombro do filho sem perceber. — Acho que podemos ir sim, não é, Hyuck? — Olhou para ele, buscando aprovação, o que foi rapidamente aceito com um acenar de cabeça e um sorriso. —Sempre passamos só nós dois, comendo uma bela torta e assistindo filme.

— Que ótimo! Vou avisar minha mãe então — Ele disse com um sorriso e esperou que o namorado se despedisse de sua mãe com um abraço apertado para que eles começassem seu caminho.

Ultimamente estava assim, Mark sempre que podia passava pela casa de Donghyuck para ir em direção ao trabalho do menor, já que vez ou outra ele saia um pouco mais cedo para almoçar e assim os horários se coincidiam, podendo assim, ir buscar o namorado em sua casa.

— O que vai fazer hoje? — Donghyuck perguntou, segurando a mão de Mark contra a sua, apertando forte do jeito que gostava. As mãos do canadense era uma das coisas a qual ele mais gostava. 

— Hoje fotografarei duas modelos para o especial de Natal da revista. — Ele contou, com um sorriso surgindo de orelha a orelha. Donghyuck adorava ver ele falando sobre o trabalho, pois ele sempre ficava feliz e por isso, vivia sempre perguntando o que podia. — Conheci elas de manhã e caramba, elas tem um brilho natural, sabe? É incrível como o Jaehyun sempre escolhe as melhores modelos.

— E isso é ótimo! Creio que elas ajudem no seu trabalho, não é? — O garoto perguntou, também entusiasmado com a animação do canadense.

— Isso com certeza, as fotos ficam ainda mais bonitas.

Os dois continuaram conversando sobre suas aleatoriedade de sempre até chegarem até o local de trabalho do coreano, uma lanchonete perto do centro, onde o canadense havia trabalhado alguns anos antes, e agora a vaga disponibilizada por outro ex funcionário pertencia ao namorado.

— E aqui nos despedimos. — O menor disse, já se pendurando no pescoço do outro, que segurou sua cintura automaticamente e sorriu. — Agradeço por convidar minha mãe e eu para passar o Natal com vocês, o nosso é sempre um tédio total.

— Não precisa agradecer, ela quer muito te conhecer. — Deu um sorriso labial antes de se aproximar de Donghyuck, dando um selinho demorado nele.

Após se despedirem, Mark continuou seu caminho e o outro entrou no estabelecimento, já indo diretamente trocar o uniforme. Procurou o celular no bolso e antes de guardar no armário, ligou para a mãe, que o atendeu no terceiro toque.

— Eu já vou entrar querido, seja rápido. — Ela avisou, sabendo que o filho entenderia que no trabalho dela eram muito exigentes com horários e com o uso do telefone.

— Desculpe o incomodo mãe, eu só queria perguntar se podemos ir no shopping comprar algum presente para o Mark mais tarde. — Questionou rápido, procurando alguma bala dentro da bolsa, antes de virar de costas para seu armário, desistindo da procura quando viu que precisava comprar mais.

— É claro que podemos, meu querido, agora beijinho, te amo. — Ela disse e Donghyuck conseguiu imaginar ela sorrindo do outro lado da ligação e com isso sorriu também, dizendo que também a amava e desligando o telefone em seguida.

Já sabia o que comprar para Mark, só precisava encontrar.

[Quebra de tempo - Dia do Natal]

— Ok, eu tenho uma coisa para você. — O coreano contou, tirando uma caixinha azul de dentro do bolso do moletom e entregando ao namorado, que sorriu e lhe deu um beijo de agradecimento. — Não é lá muita coisa, mas não queria deixar a data passar em branco, já que é nosso primeiro Natal juntos.

Donghyuck havia puxado o canadense ali para fora e agora estavam os dois sentados no meio fio da calçada, observando os poucos carros que passavam por ela. Mark abriu a caixinha, deixando a tampa no chão ao seu lado e tirando a pulseira que tinha ali dentro. A mesma era de cor escura e parecia ser feita a mão, no centro continha dois quadradinhos brancos com as letras M e H.

— Markhyuck ou Mark e Hyuck, você quem sabe. — Donghyuck explicou baixinho, sentindo as bochechas corarem quando Mark olhou para si. Ele olhou para baixo, puxando a manga da blusa para cima, afim de mostrar a sua também. — Também tenho uma.

Mark sorriu pela fofura do namorado e o abraçou, puxando ele para mais perto de si e ficando ali por alguns segundos. Ele pediu que o coreano amarasse para ele e o agradeceu mais uma vez, lhe dando mais alguns beijos na bochecha, dizendo que gostou muito.

— Eu também tenho uma coisa para você, mas está na minha casa, então a noite te entrego. — Mark explicou, puxando o garoto para ficar encostado nele, enquanto observavam a casa de cor amarela e branca em suas frentes.

𝙇𝙖 𝙇𝙖 𝙇𝙤𝙫𝙚 - 𝑀𝑎𝑟𝑘ℎ𝑦𝑢𝑐𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora